Incomum

Amor na Aliança


"Neste ano de 1922, nosso país completa um século de independência, e em homenagem a tal acontecimento; será realizado na capital o Centenário da Independência, comemoração que está sendo preparada pelo governo brasileiro desde o ano passado.

Vários países participarão do evento, grande parte destes auxiliou em demasiado na construção de nossa história. Sabe-se, também, que a duração alcançará um período de aproximadamente um ano (iniciará em setembro, e o término está programado para julho).

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Algumas das famílias influentes da cidade ficaram emocionadas ao ser concedida a elas a honra de participar efetivamente nas atrações. Tais como os trajes típicos da época colonial e comidas típicas serão produzidos, estatuetas e pinturas serão expostas (...)"

A senhora da casa esperava sentada em uma das poltronas da sala enquanto lia um dos clássicos de Alencar, seus cabelos castanhos finos caiam no ombro e os olhos de mesma cor devoravam as palavras da obra.

— Patroa, terminei de arrumar o vestido. — a serva avisou com certo entusiasmo, chamando a atenção da mulher.

— Espero que tenha colocado aquilo que lhe dei, Telles.

— Tudo feito como a patroinha pediu! — disse alegre. — Pode ter certeza que não irá se arrepender! — a negra saiu quase saltitando para o lugar de onde viera. — Jovem, venha, sua mãe quer vê-lo!

A madame riu, uma das coisas que mais apreciava era a alegria da criadagem — as músicas vivas cantadas pela cozinheira, os criados rindo dos pequenos acidentes, suas expressões quando falava uma frase complexa — eram muitos amigos em uma só casa, isso agradava a senhora Castro.

— Estamos chegando! — exclamou Telles voltando para a sala — Não se demore! Entre logo, criança!

A dita "criança" era uma bela jovem que usava um lindo vestido rosado antiquado, lembrando a época colonial, laços e rendas circundavam a saia elevando a inocência daquela quem o vestia. A janela aberta deixava o feroz sol do Rio de Janeiro entrar e incendiar o aposento com sua luz, destacando as cores as quais anteriormente eram consideradas banais e sem graça — tais como os olhos castanhos claros da moça e seu cabelo louro — sua pele bronzeada também aparentava ser mais macia do que quando à meia-luz.

— Como estou, mamãe? — questionou com a voz suave como o desabrochar das flores na primavera.

— Incrivelmente...

— Tão elegante quanto a própria madame! Sem querer ofender. — falou animada a servente.

— Continua falando pelos cotovelos, Telles. Deveria ter aprendido os momentos de silêncio com o passar dos anos. — repreendeu a senhora, com um sorriso.

A servente mordeu os lábios e arqueou as sobrancelhas, como uma criança atrevida que pede desculpas e repete a ação logo em seguida.

— Perdoe-a, minha adorada mãe, há diversos tipos de indivíduos, entre eles existem aqueles que jamais envelhecem; tal como esta senhora que já se encontra na posição de segurar em seu colo os herdeiros dos seus próprios.

— Não entendi o que você falou, mas concordo!

— Muito bem, já que não é possível controlar a língua dela, perdoarei todas as interrupções, como sempre fiz. Não entendo por que continuo tentando ensiná-la.

— Porque é uma exímia professora, não aceita que seus discípulos não aprendam, mãe. — mal terminou de falar, ouviu o trote dos cavalos que conduziam a carroça da família, alertando-o da chegada dos senhores da casa e deixando-o um tanto apreensivo.

Esse sentimento não vinha apenas do fato de que vestia um vestido demasiadamente antiquado, mas também por ser um encontro quase decisivo na participação da família no festival; afinal, chegava a casa o herdeiro de uma das melhores indústrias têxteis da Inglaterra.

— Mamãe, eu tenho que ficar assim por mais quanto tempo? — perguntou.

Comportar-se como uma dama era fácil em teoria, porém o nervosismo pode trazer atitudes inconvenientes. Principalmente se ele permanecer por muito tempo.

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— Muito bem, sinta-se em casa, meu jovem! Há tanto a lhe mostrar que até esqueço o real motivo de estar aqui! — falava o patriarca da família enquanto abria a porta.

— Perdoe-me por incomodá-lo.

