Eu estava voltando do colégio, quando passei por uma rua deserta. As luzes dos postes começaram a piscar, apesar de ainda estar de manhã. Então aí comecei a ouvir um zumbido, um zumbido estranho e meus ouvidos começaram a doer. Parei e encostei em um dos postes, e então saiu faísca de um deles. Me assustei, tropecei em uma pedra e caí no chão. Ao me levantar, avistei um ser que já tinha visto em algum lugar, então lembro-me que foi na casa de Anne. Os tais Dread Doctors. Levantei e comecei a correr, corri em direção contrária a ele, mas então outro apareceu na minha frente, e me segurou fortemente no braço. Gritei, assustada com a situação, mas então apaguei levando uma pancada na cabeça.
***
Acordo em uma espécie de laboratório, presa por correntes no chão, e tem mais três jovens presos comigo. Eles estão conversando, e só percebem que eu estou acordada quando solto um gemido de dor. Dois meninos, e uma menina. A menina se aproxima de mim, acho que já a vi em algum lugar.

–Olá, quem é você? -ela pergunta. Acho que estou meio tontá.

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–Mary e vocês? -pergunto indicando para os meninos também.

–Eu Clary, eles são Ethan e Christian. -diz apontando para os garotos. Eles acenam de longe. -Você sabe quem são esses caras?

–Mais ou menos. -digo sentando, e vendo meus pulsos machucados.

–O que eles querem? -um dos meninos pergunta.

–Isso eu não sei. -digo, e então logo em seguida um dos dread doctors aponta para mim.

–Ela primeiro! - então um outro vem em minha direção. Clary se afasta, e me olha assustada.

–O que você vai fazer comigo? -pergunto com a voz trêmula. Ele não responde, apenas me solta das correntes e me arrasta para uma mesa que se encontra no meio da sala. Ele me deita na cama, e eu resolvo não resistir, afinal, resistir vai ser pior. Também, não tenho outra alternativa .Se eu tentar fugir, eles irão me pegar. Fecho os olhos e respiro fundo, acho que estou jovem demais para morrer,não estou? Então ouço o som de uma furadeira. O quê? Furadeira? Abro os olhos e um deles vira meu rosto para o lado dos outros jovens, que me olham apavorados. Ele passa algo que parece ser algodão em uma parte de meu pescoço. Ele vai furar meu pescoço? Péssima maneira de se morrer. Achei que morreria no auge dos oitenta anos, balançando em minha cadeira de balanço. Não desse jeito. Sinto a furadeira ser encostada em meu pescoço, ainda desligada. Sussurro um adeus para Clary, Christian e Ethan. E então a furadeira é ligada, me fazendo gritar, e então eu apago.