A Pergunta Existencial Que Ninguém Quer Responder

Não, não há título algum aqui... Será?


Você já se perguntou, se as pessoas odeiam o que você faz? Se elas te questionam por que não convêm a elas o que você faz? Se tudo não passa de "isso dá dinheiro"? É triste isso. O dinheiro controla tudo. Você não pode fazer o que gosta, porque não dá dinheiro...

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Aaahh... Que belo dia, não é, narrador?

"Realmente. As coisas são diferentes no capítulo 2, não é?"

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Tem razão. Nossa, estou sendo escrito de maneira muito rápida! O que ouve?

"Talvez quem esteja te escrevendo esta bem desesperado. Melhor começar por onde paramos..."

Ok... Paragrafo!

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" A garota acordou em seu quarto aquela manhã. Não encontrando forças para levantar, agarrou mais o cobertor contra o corpo..."

Eu tô falando. Isso é o melhor que você consegue fazer?! Eu quero uma estória épica, não uma pirralha do colegial e suas inimizades....

"Blá, blá, blá..."

Ei, narrador, você esta me ouvindo?! Por que nunca me leva a sério?

"Não passa de um texto idiota. Aliás, eu não posso ouvir você. Palavras escritas não emitem sons."

Não enche, só continue.

"A garota levantou lentamente o tronco da cama e olhou o teto..."

Elas só sabem olhar o teto...

"E se perguntou por que haviam vozes em sua cabeça descrevendo tudo o que ela fazia..."

Ei, somos nós, não? Sério, narrador, não sabe ser nada ambíguo...

"Ah, até quando você vai ficar aí, reclamando? Estou fazendo o papel de minha existência, seu texto maluco! Deixa isso para o profissional..."

"Hem hem, a garota continuou a olhar o teto; Procurou as palavras que estavam perdidas em seus pensamentos: "

– O que diabos eu estou fazendo com minha vida? -

OIÊ!!! Esta tendo um bom dia?

– O-o que? Quem esta falando? -

" O QUE DIABOS VOCÊ ESTA FAZENDO?!"

Sei lá! Eu quis falar com ela e eu fiz!

"Você é só um amontoado de palavras! Não pode falar com ela!"

Você também é só palavras! Usar a tecla "fixa" não dá a obrigatória sensação de que você está gritando...

"É impossível, estamos dentro de um dispositivo eletrônico. 'Fixa' nasceu para essas coisas"

É, mas não deve se usar em textos como esse, ou melhor, em mim. Sou escrito de forma muito cuidadosa, esses erros gramaticais não são pendentes para meu corpo.

"Maluco. Ninguém gosta de uma Fanfiction engraçadinha..."

Nem de um narrador mesquinho...

– Desculpe interromper essa discussão, mas o que são vocês, essas vozes em minha cabeça? -

Ah, sim. Oi, eu sou um Texto, e esse daí com a voz do narrador da sessão da tarde é o Narrador mesmo.

"Oi"

O que somos na verdade é um tipo de, como eu poderia dizer, um mundo em palavras. Tudo o que você faz, você é, você viu, é descrito e interpretado por leitores, que por acaso estão nos lendo agora! Oi, caro leitor!

"Oi, leitor..."

– Oi, leitor... Mas espere aí!! Então o que eu sou, na verdade são apenas letras, adjetivos, substantivos e sujeitos? -

Isso mesmo. Você não possui qualquer existência física ou concreta. É diferente na mente de cada um!

– Então, eu, você, e esse "narrador", somos só um? -

Não. Eu fiz o Narrador. Ele... Narra.

"E você é muito importante, né?"

Cale a boca. Se você tivesse uma. Enfim, eu criei você para que ele pudesse narrá-la. Fora criada uma trajetória, uma aparência tudo o mais para que seus leitores saibam quem você é, mesmo que de forma diferente para cada um. Isso é ser uma Personagem.

– Eu não existo? -

N-não! Claro que você existe. Bem, não é da forma que você queria, mas olhe, palavras existem. isso já não é o suficiente?

– ...Quem sou eu afinal? Apenas um amontoado de palavras, que servem de distração para um leitor desocupado ou algum tipo de RPG? -

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Não, isso não é uma Fanfic interativa, fique tranquila!

O que eu quero dizer é que... É, nós não passamos de palavras, para descrever qualquer coisa... Do que adianta falar, que mesmo se você não existir em carne e osso, no coração das pessoas, existimos de certa forma? Não estamos aqui e pronto. Simplesmente te daremos uma descrição e você vai nascer no começo da primeira página e morrer no fim da última. É assim comigo.

Eu nasci para ser lido e só. O narrador nasceu para narrar e só.

Você nasceu para ser nossa Personagem principal, o elo entre o leitor e o enredo preparado por nós, e só. Entendeu?

– ...No fim, terei que aceitar minha condição, não é? -

Sim...

– Porque no fim... -

Não passamos de um amontoado de palavras...

"Para serem lidas e só."

– Ah, isso é triste. Mas quando ouvi vocês falando comigo, pensei que estava maluca. -

Não, você não esta maluca. Nem usa drogas... Você usa drogas?

– Eu não sei. Não é vocês que decidem? -

É mesmo. Ei, NARRADOR!!!

"Você falou que 'fixa' não deveria ser usado em você."

Estou usando "fixa" em mim mesmo. Regras nasceram para serem quebradas. Continue a história de nossa personagem, sim?

"Você é um texto muito abusado"

Anda, anda...

– Vamos, Narrador! -

"Então, nossa garota descobriu que sua vida não passava de uma mentira, ou melhor uma grande redação, que virou sua amiga. Sabia que não passava de palavras, um elo entre essas pessoas chamadas 'leitoras', mas decidiu uma coisa: faria de tudo para existir além daquelas letras que a descreviam..."

Narrador, o que você esta fazendo?

"Mudando as rédeas das coisas, seu livro Naturalista!"

"Ela ergueu a cabeça. Não podia aceitar o que Texto dizia, era muito mais que uma estória ou um amontoado de palavras. Ao som da voz de seu narrador, abriu a boca e falou: "

– Meu nome é...

Peraí, peraí... Vamos pular para o capítulo 3...

– Mas já? -

É, minha cara Personagem. Já estou grande demais.