O que será que ele quis dizer em “deixar rastros” ? Será que ele vai desaparecer ?

- Aqui está seu chá Princesa.

- O.... Obrigada. – tomei um gole do chá que estava na xícara branca, com detalhes dourados e com o símbolo real. O gosto estava um pouco diferente, parecia mais forte – Hitomi-san, você colocou algo novo no chá ?

- Nada de diferente do de sempre. – ele estava em pé colocando uma rosa azul em um vaso comprido com água, eu levei um pequeno susto.

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- Aonde arranjou essa rosa ?

- Achei em seu quarto, no chão, fiquei com dó de deixá-la morrer assim, abandonada.

- Você não vai ficar comigo hoje ?

- Infelizmente não Princesa, seus pais me chamaram, eles acham que já deva casar.

- O quê ?!

- Pode ficar tranquila, eu não deixarei, apenas quando você se achar madura o bastante para isso. – ele passou a mão em meu cabelo e se retirou da sala.

Fiquei olhando para a rosa azul. Fiquei pensando do que faria em relação ao meu coração. Ele pertence ao Violinista Azul, mas o Cavaleiro Negro quer roubá-lo, ou melhor, falta muito pouco para pertencer a ele.

Eu comecei a sentir sono. Um sono muito estranho, até que naquela noite eu tinha dormido bem, mas não deu para resistir. Deitei com a cabeça na mesa e adormeci.

Um sonho estranho começou a se formar, nele, Hitomi-san havia voltado logo quando dormi, ele estava com um sorriso meio maléfico em seus lábios. Ele havia dito: “Sútis palavras.” e logo após ele me pegou no colo me levando para sei lá onde. As horas tinham passado muito rápido no sonho. Era 15 para 00:00. Estava em pé no meio do salão de festas com um enorme vestido branco, como se fosse de casamento. Na minha frente estava o Cavaleiro Negro falando que logo iria acordar. Assim ele se aproximou de mim, o relógio estava a segundos de dar 00:00. “O barulho do relógio é mais alto quando você está lutando.”, e realmente, lutava para não deixar apaixonar por aquele estranho. As badaladas começaram, do primeiro até a décima primeira, o barulho foi aumentando como ele havia dito. Na décima segunda ele gritou: “Acorde !”.

E assim foi feito, acordei com ele me puxando para dançar ao som das badaladas. Ficamos rodando por todo salão, ninguém dizia nada, apenas deixava ecoar o som por todo lugar. Ele havia parado e ajoelhado em minha frente.
- Eu te amo Princesa Aika.

Fiquei em silêncio, não sabia o que responder.

- Diga que me ama.

- ... Não sei nem ao menos seu nome... nem o seu... rosto. – coloquei a mão em sua máscara quase a tirando.

- Não. – ele a segurou – Meu rosto será revelado quando for a hora certa.

Ele ficou segurando minha mão, ele colocou nela uma coisa, meio pesada e gelada, com uma fita vermelha. Não podia ser... era a chave. A chave que abre a caixa onde estava o violino de meu amor.

Olhei para ele meio assustada. Ele apenas sorriu e falou em meu ouvido: “No quarto da torre leste”. Logo após se levantou e saiu pelo corredor onde se perdeu no escuro. Fiquei parada apenas olhando a linda chave prata.