Anteriormente:

— É que ....... – Ia falando a Majo quando....

Agora:

Eu a interrompi bruscamente.

— Na verdade tia Clara, eu estou mesmo namorando com o Paulo e os meus pais já sabem. – Eu disse mentindo.

— Mas o Paulo não é aquele menino problema da escola de vocês? – Tia Clara perguntou.

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— É sim, mãe, porém ele mudou. – Falou Majo, me defendendo.

— Olha eu não acho errado que você namore, afinal a Maria Joaquina namorava com o Jorge e me contou que agora namora com o Daniel, inclusive Maria Joaquina se prepare para contar para o seu pai e peça para seu namorado vir jantar hoje, continuando é muito diferente namorar um menino bonzinho como o Daniel e namorar um garoto levado feito o Paulo, tenho certeza que os seus pais não a deixariam namorá-lo, vou ligar e perguntar se eles sabem. – Tia Clara, falou e saiu do quarto deixando eu e Majo sem ação.

— E agora? Você acha que eu devo conversar com a sua mãe? – Eu perguntei para Majo.

— Nada no mundo faz a dona Clara mudar de opinião, acho que você deve ligar para sua mãe e contar a ela antes que a minha mãe conte. – Majo, falou.

— Tem razão, vou ligar agora mesmo.

Eu peguei meu telefone e liguei para a minha mãe, entretanto ela não atendeu.

— E aí? – Majo me perguntou.

— Ela não atende, está ocupado.

— Liga para o seu pai, então.

— Não dá, pela hora ele deve estar no trabalho, são seis horas na França, eu só saí do trabalho ás sete, sempre que ele está no trabalho ele desliga o celular.

— Valéria a sua mãe está no telefone e quer falar com você, venha até a sala por favor. – Chamou, dona Clara.

— Não, não, não…ela já contou tudo para a minha mãe, e agora? O que eu faço?

— Se acalma e conversa com a sua mãe, tenho certeza que ela vai entender e não é o seu primeiro namoro nem nada.

— Tomara e eu sei disto, mas o Davi e o Paulo são muito diferentes.

— São sim, porém o Paulo agora não é mais tão ruim, boa sorte.

— Obrigado, vou precisar de muita sorte mesmo. – Eu disse me retirando do quarto e caminhando lentamente até a sala.

Chegando lá peguei o telefone com a dona Clara e o coloquei no ouvido.

Ligação on:

— Oi, mãe, tudo bem? — Eu perguntei um tanto apreensiva.

— Valéria Ferreira, não finja que não está acontecendo nada, a Clara me contou tudo o que você anda me escondendo, primeiro você termina com o Davi até aí você me contou e agora você começa a namorar o pior garoto da escola e o pior sem pedir a mínima permissão para mim e para seu pai. — Minha mãe, falou, de um jeito bem rígido.

Eu estou totalmente encrencada agora.

— Mãe, o Davi que terminou comigo e eu percebi há pouco tempo que eu estava gostando do Paulo, além disso o Paulo mudou e está muito diferente agora.

— Primeiro não importa quem terminou com quem e depois filha você nunca gostou desse garoto, se eu bem me lembro de vocês se odiavam e viviam indo para a detenção juntos por terem brigado.

— Eu sei mãe, entretanto tudo mudou e eu ia contar para vocês, eu juro.

— Mas isso agora não importa, quando nós te deixamos aí morando com a sua amiga você nos prometeu que ia se comportar bem e falar para nós tudo o que estava acontecendo com você, você não tinha o direito de descumprir as nossas ordens, hoje você mente sobre um simples namoro, mas amanhã pode ser por algo muito mais sério, então eu tomei uma decisão e eu tenho certeza que seu pai vai apoiar, você virá morar conosco na França ainda esse mês, vou te mandar o dinheiro da passagem e você nem sonhe em me desobedecer. — Ela, falou e desligou sem que eu pudesse me defender.

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Ligação off

Eu larguei o telefone meio sem jeito em cima da mesa e fui correndo e chorando de volta para meu quarto.

— Desculpa Valéria, mas seus pais precisavam saber. – Gritou, tia Clara.

Quando entrei em meu quarto e fechei a porta, percebi que a Majo ainda estava lá.

— Decidi ficar, pois sabia que você precisaria da minha ajuda e desculpe pela minha mãe. – Ela disse, me abraçando.

— Eu sei que a sua mãe não fez por mal, ela só estava tentando ajudar, eu que fiz errado de esconder isso de meus pais.

— Mas se você está chorando assim, houve algo grave, certo? Não diz que eles querem te obrigar de novo a ir para França, como da vez em que eles foram. – Falou, Majo, dizendo exatamente o que tinha ocorrido.

— É isso mesmo e eu desconfio que dessa vez tenho que ir, porque eu não posso ter três anos a mais? Aí eles não iam poder me obrigar a fazer nada ou se eles tivessem me emancipado na época em que foram embora estaria tudo resolvido. – Eu disse, parando um pouco de chorar e secando as minhas lágrimas.

— Não chore mais Vale, nós vamos dar um jeito nisso. – Majo, disse.

— Tudo bem, mas agora você tem seus próprios problemas para resolver, né, pois eu ouvi a sua mãe falar de você chamar o Daniel para jantar hoje aqui para vocês conversarem com seu pai, é isso?

— Sim, como você sabe eu e o Dani começamos a namorar hoje e como eu não queria fazer igual a você eu resolvi contar logo tudo a minha mãe, aí ela falou que eu teria que pedir permissão ao meu pai, pois a dela já estava dada, então ela teve a ideia de fazer um jantar especial hoje à noite, para que o Daniel venha jantar conosco e peça a minha mão para o meu pai, mas isso não é um problema, o Dani vai concordar em vir e meu pai dará permissão para namorarmos.

