Forgotten

Impossible?


Clint franze o cenho quando todos nós o encaramos sem entender.

– O que você quer dizer com “seu futuro”? – Natasha é a primeira a se pronunciar.

– Sei que o que estou cogitando parece loucura, mas devido as circunstâncias acredito que tudo pode ser possível. – continuamos o encarando, esperando mais explicações. – talvez todo esse mistério e falta de informações em torno do Hayden queira dizer que ele não é do nosso tempo. Ele veio do futuro usando a máquina do Tony. – completa.

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Eu vim do futuro? Não, isso não e possível... ou será que é? Mas se eu vim mesmo do futuro, alguma coisa eu devia está querendo! Mas o quê? Droga! As respostas nunca aparecem, mas perguntas brotam aos montes, como erva daninha em terreno adubado.

– Hayden?!

– O que? – me assusto com o chamado. Natasha estala os dedos na frente dos meus olhos.

– Você tá bem? – pergunta com o cenho franzido.

– Sim, estou. – respondo de forma automática. – isso seria mesmo possível? – olho para os rostos de cada um.

Eles parecem tão incrédulos quanto eu, exceto Clint, que me olha com intensidade.

– Sua teoria ainda não acabou, não é mesmo? – pergunto e ele concorda com a cabeça.

– Antes mesmo dessa história da máquina vir à tona, eu já pensava nisso. Mas minha teoria só ganhou força e principalmente logica agora.

– Então porque você não conta tudo de uma vez? – sugere Tony. Clint respira fundo, como que tomando coragem pra continuar.

– Antes de mais nada, peço calma e paciência, não me interrompam. Principalmente você. – aponta pra Natasha, que une as sobrancelhas, ofendida.

– Porque eu te interromperia? – questiona levemente irritada. Clint apenas ignora e começa sua explicação.

– Vamos começar imaginando, Okay? – balançamos a cabeça concordando. – okay. Hã... no futuro, exatamente daqui a 16 anos, um garoto, filho de pessoas importantes, que conhecem outras pessoas também importantes decidi voltar ao passado. Então ele usa uma máquina criada por uma dessas pessoas e no processo perde a memória. Só que ironicamente, ele acaba se encontrando com essas mesmas pessoas no passado, inclusive, com os próprios pais. – ele faz uma pausa – sua herança genética começa a se desintegrar, mas não porque ele está doente, mas sim porque ele não existe de fato. – conclui.

– É uma boa história, acho que daria até um filme relevante. – Natasha comenta com desdém. Porém, todos parecem concentrados na teoria do Clint. – vocês estão mesmo cogitando essa hipótese? – pergunta incrédula.

– Se formos analisar pelo ponto de vista do Clint, até que faz sentido. – Bruce divaga. Natasha revira os olhos.

– O que você acha disso Hayden? – Steve pergunta, e todos me olham.

– Eu não sei... como o Dr. falou olhando de determinado ângulo parece possível, mas – penso na história do Clint e uma questão me ocorre. – quem são meus pais? – os olhares antes direcionados a mim se voltam para Clint que engole seco.

– Partindo do princípio que você realmente não foi vítima de um experimento da HIDRA e que, como o Bruce já falou, a junção dos soros no seu organismo é tão perfeita que chega a ser quase “natural”, eu deduzi que a única forma dela ter ocorrido é você tendo herdado isso geneticamente, sendo assim os seus pais são...

– NÃO! – Natasha exclama se levantando. – Não! Não e não! Isso é biologicamente impossível! – ela balança a cabeça descrente – eu não posso, você sabe disso! – arregalo os olhos quando finalmente sou atingido pelas palavras de Clint.

Steve parece levar o mesmo tempo que eu para absorver a informação e nossos olhos se encontram por uma pequena fração de segundos, antes de se voltarem para uma Natasha furiosa que não para de afirmar o quão idiota é aquela teoria. Tony passa a mão pelo queixo pensativo, assim como Bruce que permanece calado.

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– Isso... isso... – tento falar alguma coisa para diminuir a atual tensão, mas nada coerente me vem à cabeça. Será mesmo possível? Steve e Natasha... papai e mamãe? – não faz sentido. – digo por fim.

– Finalmente alguém concorda comigo! – exclama irritada. Nos encaramos por algum tempo, e fica claro pra mim que ela está tentando se convencer que aquilo não é possível, que não será verdade.

– Olha ruivinha, eu sei que é difícil, mas até que a teoria do nosso Legolas aqui faz sentido. Principalmente olhando pelo lado biológico da questão. – Natasha arregala os olhos e fulmina Tony.

