Giocare
Dois grupos
Bielorrússia: (passa pela mesa e para, olhando em volta)
Canadá: (apenas consegue ver as pernas dela. Para de respirar. Os seus olhos estão arregalados e as suas duas mãos a tapar a boca)
Bielorrússia: (volta a andar, desta vez vai até ao fundo da sala e caminha por lá, atenta aos sons. Passa muito perto do sítio onde o francês está escondido)
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Bielorrússia: (continua a andar)
Prússia: (olhos fechados, usa a camisa para tapar o nariz e camuflar a respiração. Tenta focar-se nos passos da mulher, e os seus olhos abrem de nada quando os ouve a ficarem cada vez mais perto)
Bielorrússia: (para à frente do baú onde o prusso está. Olha para ele e, passado uns segundos, sorri e decide bater-lhe levemente)
Prússia: (morde o lábio e fecha os olhos, retendo um grito)
Bielorrússia: (volta a andar, desta vez até à entrada. Os seus olhos focam-se no armário onde o Espanha está escondido. Ele anda até lá e, sem hesitar, abre as portas)
Espanha: (sentado, coberto por uns casacos. A mulher não repara nele, e ele simplesmente fica imóvel)
Bielorrússia: (separa as roupas que estavam penduradas, uma a uma)
Canadá: (já não a consegue ver, apercebe-se que o esconderijo onde ele está não é dos melhores. Olha em volta e tenta ver se consegue encontrar os outros)
Prússia: (continua imóvel no baú, já não consegue ouvir nada)
França: (levanta-se um pouco e espreita. Vê que a Bielorrússia está a ver o armário e, em pânico, tentar ver algo para a distrair e salvar o António)
Bielorrússia: (não encontra nada nos cabides, decide pegar num dos casacos que estava no fundo do armário. Vai a retirá-lo quando ouve algo e para)
(alguém bate à porta)
Bielorrússia: (fecha o armário)
Canadá: (repara no francês, sai debaixo da mesa e corre para ele)
França: (olha para o Canadiano, confuso)
(silêncio, ouvem alguém do lado de fora)
Alemanha: Bate outra vez.
(alguém bate na porta outra vez)
Canadá: (senta-se entre o sofá e a parede, ao lado de França)
França: (ainda confuso, tenta fazer com que os dois estejam tapados pelas sombras e escuridão)
Alemanha: Será que eles não ouvem?
Romano: Ótimo! Era só o que faltava! Como entramos agora?
Alemanha: Tenta abrir a porta.
Bielorrússia: (corre para dentro da sala e esconde-se debaixo da mesa)
Canadá e França: (olham um para o outro, pensando “que sorte”)
(a porta abre. Entra o Romano, o Alemanha com o Inglaterra às costas e o Japão. A madeira range quando eles passam por cima dela. Eles passam pela entrada e dirigem-se à sala)
Prússia: (não entende o que se está a passar, abre ligeiramente o baú para conseguir ver)
Romano: (começa a tremer ligeiramente. Respira fundo e aperta ainda mais a vela que treme nas suas mãos)
Alemanha: (olha em volta, desconfortável com o silencio. Morde o lábio e puxa o Inglaterra para cima)
Japão: (sente que algo de errado se está a passar, tenta manter-se o mais próximo possível do Alemanha)
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Alemanha: (acena com a cabeça) Também o sinto…
Japão: (respira fundo) Devemos esperar aqui, encontrar os outros ou ir diretamente ao tal quarto?
(silêncio)
Alemanha: (suspira, vai para um dos sofás que estava perto da parede e deita lá o Inglaterra. Senta-se numa poltrona e leva as mãos à testa) Sinceramente, não sei.
França e Canadá: (tentam não chamar a atenção, não vá a Bielorrússia decidir perseguir o outro grupo também se eles os virem)
Alemanha: (apoia os cotovelos nos joelhos e usa as mãos para suportar a cabeça) Eu só quero que isto acabe… E, pelos vistos, o fim ainda está longe. (olha para os outros)
Romano: (engole em seco) Temos de continuar a tentar… Eu também quero que isto acabe, sabes?
Alemanha: (murmura) Então porque escondes coisas?
Romano e Japão: (não entendem o que ele diz) O quê?