O convidado sorria, tímido. Isso surpreendeu as mulheres na sala, na troca de cartas que ocorrera nos últimos meses esperavam um homem sério e severo, além de um tanto orgulhoso.

— Quem são estas belas moças? — indagou seguindo o dono da casa.

— Esta é minha esposa, Adalina; minha filha, Carina. — o senhor Castro apresentou-as.

— Muito prazer, meu jovem. Não me recordo o seu nome...

— Meu nome é Darwin, senhora Adalina. —respondeu, pegando a mão da mulher entre as suas e beijando-a. — Se me permite dizer, pensei que fosse irmã de Nero. São muito parecidos.

— Fico lisonjeada por tamanho elogio. Por que não nos sentamos e conversamos?

O convidado distraiu os donos da casa, fazendo Nero passar despercebido e conseguir se aproximar daquela de vestido rosado. O jovem adulto de cabelos negros cruzou os braços após se postar ao lado dela.

— Por que está usando essa roupa? — sussurrou quase sem mover os lábios.

— A Rina está de cama. Não pode comparecer. — murmurou em resposta, sem desviar os olhos dos pais.

— Ela não melhorou? — questionou arregalando os olhos azuis momentaneamente.

— O que você acha? — replicou inclinando a cabeça. — Não acho que ele faz o meu tipo...

— Senhor Nero, o que devo trazer como lanche? — Telles perguntou. — O convidado deve estar cansado da viagem, não seria bom levá-lo para o quarto?

— Traga chá e o bolo maravilhoso de Idália.

A criada saiu apressada, tão logo o herdeiro da família respondeu.

— Meus amores, sentem com a gente! — Adalina chamou-os. — Desculpe-me por não cumprimenta-lo, Nero.

— Não tem problema, mãe. Vamos, Cari!

— Estará tudo bem se eu me sentar ao lado de sua encantadora irmã, Nero? — o convidado esticou a mão tocando o rosto da jovem.

Piscou várias vezes como se estivesse hipnotizada e assentiu, sentando-se no sofá em seguida. Darwin tinha uma aura diferente daquela que percebera em sua chegada, não era mais apenas um amigo, mas sim um adulto buscando algo que desejava; isso a deixou um tanto assustada, a aparência angelical pode atenuar o sentimento, contudo...

O braço do rapaz encostava no seu, deixando-a tão tensa que nem sabia como lidar com a incômoda sensação. Teve de induzir o pensamento de que deveria se comportar como uma dama digna de usar aquele traje.

— Vejo que o vestido ficou excelente. — o sotaque estrangeiro fazia um som engraçado no 'f' e no 't', percebeu em meio o desespero, sorrindo. — Não faria melhor, tenho certeza. — continuou, tocando nas rendar que cobriam os ombros e o busto. — O corte das rendas... está encantador. O penteado também combinou perfeitamente, parece tão angelical que me surpreende.

— Então? Nos ajudará na preparação do evento? — o senhor Castro esfregava as mãos, de tão empolgado.

— Ficaria honrado. — inclinou-se estendendo a mão, os olhos esverdeados encaravam o homem, analisando-o. — Existem condições. — falou assim que suas mãos se tocaram, de modo que os olhos azuis do mais velho se arregalaram. — São apenas três: primeira, permitirá que eu acompanhe todo o desenvolvimento dos vestidos; segunda, participarei efetivamente do evento; terceira, permanecerei em sua casa.

— Participar efetivamente? — questionou Adalina. — Como?

— Haverá fotos e entrevistas, sem contar que durante o evento organizaremos desfiles, acompanharei as damas na passarela. É pedir muito? Não acredito que o seja, partindo do princípio que são condições básicas. — disse, recostando-se novamente.

— Não estamos preocupados com isso, Darwin. Surpreendemo-nos com elas sim, mas por serem simples. Pensei que seria algo mais...

— Perverso? Não, este é o perfil de meu irmão mais velho. — afirmou sorrindo, desviando os olhos em seguida. — Está bem, querida? Está usando corset?

— Por que está perguntando isso, senhor?

— Está pálida, dá a impressão que irá desmaiar a qualquer momento.

— Telles! — a madame chamou, assustando a servente que chegava com a bandeja de aperitivos.

