Irmãos Por Acaso

Capítulo 35


Entrei no carro de papai preocupada com Raphael. Coitado ele tinha ficado lá sem poder fazer nada, por não conseguir andar. E eu tinha visto no olhar dele que o que ele mais queria era estar comigo desde o primeiro momento em que eu disse que estava grávida mas aconteceram tantas coisas.

Meu pai deu a partida e Verinha em momento algum saiu do meu lado. Enquanto Eva falava sem parar ao lado do meu pai, e aquela falação estava o deixando louca. Quase meia hora depois chegamos ao hospital.

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Saímos do carro e entramos no hospital e meu pai da entrada nas papeladas. E eu sempre mantendo a calma enquanto Eva e Verinha quase arrancavam os cabelos da cabeça.

Eu sou levada pra uma sala onde eles fazem alguns exames e constatam que eu teria que fazer um cesariana. Fico apavorada a princípio mais o médico me tranquiliza. Após fazer todos esses procedimentos sou levada até a sala de cirurgia, onde me preparam e me dão anestesia.

Fico olhando em volta pra saber onde o Rapha estava. Além de tudo eu estava preocupada com ele. Aquele momento era nosso e único também, um momento que nunca mais voltaria e que ficaria guardado sempre em nossa memória.

Quando vejo o Rapha entrar no quarto fico surpresa e algumas lágrimas rolam por meu rosto. Eles não tinham o deixando e casa como eu tinha pensado. O médico o coloca ao meu lado e ele sorri e segura minha mão.

A cirurgia começa e eu fico cada vez mais apreensiva. Eu morria de medo de cirurgias de não dar certo. E acontecer algo comigo ou com o bebê. Em pouco tempo ele ergue um bebê. Meus olhos se enchem de lágrimas quando eu vejo aquele bebê lindo, grande e saudável.

De repente o médico fica um pouco agitado e diz algumas coisas que eu não entendo e depois de entregar meu filho para um enfermei, ele ergue outro bebê. E assim que corta o cordão umbilical que me ligava ao outro bebê, sai com o mesmo da sala de cirurgia.

Eu me desespero e tudo começa rodar e as pessoas pareciam gritar em minha mente, tem tão alto que falavam. Tudo ficou escuro e por um instante eu não consegui ver e nem ouvir mais nada.

***

POV Raphael

Minha Emoção foi contagiando quando vi meu filho, lindo e forte. Mas essa mesma emoção se transformou em desespero quando tiraram outro bebê de Fernanda e ela mesma perdeu os sentidos e ficou aberta em cima daquela cama de cirurgia. Enquanto eu não podia fazer nada por não ter a merda dos movimentos das minhas.

Comecei a gritar e dizer coisas desesperado. E então eles me tiraram da sala, o que me deixou mais desesperado ainda. Minha mãe foi até mim e perguntou o que estava acontecendo e eu comecei a dizer várias coisas que a mesma não conseguiu entender.

Passei a tarde toda sem ter notícia alguma de Fernanda e dos meus filhos. Só quando já estava bem tarde que eu tive uma resposta para minha mente confusa.

— Boa noite senhores! – Disse o médico assim que chegou a sala de espera.

— Onde está minha filha? E meu neto? – Foi a vez de Augusto.

— Calma senhor Augusto! Fernanda e seus netos estão bem! – Disse o médico sorridente.

— Netos? – Pergunta Augusto.

Sim, eu não tinha dito que a Fe tinha tido gêmeos e que eu nem sabia o sexo do segundo!

— Sim. Ela teve gêmeos. Um menino grande e saudável e também uma linda e pequena menina que ainda está sendo cuidada por ter nascido muito pequenina.

— E a Fe? – Digo.

— Ela também está bem Raphael. Está dormindo ainda pela grande dose de remédio para dormi que demos pra ela. Logo pela manhã você já poderá visita – lá.

Passo minhas mãos por meu rosto e logo em seguida tento sorrir. Minha mãe sorri para mim tentando me deixar bem e confiante. E assim ela me chama para irmos para casa pois eu precisava descansar e que Augusto e Verinha ficariam aqui para tudo que a Fe e os bebês precisassem.

Eu podia até ir pra casa mais com certeza não ia conseguir pegar no sono um minuto se quer preocupado com Fe e também com meus filhos. Mas pelo menos uma vez na vida eu iria ouvir a minha mãe e ir com ela pra casa ela mais do que ninguém sabia o que era melhor pra mim.

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Chegamos em casa e minha mãe ajudou a me deitar e eu fiquei lá pensando e lembrando de tudo que tinha acontecido nos últimos tempos e que eu queria muito que tudo voltasse a ser como era antes do meus trágico acidente. Queria poder andar pra correr atrás dos meus filhos e brincar com eles! Mas tudo isso dependeria da minha cirurgia que iria acontecer aqui a duas semanas. Não via a hora de disso acontecer!