Canadá: (ouviu o que o alemão disse, olha para ele confuso)
França: (olha para o Romano, desconfiado e confuso ao mesmo tempo)
Alemanha: (suspira) Nada, nada. (levanta-se, olha para o Inglaterra) O mais importante agora é certificarmo-nos que ele acorda. Não é prático tê-lo tão... Dependente. Imaginem que precisamos de correr? Não importa o quão leve ele é, continua a ser um fardo para mim.
Japão: Concordo. (Ajoelha-se ao pé do inglês) Inglaterra? (abana-lhe o ombro) Arthur-san? (continua a tentar)
Romano: (olha em volta, tem uma ideia) Oi, bastardo!
Alemanha: (olha para ele) Sim?
Romano: Vamos procurar algo para podermos ver o que está no poço.
Alemanha: (acena com a cabeça) Boa ideia. Tu vês esta metade da sala que eu vejo a outra.
Romano: (dirige-se a uma das estantes) Certo… Ugh, nada aqui sem ser pó… (tira e põe livros, vê pequenas caixas que estavam na estante, abre e fecha gavetas) Desperdício de tempo…
Alemanha: (procura nas gavetas de uma cómoda. Vai a ver numa estante quando repara num baú. Anda para ele)
Prússia: (fecha o baú lentamente, e reza para que o outro se vá embora)
Bielorrússia: (repara numa sombra a entrar na sala. Apercebe-se de que é o russo)
Rússia: (a observar a cena)
Japão: Vá lá… (dá-lhe uma chapada na cara) Acorda…
Alemanha: (toca no baú, pronto para o abrir)
Inglaterra: (abre os olhos)
Japão: (respira fundo) O Inglaterra acordou!
Alemanha e Romano: (param, olham para o sofá)
Inglaterra: (pisca os olhos, confuso) Onde estou…? (tenta se sentar, cai para trás e leva a mão à cabeça) Ugh…
Japão: (levanta-se) Inglaterra… Como estás?
Inglaterra: Dói-me a cabeça… (olha em volta, olhos semiabertos) Onde estou… O que aconteceu?
Romano: Alguém te deu uma pancada na cabeça… Lembras-te?
Inglaterra: (abana a cabeça)
Alemanha: Qual é a última coisa de que te lembras?
Inglaterra: (fecha os olhos) Ah… Eu estava lá fora com o Romano… Entrámos numa casa… E não me lembro de mais nada…
Romano: (revira os olhos e encosta-se à parede) É o que acontece quando és demasiado curioso. Tu viste algo no fundo da casinha e decidiste ir ver. Depois alguém de bateu com força na cabeça e tu desmaias-te.
Inglaterra: Hm… (abre os olhos e senta-se, a mão ainda pressionada contra a parte de trás da cabeça) Quem… Quem é que me fez isto?
Romano: Não sei.
(silêncio)
França e Canadá: (olham um para o outro, desconfiados e ainda mais confusos)
Prússia: (suspira de alívio quando se apercebe de que o alemão não vai abrir o baú)
Inglaterra: (suspira, tenta se levantar)
Japão: (ajuda-o)
Alemanha: Achas que consegues andar?
Inglaterra: (acena com a cabeça)
Alemanha: Ótimo… Não quero ficar muito tempo aqui. Esta divisão incomoda-me. Romano, a vela. (estende a mão)
Romano: (dá-lhe a vela)
Alemanha: (anda até ás escadas) Vamos ver aquele quarto de uma vez por todas.
(todos concordam e seguem o Alemanha, o Inglaterra com um braço à volta dos ombros do japonês para não cair. O silêncio reina na sala)
Rússia: (passado algum tempo, segue o outro grupo)
Bielorrússia: (sai debaixo da mesa)
(uma voz enche a sala, apanhando todos desprevenidos)
A: Os planos foram alterados.
Bielorrússia: (olha para ele) Como assim? E explicas-me porque motivo o Inglaterra ainda está aqui?
Canadá e França: (não conseguem ver quem é que está a falar)
A: (revira os olhos) Esquece e Inglaterra e chega aqui, não quero que eles oiçam.
