Venena anguis

Fake smile, fake words and true distrust


Os dias anteriores a sexta passaram rapidamente, deixando Sabrina mais nervosa do que já estava: A noticia de que ela estava “saindo” com Riddle já corria toda a escola.

– É a terceira vez hoje – Chen suspira depois de ver Sabrina bloquear uma azaração no meio do almoço – Isso está ficando perigoso.

– Não se preocupem com isso – Garantiu – Seria pior se eu estivesse na mesa da Sonserina.

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Billy suspirou e cutucou Chen para que o coreano parasse de tagarelar, mas Sabrina não ligava, simplesmente adorava as histórias animadas de Chen sobre seu irmão Minseok e como são as coisas na Coreia. Lara estava olhando para os três de seu lugar na mesa da Lufa-Lufa, seus olhos estavam vermelhos, como se tivesse chorado recentemente; os olhos de Sabrina se encontraram com os dela e Lara sorriu um pouco, a sonserina se sentiu bem em saber que a amiga não estava culpando-a por “fisgar” Riddle.

Lyssa estava... Abalada, havia chorado durante uma noite inteira quando Sabrina confirmou a história para as duas; Mikaela reagiu um pouco melhor, mas nenhuma das duas falava com a Gaunt mais do que fosse necessário. Susan, Druella e Sosie estavam... Mais putas que o normal: Sosie praticamente teve um ataque quando ouviu a noticia da boca da própria Sabrina; terminou com Abraxas e começou a se atirar em Tom descaradamente apenas para ser educadamente rejeitada (em publico) e receber uma bela patada (quando apenas Sabrina estava presente). A Gaunt não pode evitar se sentir... Especial pela atenção que estava recebendo do Lord das trevas, mas sempre se lembrava de quem ele era e jogava-lhe um fora carregado de veneno sempre que podia. Sua vida valia a pena por aqueles pequenos momentos.

Em plena sexta-feira, as provocações pioraram: A primeira coisa que recebeu quando saiu de seu quarto foi uma maldição indo a sua direção (foi refletida com elegância) e um olhar furioso de Sosie. Uma das muitas que recebeu durante a semana. E, agora que só faltava uma aula para serem liberados para passear em Hogsmead, as coisas estavam um pouco piores.

– Temos que ir para a aula de Poções – Chen se levanta, puxando um Billy extremamente desanimado – Tenho certeza que você vai gostar do velho Slug... Ele é bem legal às vezes.

Sabrina sorriu um pouco ao se levantar, gostava do velho Slug... Às vezes.

– Então vamos conhece-lo logo – Sorriu para os dois grifinórios e agarrou os braços de ambos, puxando-os para as masmorras – Vamos chegar cedo e causar uma boa impressão.

Billy resmungou durante todo o caminho, fazendo Sabrina e Jongdae rirem alto, chamando atenção de várias pessoas ao redor.

Riddle era uma delas.

O herdeiro encarou a animada cena entre os dois grifinórios e a sonserina. A traidora, melhor dizendo. Tom reprimiu uma careta, a sua prima mal parava no salão comunal da Sonserina e estava sempre ao lado dos dois idiotas serelepes e barulhentos... Como odiava o tal de Jongdae, sempre procurando entrar em uma discussão com o primeiro sonserino que encontrasse, mas Sabrina era uma exceção! Tom apenas queria que ele se afastasse para que pudesse extrair logo tudo dela... Não se importava se a prima decidisse abrir as pernas para ele depois.

Ou se importava?

Balançou a cabeça levemente, tirando tais devaneios de sua mente. Queria informações.

Apenas isso.

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– Bom dia, classe! – Horácio Slughorn cumprimentou os alunos com seu jeito pomposo de sempre – Espero que todos tenham preparado aquela pesquisa sobre a poção do Morto-Vivo porque vamos prepara-la hoje – Ele sorriu – E ela vale nota, também.

Vários alunos grunhiram, Billy era um deles.

– Professor – Sabrina levantou a mão.

– Ah sim! – Slughorn deu uma curta risada – Estou a par da sua situação, srta. Gaunt! – Ele andou até a garota, que se sentava ao lado de um garoto da Grifinória chamado Steve – Você pode me entregar a tarefa próxima semana – Ele sorri – Por que não se senta com o jovem Tom durante um tempo? Ele é o melhor da turma e tenho certeza que não se importaria em ajuda-la.

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A Zahra/Gaunt olhou nervosamente par o belo homem sentado na primeira carteira, Malfoy estava ao seu lado. O loiro deu um sorriso simpático, como se tentasse reconforta-la, mas Riddle apenas lhe encarou sem expressão, os olhos demonstrando um pouco de divertimento em ve-la naquela situação.