— Sim, senhora?

— Pode retirar o vestido? Já foi avaliado.

A menina levantou, e se dirigiu para o quarto, sendo seguida pela criada.

***

— Será que ele percebeu?

— Não sei, meu jovem, mas o senhor estava tão bonito que realmente parecia uma moça! — Telles sorria enquanto desamarrava o vestido do rapaz. — Não se preocupe com isso.

— Ele é... Não sei como descrever.

— O menino Nero é mais bonito que o convidado. — afirmou a criada.

— Não chamaria Darwin de bonito. Ele tem o queixo proeminente e o rosto fino acentua ainda mais essa idiossincrasia. — divagou.

— Essa o que? — perguntou confusa.

— Característica peculiar.

— Carlos, não use palavras complicadas com a velha Telles... Está bem? Já basta sua mãe e seu pai. Levante os braços. — ordenou.

— Não seria bom tirar a peruca primeiro?

— Acho que sim.

— Não sei como vocês aguentam essa cabeleira, incomoda o pescoço.

— Abaixe um pouco, não consigo tirar os grampos!

— Eu espero que não seja julgado.

***

A conversa corria calmamente na sala, todos propondo tecidos e vestidos que se adequariam ao desfile de épocas. O caçula da família Castro estava parado próximo terminando de fechar os botões da camiseta, dando os últimos retoques para não aparentar que acabara de se vestir; também, se ajeitava de modo a elevar seu ego, querendo ser notado e admirado.

— Boa tarde, senhores. — cumprimentou entrando no aposento. — Olá, mamãe. — beijou a maça do rosto da mulher. — Senhor... Drew, fez uma boa viagem? — perguntou ao convidado, que o obsevava com um sorriso... estranho.

— Muito agradável, jovem. Me chame como deveria ter feito minutos atrás: Darwin. — levantou esticando a mão. — Não gosto que me chamem de senhor, Carina.

— Meu nome é Carlos. — o rapaz disse,enrijecendo-se.

— Trocou de vestimenta e o mesmo ocorreu com o nome? Perdoe-me, esqueci-me deste pequeno detalhe.

O rosto do mais jovem tingiu-se de vermelho, descartando qualquer possibilidade de ser mascarado novamente. Desejar que Darwin tivesse reparado era extremamente diferente de isto realmente acontecer.

— Era você, filho? — questionou o pai, confuso. — Não era a Carina?

— Percebi no momento que pus meus olhos em você, tenho certa facilidade em distinguir os gêneros. — Darwin interrompeu. — Os traços chegaram a me confundir momentaneamente, porém ao ver o modo como falou com seu irmão descobri a verdade. Gostaria que sentasse ao meu lado, como anteriormente; sua companhia foi inigualável.

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Carlos se sentou ao lado do mais velho, e não sabia como se portar diante das palavras proferidas; estava assustado, nervoso e encantado. O destino sempre o surpreendia, principalmente nos momentos nos quais seu coração batia tão fortemente que não sabia se era apenas uma consequência de todas as emoções conflitantes ou algo mais.

***

O britânico estava encurvado sobre a mesa apoiando a cabeça nas mãos, frustrado, possivelmente porque o desenho do vestido não saiu do modo que desejava, ponderou Carlos — que entrava silenciosamente no aposento. Ainda usando a roupa de dormir e com os pés desnudos, sua presença passou despercebida, sentou-se na poltrona próxima a porta, aproveitando para gravar todos os detalhes da pessoa por quem se apaixonara.

Passaram-se algumas semanas desde a chegada de Darwin, durante o convívio Carlos percebeu que aquele desejo proibido se manifestava mais frequentemente, evitava conversar com os pais sobre as sensações cada vez mais ardentes afloradas na presença do descendente de Arkwright.

— Não consegue pensar em nada? — chamou a atenção para si após aproximadamente dez minutos de silêncio profundo. — Posso ajudar-lhe em algo? — levantou, andando em direção a escrivaninha. — Se relaxar por alguns minutos, talvez... — disse apoiando suas mãos nos ombros tensos de seu amante.

— Flerta comigo em tão tenra idade? — indagou Darwin, recostando-se e levantando o rosto para fitar os olhos da criança.