Bielorrússia: (vai até onde ele está)
A: (sussurra) O Rússia vai estar sempre atrás daquele grupo e eu deste. O Espanha viu-me, temos de avançar e fazer de tudo para que esta gente toda não se cruze. Esquece a tua missão original de atacar o Espanha para não parecer suspeito. Em vez disso, sê a minha ajudante. Precisamos que aquilo corra bem, ou o Itália tem um ataque. Entendido?
Bielorrússia: (acena com a cabeça, sussurra também) Farei tudo o que for preciso para o meu irmão ter o que deseja, mesmo que isso signifique trabalhar contigo.
A: Boa. Agora, assusta-os mais um bocadinho… Eu sei onde eles estão. O Espanha está no armário, o Canadá e o França ali- (aponta) e o Prússia na arca. (afasta-se dela e vai embora)
Bielorrússia: (sorri, anda em direção ao baú e senta-se em cima dele)
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Bielorrússia: (vira a cara exatamente para onde o Canadá e o França estão. Olha-os nos olhos fixamente)
Canadá e França: (em choque, chegam-se mais perto um do outro, tremendo de medo)
Bielorrússia: (levanta-se e vai na direção deles)
Canadá: (respiração descompassada, lágrimas de aflição e medo começam a escorrer-lhe pela face)
França: (paralisado)
Bielorrússia: (para à frente deles, abaixa-se e, em vez de olhar para eles, toca numa parte escura da madeira que estava à frente deles. Depois, levanta-se e anda até à entrada)
França: (respira fundo, repara no canadiano e leva a mão ás costas dele, fazendo movimentos circulatórios para o acalmar)
Bielorrússia: (abre o armário outra vez e diz, com uma voz calma e serena) Sei que estás aqui… Não és bom a esconder-te.
Espanha: (imóvel, não sabe o que fazer, o respirar começa a ficar pesado)
Bielorrússia: (toca no monte de casacos e faz pressão para baixo)
Espanha: (fecha os olhos e contêm um grito)
Bielorrússia: (sorri, para e fecha o armário) Enganei-me. (volta para a sala e, com uma risada, sai de lá e vai para onde o A está)
A: (faz-lhe sinal e ambos entram numa passagem camuflada de quadro, já fora do alcance de visão do grupo)
(silêncio)
França: (levanta-se, sendo logo seguido pelo Canadá. Vai até ao baú e abre-o)
Prússia: (olha para ele, aliviado) Já se foi embora?
França: Sim, não precisas de chorar mais. (sorri)
Prússia: (leva as mãos á cara, repara que esta está um pouco molhada) Eu- estava muita humidade dentro desta arca. Pessoas fantásticas não choram!
França: (risadinha, ajuda-o a sair do baú)
Espanha: (sai do armário e vai ter com eles) Isto foi assustador…
Canadá: (acena com a cabeça) Parece que tu e o Francis são os únicos que não choraram…
França: Obviamente! O irmão mais velho só chora com desgostos amorosos ou batalhas fracassadas!
Prússia: (cruza os braços) Eu não chorei! Foi a humidade! E tu também não estás melhor! O teu lábio está cheio de sangue.
França: (toca no lábio) Oh… Devo o ter mordido…
Espanha: Claro que sim.
Canadá: (suspira) Enfim… (tosse) Ouviram o Romano?
França: Sim. (fica sério) Ele mentiu. Se o que vocês disseram for verdade, ele sabe perfeitamente quem é que deu uma paulada ao Inglaterra.
Espanha: Se calhar não quer denunciar o Áustria?
França: É uma possibilidade… E ouviram o que o West disse? Sobre o Roma esconder coisas?
Espanha: (surpreso) Ele disse isso?
França: Sim.
Prússia: Então-Ah, faz sentido. (leva a mão ao queixo) O Romano esteve com o Itália. Ele disse que o irmão lhe tinha cortado o braço acidentalmente… Neste espaço de tempo em que estiveram juntos, muito pode ter acontecido.
Canadá: E se… E se o Itália lhe cortou o braço de prepósito e lhe contou o que está a acontecer?
Prússia: É uma possibilidade.
Espanha: (suspira) Quanto mais cedo encontrarmos o Áustria, melhor. Não quero que o meu Romanito se sinta tão oprimido ao ponto de não confiar em nós.
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