– Claro que não me importo, senhor – Riddle deu um de seus famosos (e perfeitos) sorrisos falsos – Afinal, ela perdeu três aulas, tenho que ajuda-la a se recuperar – Os olhos escuros (estariam eles esverdeados? Ou era apenas um truque da luz?) de Tom se fixaram demoradamente nela – Eu ficaria muito feliz em ajudar.

– Ho ho! – Slughorn pareceu animado ate demais – Então estamos resolvidos. Senhor Malfoy, troque de lugar com a jovem srta. Gaunt – Educadamente dirigiu-se a Abraxas.

O loiro se levantou elegantemente e se dirigiu até Sabrina, recolhendo as coisas dela com um enorme sorriso.

– Permita-me ajuda-la, srta. Gaunt – Piscou para ela, sorrindo de canto.

A garota apenas retribuiu o sorriso do bruxo e se levantou, indo se sentar ao lado do maldito Lord.

– Olá novamente, Sabrina – Riddle cumprimentou-a com um de seus sorrisos zombeteiros – Está ansiosa para o passeio de hoje?

Ela não o respondeu, apenas abriu o livro de poções na página da poção do Morto-Vivo.

– Pretende mesmo me ignorar? – A voz dele soou perigosamente baixa – Não é algo bastante inteligente para a senhorita fazer se levarmos em conta que estaremos sozinhos durante toda a tarde.

– Esta me ameaçando? – Encarou-o com raiva.

Slughorn interrompeu os dois.

– O que tenho em mãos é um frasco de Felix Felicis, a poção da sorte – O professor mostrou-a aos alunos – Ela é o prêmio do aluno que fizer a melhor porção, mas devo lembrar que usa-la em qualquer competição oficial é estritamente proibido... E não a usem muito, uma quantidade muito grande pode ser catastrófica.

Sabrina e Tom arregalaram os olhos ao mesmo tempo, encarando o pequeno frasco nas mãos de Horácio.

Precisavam daquela poção.

– Vocês tem o resto da aula – Ele olhou para o grande e empoeirado relógio na parede – Podem começar.

Todos os alunos começaram a preparar suas poções, ansiosos. Riddle estava bastante calmo, como se soubesse que ganharia o frasquinho de vidro, mas ele não contava com certas artimanhas da garota ao seu lado.

Sabrina ainda se lembrava das dicas do Príncipe mestiço, afinal.

A poção estava no papo.

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– Por Merlim! – Slughorn disse após observar a poção da Gaunt – Uma gota mataria todos nós!

Sabrina abriu um sorriso gentil, o mesmo que usaria futuramente no mesmo professor.

– Eu apenas segui as instruções, senhor – Respondeu cordialmente – Não compreendo porque a minha parece ter ficado melhor do que as dos outros...

– Ela não só parece – O professor rio – Ela É! – Ele desviou o olhar para Riddle – Meu rapaz, alguém lhe superou hoje.

O moreno nada respondeu, apenas encarou o frasco de liquido dourado nas mãos da garota, como se planejasse arranca-lo dela naquele mesmo instante.

– Eu sempre acreditei no potencial dela, senhor – Respondeu cordialmente, mas sem sorrir.

O professor riu e dispensou a turma.

– Você vem conosco, Sabrina? – Chen apareceu ao seu lado, puxando-a para longe de Riddle – Temos um tempo até a hora de ir para Hogsmead.

– Eu encontro vocês na saída, tenho algumas coisas para resolver – Sorriu para ele – Não se preocupe comigo – garantiu antes que ele a interrompesse.

A garota se despediu dos dois e apressou o passo, indo em direção à Sala Precisa, pegando todas as passagens secretas. Enquanto andava sua mente divagou entre várias possíveis explicações sobre o misterioso armário que a fizera voltar no tempo com tamanha rapidez e facilidade.

Nenhuma delas lhe pareceu plausível.

Mas nada no mundo mágico é realmente plausível.

Encarou a porta se abrir e entrou, tentando lembrar dos detalhes do armário, mas nada lhe vinha em mente. Irritada, começou a dar voltas pela sala à procura de qualquer coisa que a lembrasse de algo útil, falhando miseravelmente. Suspirando, começou a vasculhar os inúmeros pergaminhos e livros velhos, esperando encontrar algo sobre viagem no tempo que realmente pudesse ajuda-la.

– Essa é a Sala Vem-e-Vai.

A garota se assustou e soltou os pergaminhos que segurava, virando-se para a origem da voz.

– Muitos alunos estudam aqui durante a vida inteira sem encontrar essa sala... – Riddle a encarou, os olhos em chamas – Como você a achou tão rápido?