Aquela semana estava sendo difícil para Taiga. O ruivo estava sozinho cuidando de seus dois filhos sem a ajuda de Kuroko. O menor estava viajando a trabalho, enquanto Kagami, que é um bombeiro da região, teve de tirar licença para cuidar de seus dois filhos pequenos, um de seis e o outro de cinco.

Era realmente cuidar deles. Reo era o mais velho, um verdadeiro pentelho que não parava quieto. E Yuua o mais novo, era mais calmo e vivia grudado no irmão, mas tinha um sentimental mais profundo e chorava por qualquer coisinha, as vezes ele dizia que sentia falta de Kuroko, ou “Papa-Kuro”, como chamava-o.

-Meninos, hora de almoçar! –Grita Kagami, saindo da cozinha usando um avental, segurando dois pratos de comida para seus filhos.

-Hmm, onde é que eles vão estar? –Resmungou o ruivo, colocando os pratos em cima da mesa. Ele sai da sala de jantar e vai a procura dos dois.

Vai até o jardim, encontrando o Reo, o mais velho. O garotinho com seis anos já era adorador do basquete, esporte preferido de seus pais. Ele quicava a bola no chão e joga na cesta, errando.

-Ahh, não acertei... –Falou emburrado.

-Achei você. –Disse Kagami, chamando a atenção do mais velho.

-Huaa, Papai!

-O que está fazendo?

-Tentando acertar a bola na cesta. Mas está muito difícil! Sem contar que a bola é muito pesada, não consigo jogar ela muito forte...

-Não precisa se aborrecer, Reo. Um dia você vai crescer e vai conseguir enterrar a bola na cesta.

-Enterrar?

-Uhum. É jogar a boca na cesta, lá em cima. Você toca a mão no aro.

-Huoooh, que legal! –O ruivinho disse entusiasmado. –Então quer dizer, que um dia, quando eu estiver bem grande, eu vou poder enterrar a bola igual a você quando joga contra o tio Daiki?

-Exatamente. –Falou com um sorriso confiante.

-Huooo! –Disse motivado.

-Tá bo, tá bom, mas agora é hora de comer. –Kagami pega o garoto e o coloca em seu colo.

-Ahh, mas estou sem fome! –Protestou o garoto.

-Tá nada, eu escutei o barulho que sua barriga fez. Vamos, depois você continua jogando.

-Tá boom~ -Falou manhoso com um bico.

Kagami deixa o garotinho sentado na mesa e vai a procura do mais novo, Yuua.

-Reo, você viu seu irmão?

-Hmm... Não. Acho que ele está no quarto.

-Vou ver.

-Ahh, papai. –Chamou o garotinho.

-O que?

-Yuua passou a noite chorando, de novo.

-Hunf. –Bufa Kagami. –Aiai, Ok, vou ver ele.

Kagami sobe as escadas indo procurar o filho mais novo. Já sabia onde o outro estava, só havia um lugar que ele se escondia quando estava triste, que era dentro da parte de baixo do armário.

O ruivo entra no quarto dos garotos e vai até o armário, abrindo a porta de baixo, encontrando o menininho de cabelos azuis e olhos rubros, encolhido no meio das roupas e chorando baixinho.

-Yuua... O que faz aí? –Perguntou calmamente.

-E-eu to com saudades do Papa-kuro... –Falou baixinho, soluçando.

-Ohh, pequeno... –Kagami se ajoelha no chão e puxa seu filho Yuua para perto de si. –Calma, ele vai voltar amanhã mesmo.

-Para onde Papa-kuro, foi? –Perguntou, secando as pequenas lágrimas.

-Eu já disse que ele foi lá para os EUA resolver a publicação de seu livro, não é?

-Mas ele tá demorando. –Fez bico.

-Não se preocupe, Yuua, ele vai voltar amanhã mesmo. –Kagami dá um beijo na testa do menor que sorri minimamente.

-Está com fome? –Perguntou.

-Uhum... –Disse Yuua.

-Papai fez sua comida preferida, que ir comer?

-Fez macarrão!? –Perguntou sorrindo.

-Uhum.

-Quero sim!

-Hahaha, então vamos comer, seu irmão já está o esperando na mesa.

Kagami desce para a sala de jantar deixando Yuua na mesa.

-Aháaa. Se não é chorão do Yuua. –Provoca Reo, que estava com a boca cheia de macarrão.

-Eu não sou chorão! –Disse um pouco irritado Yuua, ameaçando chorar.

-É sim! –Mostra a língua.

-Ei, Reo! –Kagami dá um peteleco na testa do ruivinho. –Para de provocar seu irmão, que saco!

-Tá bom, tá bom...

Kagami se senta a mesa também e os três começam a comer em paz, com Reo sempre provocando Yuua, fazendo o pequeno azulado chorar, mais um vez...

Durante a tarde Kagami resolve tirar um cochilo no sofá, o que fez seus dois filhos irem dormir junto a ele. Como o corpo de Kagami era grande, deu para os dois pequenos dormirem em cima do mesmo.

O dia foi passando e a noite chegou. Kagami não escuta mas a porta é aberta e Kuroko, que carregava duas malas, entra em casa.

-Voltei... –Falou não escutando nada. Ele anda até a sala encontrando Kagami e seus dois filhos dormindo profundamente. Ele sorri ao ver a cena um tanto fofa.

O azulado se aproxima e dá um beijo na testa de Kagami, vendo que o ruivo despertara pelo toque.

-Olá... Estou de volta. –Disse Kuroko.

-K-kuroko... Você voltou... Mas não era só amanhã?

-Acabei terminando as coisas mais cedo e peguei o voo vindo direto pra cá. Um taxi me deixou aqui. Como os meninos estão?

-Estão bem. Só Yuua que estava meio triste hoje, dizia que sentia sua falta.

-Hunf. –Ele pega o garotinho de cabelos azuis que era muito parecido consigo mesmo. –Ele é muito grudado em mim. –Beija sua testa. O garotinho murmura. –Me ajuda a levá-los para o quarto.

-Uhum...

Kagami levanta do sofá carregando Reo, os dois deixando seus filhos no quarto dormindo. Quando Kuroko fecha a porta, logo sente braços fortes apertarem sua cintura e sente seu pescoço ser beijado pelo ruivo.

-Taiga?

-Senti sua falta Tetsuya... –Falou com a voz rouca. –Sabe o que foi passar uma semana longe de você?

Kuroko não diz nada, apenas se vira e rodeia os braços em volta do pescoço de Kagami, o beijando logo em seguida.

O azulado sabia qual era as intenções de Kagami... Sentiu seu pequeno corpo ser erguido e levado para o quarto do casal. Naquela noite Kagami matou a saudade de seu Kuroko.

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