— Boa ideia e você fez bem de contar logo tudo, você contou até a parte que você entrou na escola á noite?

— Claro que não, ás vezes meninas precisam ter alguns segredos. – Ela falou, colocando a mão na frente da boca e fazendo shiiiii ao terminar a frase.

Pelo menos serviu para eu parar de chorar e sorrir.

— Tem razão, porém ás vezes segredos mal guardados podem causar grandes problemas, eu é que sei, vai convidar o Daniel, prometo que eu vou ficar bem.

— Está bem, se precisar de mim é só ligar, quer dizer chamar.

- Ok, eu te ligo, afinal nós moramos tão longe uma da outra, não é? Ou moraremos se eu me mudar para a França. – Eu comecei brincando e depois falei com tristeza.

— Esquece um pouco isso e descansa, não esquece que você tem que conversar com o Paulo sobre isso.

— Tem razão, daqui a pouco com a cabeça mais fria vou ligar para ele e pedir para nós encontramos na soverteria mais tarde.

— Tudo bem, então, boa sorte nessa conversa.

— Valeu e boa sorte para você também na conversa com seu pai.

— Obrigada e eu já vou indo. – Ela disse e se retirou.

Eu me joguei em minha cama chorando de novo.

Valéria off

Maria Joaquina:

Eu voltei para o meu quarto ainda muito triste pela Vale, peguei meu celular e liguei para Daniel.

Ligação on:

— Oi, princesa, tudo bem? — Ele falou assim que me atendeu.

— Mais ou menos, a Vale está passando por uns problemas, mas eu te liguei para saber se você tem alguma coisa para fazer hoje á noite.

— Entendi, não tenho, você quer sair? — Ele me perguntou.

— Eh... na verdade a ideia era você vir jantar aqui em casa hoje á noite para meu pai saber que eu e você estamos namorando.

— Você quer dizer pedir permissão para namorar para o seu pai? — Ele perguntou com uma voz de medo profundo.

Eu comecei a rir.

— Do que você está rindo Maria Joaquina? — Ele me perguntou aflito.

— De você morrendo de medo do meu pai, acho até fofo e sim a ideia era essa mesmo, mas se você não quiser vir tudo bem.

— Primeiro eu não tenho medo do seu pai e eu vou com certeza, pois será uma grande honra para mim.

— Que bom que você topou vir, o jantar será servido hás oito e lembre-se sem atrasos, os Medsen não toleram atrasos.

— Ok, estarei aí hás oito em ponto, minha princesa linda. – Ele falou e eu derreti.

— Então, tchau eu tenho que dar força para a Vale.

— Tchau, te amo.

— Eu também te amo. — Eu falei e desliguei.

Ligação off

Eu nem acredito que depois de tanto tempo, o Daniel é mesmo meu namorado, enquanto eu estou tão feliz a Vale está tão triste...

Maria Joaquina off

Valéria:

Eu me recuperei um pouco do choque profundo e resolvi ligar para o Paulo.

Ligação on:

— Oi, minha vida, tudo bem? — Ele atendeu e me perguntou ansioso, acredito que por causa da minha voz de enterro.

— Na verdade não, nós precisamos conversar, será que você poderia me encontrar na soverteria daqui a uns quinze minutos?

— Posso sim, você não vai terminar comigo, não, né?

— Mas é claro que não, só que não dá para falar no telefone, tchau e até daqui a pouco.

— Até e tchau.— Ele disse desligou.

Ligação off

Eu o amo muito, mais do que eu amava o Davi, na época em que namorávamos, com o Davi era calmaria e com o Paulo é tempestade e eu adoro tempestades.

— Está melhor, Vale? A minha mãe me pediu para conferir, ela está muito triste por isso tudo. – Majo disse entrando em meu quarto.

— Estou melhorando, já disse que só eu tenho culpa por tudo isso, vou sair para conversar com o Paulo na soverteria e está tudo certo para seu jantar?

— É melhor mesmo contar tudo logo a ele e sim já está tudo perfeito para o jantar. – Majo me respondeu.

— Eu não vou nesse jantar, afinal é coisa de família.

— Então você tem que ir com certeza, afinal você é da família ou você não é minha irmã, hein...?

— Sou sim, mas eu prefiro comer no quarto hoje, não estou com clima para nada.

— Como preferir, vou terminar de escolher o meu look para o jantar, com licença. – Majo falou e se retirou.

Eu levantei e escolhi um vestido preto, afinal era como está minha aura hoje, o coloquei junto com uma sapatilha também na cor preta e nenhum acessório, terminei de me arrumar e fui para a soverteria praticamente como que correndo.

Chegando lá o Paulo já estava lá e quando me viu ele deu um sorriso, aquele sorriso que faz o tempo congelar, me aproximei e sentei na cadeira.

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— Oi, minha vida, então o que de tão importante você tem para falar comigo? – Ele me perguntou, eu amo o apelido fofo que ele me deu e é super original.

Eu contei para ele sobre tudo, desde a minha conversa escutada por tia Clara até a frase final de minha mãe ao telefone.

— Eles não podem afastar a gente, eu te amo Valéria. – Ele disse depois que eu lhe contei tudo.

Eu simplesmente não acredito no que ele acabou de me dizer, ele me ama mesmo, como eu o amo, eu nunca pensei que depois do que a Laura fez com ele, ele seria capaz de amar de novo.

— Sério? – Eu perguntei ansiosa por sua resposta.

Continua...