Caminhos do Destino

Um dia em familia


O choque ficava evidente e meus olhos, acho que até mesmo em meu corpo, pois não conseguia mover um unico músculo. Ver Esme com aquela expressão de fúria era atormentador, nada me prepararia para aquela cena. Ela no momento que me viu mostrou-me os dentes e pulou em mim, fui jogada na parede oposta com muita força, vi a parede rachar onde me colidi. Me levantei e agora o choque estava estampado nas feições de Esme. Ela correu até a mim, me preparei para levar um novo golpe mas então ela se ajoelhou na minha frente.

- Desculpe minha filha, eu estava fora de mim.

Toquei o rosto de Esme, alisei sua face e toquei seus olhos. Ela fechou os olhos apreciando um carinho que a mais de um ano não devia sentir.

- Seus Olhos? Foi a única coisa que consegui falar.

- Eles deixavam os humanos dentro das celas, eu tentei resistir, mas a sede foi mais forte.

- Não se preocupe com isso, vamos embora.

- O que aconteceu com sua mão?
Perguntou de maneira preocupada ao ver minha mão que estava repartida à mordidas do meu oponente de outrora

- Não foi nada, os recepcionistas não foram muito gentis, logo estarei bem. Agora vamos.

Subimos e colocamos fogo na casa, o vampiro que estava aos pedaços la dentro também foi consumido pelas chamas. Passei dois dias com Esme caçando, mas agora animais. Ficamos na floresta, Esme não era mais capaz de ficar perto dos humanos. Eu fui a cidade cancelar minha estadia no hotel e comprar roupas para Esme, e algumas para mim.

- Meus deus o que aconteceu com você?

Esme estava com as mãos na boca olhando para meu corpo que agora só vestia um calça jeans.

- Esqueça Esme. Falei vestindo meu casado.

- Não. Ela segurou minhas mãos quando estava na metade do fecho de me casaco. – Deixe-me ver. Ela falou abrindo o fecho lentamente. Ela percorreu algumas de minhas cicatrizes com a ponta dos dedos.

- Eu não tinha mais vocês para me defender, passei por momentos difíceis. Falei com a voz embargada baixando a cabeça.

Esme como sempre maternal me abraçou. – Obrigada por me tirar de lá querida. Aquilo era um inferno. Ela deu um sorriso zombeteiro e falou. – Mas parece que você novamente não fez o que o Edward pediu, não é?

- O que posso fazer, desobedecer ele deve ser meu verdadeiro dom. Eu sorri. – Eu descobri faz pouco tempo a verdade, mas quando soube não consegui ficar parada.

- Entendo, mas me conte tudo o que aconteceu, e o porquê de tantas cicatrizes?

Então eu expliquei tudo que tinha me acontecido, cada sentimento de ódio pelos Cullen’s, cada desejo de morte contra eles, cada luta com cada vampiro e cada marca deixada. Quando Esme soube de Maria ela sorriu e fez o comentário que todos fariam.

- Alice que vai gostar disso.

- Eu também acho. E gargalhamos com a possível reação de Alice

- Esme, agora que você falou na Alice, você sabe onde estão os outros? Será que eles estão vivos?

- Eu não sei Bella, não sei onde eles estão, mas eu acho que estão vivos, se me mantiveram que sou a mais fraca de nossa família, os outros devem estar bem. Ficamos alguns minutos em silencio e eu percebi Esme abrir um sorriso.

- Espera. Ela falou como se lembrasse de algo muito importante. – Um dos vampiros que estava na casa...

F. Back On

- Mais uma refeição para você, mamãe de vampiros. Falou Jane arremessando um humano dentro de minha cela. Eu não podia mais resistir e ataquei rapidamente aquele delicioso sangue que corria nas veias daquela vitima inocente.

- JANE!!! Uma voz chamava do lado de fora da cela. Jane fechou a porta mas não antes de me causar um pouco de dor com seus poderes sádicos.

