Vamos em direção ao quarto de Lorde Comandante. Sempre sendo seguida de perto por Fantasma que desenvolveu um “instinto de proteção” por mim o que é engraçado, há pouco tempo ele queria me matar. Chegando ao quarto do comandante; batemos na porta e entramos; Fantasma fica do lado de fora. Luke me disse no meio do caminho em francês que iria usar magia para controlar a mente do comandante e fazê-lo aceitar que ficássemos ali por mais de um dia. Não importava o quanto eu implorasse a ele para não fazer aquilo, mais fissurado na idéia ficava.

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Assim que chegamos finalmente ao quarto, Luke consegue dominar a mente do comandante o dando a ordem de nos deixar aqui por tempo indeterminado. Ele me disse que criaria uma ilusão dizendo ao comandante que precisávamos de abrigo e que daríamos muito ouro para a Patrulha. Essa parte fora idéia minha.

Quando saímos do quarto o comandante vai junto a nós rindo e me mostrando todo o castelo. Isso acaba chamando a atenção de todos da patrulha que param suas atividades para nos ver. Jon vem em nossa direção e eu fico vermelha, vou em sua direção antes dele chegar perto de nós. E dizemos juntos:

– Desculpa. – Dou um risinho envergonhado, e olho para baixo. - Eu não sabia que você estava lá. – Esta parte digo somente por mim. E lhe olho, pela primeira vez percebendo que ele é bem maior que eu. Afinal todos são maiores que eu.

– Senhor Snow.

– Por favor me chame de Jon.

– Tudo bem Jon. Poderíamos conversar em um lugar que não tivesse tantos ouvidos e olhares?

– Sim, sim venha.

Ele pega em minha mão e me leva até o refeitório onde fui mais cedo com Luke e Sam. Jon puxa uma cadeira para eu me sentar, e lhe agradeço. Olho para o lado e vejo Fantasma e sorrio para ele; Jon percebe e diz:

– Ele gostou muito de você senhorita Duff

– Oh! Por favor me chame de Kate. Meu nome de verdade é Katarina, mas pode me chamar de Kate. Eu também gostei muito dele. Como é o nome?

– Tudo bem Kate. O nome dele é Fantasma. Por causa dos pelos brancos.

– Belo nome para um belo lobo.

– Obrigado, parece que ele gostou muito do nome.

– Sim, sim. Jon eu pedi para conversar a sós com você a respeito do que houve mais cedo. E... gostaria de lhe pedir desculpas.

– Senhorita... – Lanço-lhe um olhar reprovador e ele percebe. – Quer dizer Kate me desculpe fui eu que fiquei em seus aposentos. Quem deve pedir desculpas aqui sou eu, por tê-la envergonhado. Por favor, me desculpe.

– Não, quem deve sou. Fiquei tempo de mais em meu banho e não ouvi você chegar.

– Enfim; mudando de assunto, eu lhe deixei roupas quentes. Espero que tenha gostado. Infelizmente na patrulha não há mulheres para lhe dar roupas adequadas.

– Eu gostei sim Jon. Elas ficaram um pouco grandes para mim, o que eu já esperava que ficasse; afinal todas as roupas ficam grandes em mim. Detalhes a parte eu gostei sim. Eu sei que foi de bom coração que você as deu para eu usar.

– Sim, com toda a certeza fora.

Sorrio para ele. E volto a olhar Fantasma.

– Jon?

– Sim.

– Eu gostaria de lhe pedir um favor.

– Qual Kate?

– Você poderia segurar o Fantasma para eu poder passar a mão nele?

– Sim, eu seguro sim.

Jon chamou Fantasma, que o obedeceu prontamente, e eu cheguei mais perto com receio de tocá-lo. Abaixei-me para poder acariciá-lo melhor e estiquei a mão para tocá-lo. Sem querer toquei na mão de Jon (que por a caso estava muito fria). O olhei e sorri como se dissesse desculpa e voltei a passar a mão em Fantasma que adorou o carinho atrás das orelhas.

Quando fui levantar-me meu pé enroscou no casaco e eu quase caí. Teria caído de cara no chão se Jon não tivesse me segurado. Mas aí eu olhei para cima e... E... E ele estava muito perto de meu rosto. Nossos olhares se cruzaram, um olhava para a boca do outro, mas o beijo em si não veio. Nós dois não conseguíamos tomar iniciativa.

Quando eu ia me afastar, ele me puxou para mais perto de seu corpo e meu tão esperado primeiro beijo veio. E foi maravilhoso, bem calmo e cheio de romance. Estávamos em perfeita sincronia. Até que o ar nos fez falta e o beijo, foi encerrado com selinhos.

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Enquanto respirava ofegante olhava para ele com um sorriso imenso e a reação dele foi à mesma que a minha, apenas sorrir e respirar. Respirar e sorrir. Quando nos afastamos de vez a porta abre e um Luke todo sorridente aparece dizendo:

– Atrapalho a conversinha de vocês?

– Não – dissemos juntos. – Na verdade já acabamos.

Eu me despeço de Jon com um beijo em sua bochecha e um carinho nas orelhas de Fantasma.

Luke percebe a minha alegria repentina ao chegarmos no meu quarto e pergunta:

– O que houve para você estar tão feliz em Kate?

Penso em uma resposta rápida e digo:

– Consegui realizar um sonho. Um sonho que sempre achei impossível de se realizar.

– Qual? Beijar o Jon?

– Não – digo fingindo insatisfação. – Acariciar um lobo gigante. Nunca pensei que seria capaz de tal coisa ou que viveria para o fazer.

Luke diz mais algumas coisas, que sinceramente não ouvi nem um som. Apenas me deito na cama e penso em nosso beijo. Será que irá haver outros? Ou será que ele gostou? Tomara que haja outros e que ele tenha gostado tanto quanto eu.