O dia em que a Terra parou

Seu fim, meu começo


Apertou ainda mais a arma que segurava rente ao peito com suas mãos, molhadas pelo suor.

O cheiro impregnou-se rapidamente no ar, de um modo que era impossível desviar os olhos daquela cena tragicamente bela.

Sua bandeira cravada contra carne traidora, lutando contra o vento e reluzindo diante seus olhos.

Soltou a respiração, então percebendo que a prendera. Restabeleceu-se e voltou a postura que seu cargo lhe exigia.

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Seu olhar saltava de um lado para o outro, certa vez parando sobre os jovens estáticos, que até o momento não esboçavam reação alguma.

A mão de seu superior continuava apoiada sobre a haste metálica tranquilamente, como se o ato fosse algo que ele fizesse frequentemente. E não deve ser mentira.

Ignorou o calafrio que lhe subiu as costas ao imaginar-se no lugar da garota estirada no chão.

Até então não havia a observado direito; O cabelo claro misturava-se com a areia como se fosse um só. Já seus olhos vidrados, eram inconfundíveis. De tão abertos, podia jurar que grande parcela do céu poderia ser refletida por eles.

No próximo segundo, o reflexo falou por si.

Mal sentiu o movimento, apenas mirou. E atirou.

O corpo, estranhamente pequeno, caiu aos pés do homem engravatado. A resposta foi imediata. O homem riu, e seu som preencheu os ouvidos dos presentes, já os traidores limitaram-se a engasgar nas próprias lágrimas, sussurrando um nome. Obviamente do menino que aparentava não ter chegado nem aos sete anos de idade.

Os braços continuaram apontados e seus olhos estreitos. O coração não havia sequer acelerado. Percebeu-se então parecida com o homem a sua frente.

Belark olhou para baixo com repulsa, e, soltando a haste, pisoteou com um dos pés o menino.

Tornou seu olhar para si, e lhe soltou um sorriso maldoso.

– Fez bem, soldado.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.