– Aro quer que trocamos de posto, o outro vampiro é muito hábil e está dando muito trabalho, ele quer seus poderes para controlá-lo.

- Certo onde é esta prisão?

- É na mansão de Régio nell’Emilia.


F. Bach Off

- Então Bella, será que pode ser alguém de nossa família? Esme falou de forma chorosa, ela não queria deixar transparecer, mas sua voz, era um misto de esperança e medo de uma frustração.

- Eu não sei Esme, mas vou ver, você pode me esperar aqui?

- Não Bella, não vou deixar você sozinha novamente.

- Mas Esme pode ser perigoso.

- Eu tenho que fazer isso, eles são meus filhos, e não posso deixa a minha filha fazer tudo sozinha.

- Está tudo bem, mas não se arrisque minha mãe.

- Vamos achar o resto de nossa família filha.


Eu rosnei e dei as costas para Esme, olhando um ponto fixo.

- O que foi Bella?

- Fique atrás de mim Esme.

- Oh, meu deus. Esme exclamou apavorada.

- Parece que nos encontramos novamente!

- Novamente? Esme perguntou.

- Sim. Esse foi o lobisomem com quem lutei em LaPush.

- Como você tem certeza Bela?

- E arranquei sua orelha, lembra?
E apontei para sua grande cabeça.

- É melhor fugirmos.

- Fique atrás Esme.


Novamente aquela sensação se selvageria que me apossava em alguns momentos tomava conta de mim, o lobo pulou em mim, eu me desviei facilmente, mas Esme ficou atônita e não saiu do lugar, voltei a frente do lobo para protegê-la e o miserável daquele lobisomem mordeu me abdômen pelo lado direito, deixando a maior cicatriz até o momento, e sem parte de minha barriga, com um balançar de cabeça senti minha carne rasgar e fui lançada em umas pedras que estavam próximas. Levantei com muita dor e vi Esme tentando desviar-se dos ataques do menino da lua. Corri até lobo e saltei até uma de suas patas e mordi sentido aquele gosto pútrido novamente, mordi, rasguei, puxei até sentir o osso se quebrar. – Esme se afaste. Eu ordenei, com o grito ela pareceu despertar para o perigo. – Eu vou te ajudar, mas não sei o que fazer, me diga Bella, o que devo fazer.

- Então somente distraia ele. Mas mantenha-se longe.

- Certo. Vi ela chamar atenção do lobo, sua face já mostrava um certo aspecto selvagem, ficar enclausurada, também a tornou menos civilizada. Mas não tinha tempo de apreciar a expressão selvagem de minha mãe. Saltei novamente em uma das patas, e rasgai a carne até inutilizá-la, repeti o processo nas patas que restavam, a luta tinha acabado, ele já não se movia, estava deitado sobre as patas choramingando entre os rosnados que dava para nós que nos aproximávamos. – Esme não se aproxime tanto. Mas era tarde de mais, ela já tinha saltado no pescoço da fera e torcido, o coração do grande animal, parou lentamente.

- Acabou Esme, ele já está morto. Toquei seu ombro, o toque pareceu tirá-la daquele transe que estava.

- O que eu fiz?

- Não se preocupe, Eu também teria feito, É um ódio natural entre as espécies.

- Você está bem, está doendo. Ela olhou para a parte que me foi arrancada.

- Está, mas assim que caçarmos estarei melhor, partiremos amanha e esperaremos minha regeneração.

Partimos na próxima noite para Régio nell’Emilia, enquanto corríamos eu não podia deixar de pensar, nas palavras que Esme me contara, “o vampiro é muito hábil”, os melhores lutadores da nossa família eram Emmet, Jasper e o meu Edward. Eu amava meus irmãos, mas eu queria ver Edward, queria estar novamente em seus braços e sentir seu corpo. “Espero te encontrar Edward”, pensei comigo mesma.

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