O Preço da Felicidade

Um Sofrimento Sem Fim?


Violetta

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Era mais um dia triste na minha vida, se passaram bastante tempo e eu ainda estava trancada naquele porão, e o pior foi ver que German havia descobrido tudo e trancado meus pais junto a mim.

Estávamos nós três juntos depois de anos, mas juntos da pior maneira possível. Já fazia uma semana que não comiamos e quase 3 meses que estávamos presos.

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Eu fiquei cada dia esperando que León aparecesse, e ele nunca apareceu, não esperava mais nada.

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– Violetta, temos que sair daqui. Eles não nos pode manter aqui - diz Angie andando de um lado ao outro.

– Mas como vamos conseguir sair? Já tentamos de tudo - diz Pablo.

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Não respondi, fiquei sentada quieta no meu canto os olhando. E agora sei de onde puxei minhas personalidades.

Angie era calma, sempre esperançosa e não desiste de nada.

Pablo era quieto, ficava na sua e depois de um tempo desistia do que queria pelo simples fato de não conseguir.

E eu era a mistura dos dois, tinha todas as esperanças do mundo em um momento e no outro jogava tudo pro ar, mas logo em seguida recupero elas. Era um ciclo vicioso.

...

Estava sentada pensando porque León não veio me buscar, ele prometeu me proteger sempre e não estava cumprindo isso. Estava ficando deprimida, não tinha tantas forças como antes, e o fato de estar sem comida a quase uma semana não me afetou tanto. Mas mesmo não querendo me mover ou fazer qualquer coisa, eu tinha que sair dali, precisava ajudar meus pais, queria vê-los bem, e isso foi um dos maiores motivos para poder sair dali, e o outro era que eu precisava ver León, saber porquê me deixou, porquê não veio me buscar.

Angie continuava andando de um lado ao outro enquanto Pablo tentava faze-la se sentar, o quê era quase impossivel.

E eu continuei quieta no meu canto pensando em um jeito de sair, sabia que tinha a passagem que estava bloqueada e que a porta normal do porão também. Mas foi ai que me veio a cabeça: Se há uma passagem secreta ali, então ha de haver outra.

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– JÁ SEI - gritei espantando-os.

– Já sabe o quê? - diz Pablo.

– Como sair daqui... - estava sorrindo - mas não posso garantir nada.

– Mas pelo menos teve alguma ideia. Não custa tentar - Angie diz olhando a Pablo - então conte, como podemos sair?

– Bom, lembro-me que encontrei essa passagem secreta - apontei a porta - mas que agora esta fechada...

– Disso já sabemos, conte-nos algo que não sabemos - me interrompeu Pablo.

– Se deixar eu falar.. - ele ficou quieto - agradeço. Bom, se há uma passagem, tens de haver outra, é obvio. Pensem...

– E o que quer com isso?

– Por Deus... Isso quer dizer que devemos procurar outras passagens. Andem, vamos...

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Procuramos e procuramos, havia coisas jogadas no chão, a cama havia sido arrastada e nada.

Tínhamos ficados longos minutos procurando e nada, estava começando a achar que estava errada. Quando estava tudo bagunçado e n'e3o havia mais nada que procurar paramos. Me encostei na parede e estava prestes a chorar.

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– Que grande merda, nunca vamos sair daqui - diz Pablo dando um soco na parede e se abre uma mini porta - Mas quê? - ele se abaixa e olha - é uma passagem, UMA PASSAGEM - ele comemora e nos abraça.

– Será que da para passarmos por ai? - digo.

– Só tentando para saber - diz Pablo - as damas primeiro.

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Angie se abaixou e tentou passar, o único que a atrapalhou foi seu cinto, mas o tirou e continuou. Estava tudo indo direito, até que ouvimos a porta destrancar, tentamos fazer Angie se apressar, mas já era tarde demais.

German desceu as escadas correndo, mas Angie já havia passado, só ficou eu e meu pai.

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– O que pensam que estão fazendo? - grita segurando meu braço.

– Solta ela - gritou Pablo - Se não...

– Se não o quê? - me soltou, fazendo que eu fosse em direção ao chão e Pablo dando um soco nele, que logo German revidou o fazendo cair inconsciente.

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– Não - foi o único que consegui falar.

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German amarrou meu pai e a mim, logo depois subiu. Tentei me desamarrar e acordar a Pablo, mas as duas tentativas foram em vão. German desceu novamente, mas com dois homens ao seu lado. Um ficou a nos vigiar e o outro a tampar a passagem.

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– Espero que não tenha mais nenhuma passagem e que vocês não façam mais nenhuma travessura - ele ia subindo quando nos olhou novamente - e já mandei irem atras de Angie - finalmente subiu rindo.

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Angeles (Angie)

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Atravessei a passagem dando a um corredor, não sabia para onde iria me levar, estava esperando Pablo e Violetta, mas não apareceram. Mas quando ouvi a voz de German entendi tudo, eles ficaram lá e eu fui a única a escapar. Mas não podia voltar, teria que ir e chamar a polícia, não podia fazer isso sozinha.

Continuei a andar, era escuro e havia muitos bichos, principalmente aranhas e ratos.

Cheguei em uma parte onde já não havia saída, mas percebi o aspecto diferente na parede, comecei a empurrar e se abriu uma porta a sala da casa. Não havia ninguém, corri até a porta e dei de cara com um homem muito alto a me encarar.

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– Olá, mocinha - ele diz encostando em meus ombros.

– É.. Olá.. tenho que ir - digo tentando passar.

– Aonde pensa que vai? Acabo de chegar...

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O olhei apavorada, e minha única reação foi chutar onde mais lhe doía, sai correndo e sai pelo portão com o homem ainda me xingando. Comecei a correr mais pela extensa rua.

Corri por muito tempo, só fui parar quando senti minhas pernas pedirem por descanso.

Era final de tarde e não sabia o que fazer, agora todos os capangas de German deveriam estar a me procurar.

Minha casa ainda estava longe e seria o primeiro lugar a me procurarem, então lembrei de León, corri imediatamente para sua casa e toquei a campainha apreensiva.

Pouco tempo depois apareceu uma das empregadas de León, que se assustou pelo meu estado, eu deveria estar horrível.

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– Olá! - digo ofegante - León está?

– Sim, quem gostaria?

– Angie...

– Angie?

– Só Angie - gritei.

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A empregada saiu e foi chamar a León, e eu esperei na porta nervosa pensando que poderiam aparecer a qualquer momento os capangas.

Ouvi passos de como alguém tivesse correndo, León aparece cambaleando e para na porta me olhando.

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– Angie? - ele me abraça forte.

– Sim, sou... eu.. - digo tentando respirar - está me apertando León.

– Angie, como pode? - diz me soltando.

– Como pude o quê? - digo o olhando.

– Ir embora do país com a Violetta, me deixando?

– Nós não fomos embora León... me deixa entrar que te explico tudo?

– Vem - ele me deu passagem.

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Entrei na casa de León e ele mandou preparem alguma coisa para comemos. Estava cansada, suja, fedida e com muita fome.

Depois de me ajeitar, fomos para sala e nos sentamos no sofá.

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– Agora me explica tudo...

– Ok... Foi assim...