Mês de Novembro

Capítulo 21 - Conforme-se.


Os dias passavam, os meses também e nenhuma ligação, nenhuma informação que pudesse trazer meu filho de volta. Já era junho e eu já havia perdido todas as minhas esperanças.

- Oi meu amor! – disse Michelle me abraçando assim que abri a porta.

- oi que bom que você veio. Estava morrendo de saudades.

- está tudo bem com você?

- tudo...Bem. É...Estou bem. – disse nervosa. E respirei fundo me contendo. - Mas entre.

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Ela entrou e fomos pra sala onde nos sentamos as duas no sofá pra conversarmos mais à vontade.

- agora me fala como você está. Está tudo bem mesmo? Não teve mais nenhuma crise nervosa?

- não. Tenho me controlado bem. Na verdade muito bem, melhor do que eu esperava. Acho que já estou começando a me conformar um pouco.

- eu queria poder tanto te ajudar.

- ninguém pode ajudar. O Gerard é que tem que nos ajudar.

- ainda com isso?

- ele diz que não, mas eu desconfio tanto dele.

- por que isso?

- ele não queria essa criança.

- que você está falando!? O Gerard era louco por essa criança. Ele só vivia falando nisso e no dia que ele viu o Alex no berçário ele não parava de chorar de emoção. Ele ama essa criança e está sofrendo...Como você.

- você está enganada, ninguém está sofrendo como eu.

- mas ele é o pai...Dê uma trégua pra ele, Lily. Para com isso e trate bem seu marido.

- vamos parar de falar nisso?

- ok. – respondeu Michelle irritada, por mais que tentasse, ninguém conseguia mudar minha opinião.

- e você como está?

- bem. – e pelo sorriso dela percebi que alguma coisa diferente estava acontecendo com ela.

– pode me contar.

- contar o que?

- o que está acontecendo? Um sorriso diferente em seu rosto...Por acaso você...?

- é, eu estou namorando. – respondeu antes de eu completar a pergunta.

- que legal. Fico muito feliz por você. E quem é esse seu pretendente?

- é o Frank.

- Frank? Frank, Frank?

- é! O Frank. O mesmo que você conhece, o mesmo da banda do Gerard...

- nossa! Enfim conseguiu o que tanto queria. Fico feliz pelos dois.

- obrigada.

- nossa! Agora até lembrei de quando jurei que juntaria os dois um dia e olha só, nem precisei fazer nada.

- sério?

- sim. Mas por que não me contou nada?

- eu ia contar, mas...Mas aí aconteceu tudo isso. Nem tinha como.

- nossa! Então faz tempo...

- sim. Começamos a ficar no dia do aniversário dele.

- nossa! – e ri comigo mesma imaginando os dois juntos. – o que está esperando?

- o que?

- pra me contar oras, quero saber tudo com detalhes.


- ah...ok. – percebi que ela estava meio sem jeito por causa da minha tristeza e achava que por isso não seria bom contar suas felicidades, mas não tinha nada a ver. Eu não me importava de ouvir o quanto ela estava feliz, eu a amava como uma irmã e queria a felicidade dela.