The Stupid, The Proud.

Trouble In House.


Natasha P.O.V.

Um. Dois. Três.

Abaixa. Levanta. Chuta. Atira.

Estava na sala de treinamentos. E estava enfurecida. Como sempre.

Atire de novo.

Eu miro minha arma e atiro como se minha vida dependesse disso. Mas dependia, não é? Matar pessoas sempre foi meu forte. E eu realmente gostava de meu trabalho.

A sala parece tão vazia, somente comigo. Olho pro relógio de pulso não me importando muito. Hm. 03h55m da manhã. Olho para o alvo bem longe de mim e atiro bem no meio de sua "cabeça".

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– Nada mal. - sussurro entre um sorriso torto.

– Nada mal mesmo. - ouço uma voz fraquinha com um sotaque.

– Wanda. - digo ainda em sussurro, mas num tom que ela podia ouvir.

– Oi. – ela sorri de leve. - Não sabia que você acordava cedo para treinar.

Sorri de canto, olhando para frente.

– Bem, digamos que não acordo porque quero. Mas disso você já sabe, não é? - Wanda sorri culpada. Ela chega para mais perto de mim e me fita. - E você?

– Tive um pesadelo. - olha para baixo. - Com Pietro.

Ah.

– Sinto muito. Como foi?

– Se é um pesadelo, não tem como ser bom, certo?

– Certo. - olho para o nada.

Permanecemos em silêncio, apenas aproveitando a companhia uma da outra. Duas garotas sozinhas, tentando achar uma coisa para seguir em frente.

– Sabe, eu estava pensando se... - Wanda quebra o silêncio. - você poderia me ensinar a mexer nessa coisa?

– Nesse brinquedinho aqui? – disse, me referindo a arma em minhas mãos e Wanda somente assentiu. - Claro. Por que não?

Entrego uma arma para ela e começo a explicar como segurar e manusear. Wanda fica nervosa quando vê a coisa preta em suas mãos. Mando mirar no alvo a nossa frente e assim o faz. Bem receosa, ela aperta o gatilho e atira, a fazendo pular.

– Nada mal, mas dá para melhorar. - pisco o olho e a feiticeira revira os olhos, me fazendo rir.

[...]

– Não acredito que ele fez isso! - Wanda olha para mim com os olhos arregalados enquanto ria.

– Ele fez. - ri.

Contei para ela de algumas das minhas variadas missões. E uma delas foi quando tive que me vestir de uma Mulher da Noite, (autoraP.O.V: nunca use o termo puta! É errado e vulgar!) seduzir um empresário mafioso e depois embriagá-lo, para tirar umas coisas dele. No começo deu tudo bem, mas quando o levei para o quarto, ele começou a vomitar. E o pior: vomitou em mim. Eu tinha dado um pouco de bebida a mais para ele e me arrependi quando senti o odor em meu nariz.

– Que nojo! - fala e faz uma careta.

– Mas valeu a pena, sabe. Consegui o que queria.

Estávamos na cozinha. Já eram 05h30m e os outros Vingadores não tinham acordado ainda, somente eu e Wanda por causa de nossos problemas de sono.

– Bom dia, estrelinhas! A Terra diz olá. - ouvimos uma voz alegre entrar na cozinha. Era Sam. E ele não estava sozinho. Steve estava com ele.

Reviro os olhos.

– Bom dia. - Steve disse, rindo para o que Sam dissera. Acho que ele não deve ter entendido a referência.

– Bom dia. - Wanda fala, bebendo seu café e depois olhando para mim, com um olhar que dizia: Não seja mal-humorada. Apenas dei um sorriso forçado para ela e cruzei os braços.

– Parece que alguém levantou com o pé esquerdo hoje. - Sam disse cantarolando.

– Sempre. - enfio um pãozinho na boca.

– Gatinha afiada. - Sam riu.

– Na verdade é Viúva Negra Mortífera.– disse num tom sedutor, o que fez Sam arregalar os olhos. Steve pigarreia.

– Bom dia, Agente Romanoff. - Steve fala, mas não tira sua atenção da cafeteira.

– Capitão Rogers, não precisa ser educado o tempo inteiro. Já ouvi o seu 'Bom dia' na primeira vez. - Steve me olha com cara de poucos amigos.

– Se eu devia ser menos educado, você devia ser mais educada. Sam falou com a senhorita e não respondeu. - sorrio amarelo e beberico meu café.

Wanda mexe seus dedos nervosa e Sam leva sua mão até o rosto.

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– Eu respondi, sim. Não foi, Sam? - olho para ele.

– Olha, eu...

Não deixei ele terminar e falei:

– Viu só, Capitão? - me levanto e dirijo até a porta de saída da cozinha. - Vê se para desse seu jeito todo certinho, Rogers. Carter não vai gostar. - pisquei e saí rebolando.

[...]

Soca. Soca. Soca.

Mais rápido. Mais forte.

Junto minhas mãos e dou um soco no Saco de Pancada. Continuo lançando vários golpes, que se fosse uma pessoa, já teria caído no chão faz tempo. Fui pela direita e pela esquerda, mas não deixei minha força acabar. Peguei-me pensando da cena na cozinha pela manhã. Filho de uma mãe, pensei. Bati mais forte. "Você devia ser mais educada.", ouço a voz irritante de Steve na minha cabeça e bati mais forte ainda.

– Vai. Se. Foder. - disse entredentes e quando dei por mim, o Saco de Pancada estava no chão. Suspiro. - Sou uma idiota, mas uma idiota bem treinada. Ah, e bonita.

– Agente Romanoff.

Me viro quase num impulso e vejo uma figura loira parada com seus braços cruzados.

– Capitão Rogers. – levanto a sobrancelha e me viro para minha frente, para poder socar novamente, mas eu havia arrancado o Saco de Pancadas.

Bufo irritada.

– Queremos você na Sala de Reunião. Agora. – fala com uma expressão séria.

– O que foi?

– Vai saber quando for. – reviro os olhos e pego minha garrafa d’água.

– Você está bem estressadinho.

– Estou esperando a senhorita. – reviro os olhos de novo.

– Só saio daqui quando me falar do que se trata. – cruzo os braços.

Steve suspira.

– Um problema.

Posiciono-me e saio em direção a Sala de Reunião, com Rogers ao meu lado. Olho para ele, mas o mesmo está olhando para frente.

Um problema.

Agora vamos nos divertir um pouco, Natasha Romanoff.