Hogwarts?Como Assim?

1º de Setembro e Estação de King's Cross.


"Tempo que se perde é vida que passa sem perspectivas de recuperação.”

O Mecanismo da Vida Consciente

Dois dias depois...

Point Of View Layra

Eita que é hoje. Não acredito. É HOJE!!

Me arrumando em tempo recorde, desci as escada com tudo. Eu estava até simples, com uma calça colorida de cor vermelha, uma blusa preta e All Stars. Mamãe, papai, Kara, Logan e Mayra estavam na cozinhas. Conversavam animados. E eu não tinha um pingo de animação. Queria ir para a Mullingard, não para Hogwarts. Queria os meus antigos amigos não fazer novos.

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Todos me olharam quando entrei. Logan abriu a boca pra dizer algo, mas eu sabia que era besteira. Sempre era. Tratei logo de o cortar:

–Sem piadinhas Tristan.

Meu irmão fechou a cara e enfiou o bacon barriga abaixo. Ele odiava o segundo nome. Me ofereceram comida, mas eu não quis. Odeio admitir mas...eu estava nervosa. PRONTOFALEI. O que o Peter diria? "Layra Maddison nervosa? Pfff". É.

–Vamos logo tá? Quero acabar de uma vez com isso.

Papai foi o primeiro a levantar, pegou as chaves daquele negócio trouxa lá que eles usam para se locomover. Larro? Deve ser isso mesmo. Logo todos fomos em direção à Estação de King's Cross.

X-X-X-X-X-X-X

Chegando lá, li o bilhete: Plataforma 9 3/4. Hã? Junto com Logan parei no meio das plataformas 9 e 10. Estranho. Mamãe ria.

–Você tem que atravessar a parede querida.

De novo. Hã?

–Assim filha. -papai segurando a mão de May correu e...ATRAVESSOU A PAREDE? COMO ASSIM? QUE HISTÓRIA É ESSA?

Na Rússia era tudo normal. Nada tão estranho assim. Eu hein.

–Agora você. -olhei não acreditando para a louca que eu chamava de mãe. E sabe o que ela fez? Riu! Estou indignada. Mas ok né. Fazer o que.

–Esse pessoal podia fazer uma entrada mágica mais comum né? Tipo...uma porta!

Com um impulso, corri com carrinho e tudo, quando achei que iria de cara com a parede eu simplesmente...atravessei. Caraca velho, o Ethan ficaria louco aqui.

Ethan.

Droga, sinto falta dele. Total nostalgia aqui ó.

–Filha?-Percebi que a família feliz já estava toda reunida olhando pra mim com aquele olhar que diz: "Ó Meu Merlin, minha menina tá crescendo. Não chora, não chora". Hilário, ri pacas. Sintam a ironia.

Quando aquele trem enorme apitou, percebi que já tinha gente demais lá dentro. Mas que coisa, nunca que eu acho uma cabine agora.

–Filhinha, -eita voz chorosa, odeio voz chorosa -mamãe te ama muito tá? Não apronte e escreva todos os dias.

–Quer uma dica irmã? -Logan riu malicioso -Exploda banheiros.

Claro que depois dessa frase idiotérrima, ele levou um tapa muito lindo do papis. Nota mental: explodir banheiros não é má ideia.

Kara me abraçou chorando horrores. Mayra me olhou e sabe que ela disse? "Já vai tarde". Gnomo duma figa. Logan me deu dois tapinhas nas costas e papai também me abraçou. Depois de muito blá blá, eu finalmente embarquei.

Entrei em uma cabine em que haviam apenas duas pessoas, uma menina loira que era muito bonita e um garoto meio bobo que segurava uma planta estranha.

–Oi. Posso ficar aqui? É que as outras estão cheias.

–Claro. -a loirinha, que lia uma revista de cabeça para baixo sebe Merlin o porque, respondeu. Ela parecia meio aérea. Me lembrava muito a Julietta. -Sou Luna Lovegood.

–E eu Neville Longbottom.

–Prazer. Sou Layra Petrovich.