– Você só pode está brincando... – ela olha para Steve – você também acredita nisso? – Steve que olhava para o chão ergue a cabeça lentamente, parecendo distraído.

– É só uma teoria. – fala duro. Um silencio sepulcral cai sobre todos. “Será assim tão ruim pra Nat a ideia de ter um filho?” Não consigo combater a tristeza que me atinge.

– Só há uma maneira de saber se é possível ou não. – Bruce fala, quebrando o silêncio – fazendo um teste.

– Que tipo de “teste”? – Clint pergunta, tão curioso quanto eu.

– Podemos fazer uma inseminação artificial. – Bruce fala e Natasha se senta em silencio, absorvendo a ideia.

– E como seria isso? – quem pergunta é Steve.

– Bom, eu precisaria do material de vocês e.... – Tony o interrompe.

– Porque não fazer do modo tradicional? – sugere – aposto que é muito mais fácil e prazeroso. Sem contar que as chances de dar certo aumentam. – reviro os olhos.

– Não vamos deixar o embrião se formar realmente. Só quero saber se o ovulo da Nat poderia ser fecundado pelo... – ele não termina e seus olhos pousam em mim.

– Por favor, eu sei como funciona. – Bruce sorri sem graça – na pratica. – deixo bem claro.

– Esse é dos meus! – Tony exclama.

– Mesmo que o ovulo seja fecundado, isso não quer dizer que eu possa gerar uma criança. Meu corpo expulsaria o feto. – Natasha fala, tirando minha vida sexual do centro das atenções.

– Seu corpo expulsa o que não conhece, mas se o seu ovulo for fecundado, automaticamente seus genes se misturaram e o feto passara a fazer parte de você. Seu organismo não o rejeitaria porque ele é metade você. – Bruce dá uma breve explicação.

– Ainda assim, porque ele aceitaria os genes do Steve e de outra pessoa não? – contra argumenta.

– O soro do Steve é mais forte, os genes dele são mais fortes, seu corpo não teria força para mata-lo ou expulsa-lo. Como os dois tem substancias parecidas, não haveria uma rejeição tão violenta de sua parte. – Natasha abre a boca, mas aparentemente não encontra nenhuma outra objeção e a fecha novamente.

– Quando podemos fazer isso? – Steve pergunta, olhando para o chão.

– O seu material é mais fácil de ser coletado, mas os óvulos da viúva, ela precisa está no período fértil. – Steve olha para Nat e acena levemente com a cabeça.

– Que irônico. Eu estou. – ela afirma mal humorada.

– Ótimo, então podemos fazer agora. – Bruce fala animado. Todos nós nos levantamos. – alguma objeção?

– Não, quanto antes a teoria do Clint for descartada melhor. – Natasha fala séria e caminha até elevador. – encontro você no laboratório. – ela entra no elevador e as portas se fecham.

– Precisa de ajuda? – Pergunta Tony, mas Bruce nega com um aceno.

– Desculpa garoto, eu não queria causar toda essa confusão. – Clint fala, se aproximando de mim.

– Não. Você não causou confusão nenhuma. Tudo é valido. – Steve responde. Ele caminha em direção ao laboratório, acompanhando Bruce e Tony.

– Parece que só sobrou nos dois. – Clint comenta, quando todos deixam a sala. Concordo com a cabeça e me sento novamente.

Clint sai do meu campo de visão e quando penso que ele também foi embora, um copo com alguma bebida alcoólica dentro é colocado na minha frente.

– Pra passar o tempo. – pego o copo e analiso seu conteúdo, em seguida bebo tudo em um único gole. A bebida desce queimando e balanço a cabeça quando termino, o que definitivamente se mostra uma péssima ideia. – gostou?

– Nada mal. – comento e volto a atenção para o copo vazio. – minha vida vai mudar drasticamente caso sua teoria se mostre verdadeira. – comento e Clint sorri.

– Não tanto quanto a do Steve e principalmente a da Nat. – começa – ela não acredita que pode ter filhos e sinceramente, acho que ela se acostumou tanto com isso, que nunca se imaginou sendo mãe. Acho que ela tem medo.

– Eu acho que ela não quer ser mãe. – comento.

– Não fala isso garoto, você não sabe da metade das coisas pela qual a Nat já passou. Pra ela esse lance de família feliz é uma piada. Se o resultado desse teste der afirmativo, você vai precisar ser muito paciente e compreensivo com a Nat. Ela vai precisar de tempo pra se acostumar com tudo isso. – ele me olha nos olhos.

– Principalmente se eu quiser nascer. – afirmo.

– Principalmente por isso. – ele concorda.