— Completarei uma quinzena em novembro, não me considero uma criança. — debruçou sobre o outro, aproximando suas faces.

— Já alcancei a maioridade de seu país, não deveria se preocupar? Afinal, tenho muito mais experiência neste...

— Quem disse? — sussurrou, tocando seus lábios suavemente nos do outro, como se fosse uma flor cedendo pela primeira vez seu pólen ao beija-flor.

Tão logo separaram-se, a porta foi aberta. Uma jovem de vestido simples encarou os rapazes com a sobrancelha arqueada.

— Irmão?

Os amantes, cúmplices, apenas pediram o silêncio da gêmea a qual sorriu aliando-se ao romance proibido pela sociedade.

— Carlos, nossa mãe deseja a presença de todos a fim de realizar o desjejum, então, por favor, solte-se desta hera e venha comigo.

Quem pensaria que irmãos poderiam possuir tal relação íntima, compartilhando sentimentos, aflições e paixões sem trocar uma palavra sequer. Carina e Carlos muitas vezes não foram flagrados justamente por serem aliados indestrutíveis, tanto que a paixão secreta pelo estrangeiro foi descoberta primeiramente pela jovem, quem explicou a Carlos todo o sentimento e como deveria agir caso desejasse desenvolve-lo; assim como a singularidade do irmão por gostar do mesmo gênero que ela.

— Deve respirar calmamente, se quiser perder este rubor. — comentou, fechando a porta.

Os amantes riram, afinal, o sentimento havia de se tornar recíproco a partir do momento que ambos decidiram aceitar por completo a afeição que sentiam.

— Ela deve estar alegre por quase reproduzir uma de suas cenas favoritas. — o brasileiro riu envergonhado.

— Qual? E de qual obra?

— O momento em que Capitu e Bentinho se beijam pela primeira vez em "Dom Casmurro".

— Nesta hora você seria a jovem Capitu, mas precisaria da peruca para que fosse realizada com maestria.

Carlos balançou a cabeça, abobalhado, e saiu do aposento, deixando para trás um homem que tocava os lábios vagueando nas memórias recentes.

O tempo passava depressa para todos os moradores da casa, cada dia sendo alegrado por um pequeno momento que os diferenciava, para os apaixonados: cada toque de lábios; era motivo para sorrirem durante a semana inteira.

***

Era julho quando tudo aconteceu.

— É um escândalo! — exclamou a senhora Castro entrando no quarto dos filhos segurando o jornal. — As fotos dos vestidos foram publicadas esta manhã. — continuou, jogando o conjunto de folhas para os gêmeos.

— Carina, você ficou espetacular nestas fotos. — elogiava o irmão, observando a primeira página.

— Não me refiro a isso, Carlos! Vire a página. — ela passava a mão pelos cabelos despenteados tentando arruma-los, em vão, apenas assim as crianças perceberam a gravidade do ocorrido. — A coluna dedicada às fofocas da cidade utilizou suas fotos com o senhor Darwin, por conta de sua expressão acreditam que estão noivos!

Os gêmeos se entreolharam aflitos, lembravam-se deste dia. As fotos aconteceram durante toda a tarde, Carina e Carlos revezaram no decorrer — obviamente, sem citar o nome verdadeiro do rapaz —, mas em uma das fotografias Darwin decidiu que apareceria e ela foi, justamente, com Camélia (o codinome momentâneo do brasileiro); como a relação estava um tanto aprofundada no sentimento, o sorriso verdadeiro foi difícil esconder.

E a notícia vinha abaixo da seguinte frase de destaque: "Amor na Aliança".

"Após serem convidados a participar do Centenário da Independência, tendo em vista que possuíam a principal loja de vestidos da capital, a família Castro decidiu buscar o comerciante aliado da época colonial, a fim de utilizar tecidos semelhantes àqueles que eram feitos no período.

Depois de alguns meses de procura, encontraram um dos descendentes de Arkwright no Brasil; após isso, cartas foram trocadas e combinaram uma visita no intuito de firmar uma nova aliança, não obstante um problema apareceu: o dito cujo frisou que apenas assinaria o contrato se a família fizesse uma demonstração de suas habilidades, então enviou um tecido, rendas e o esboço de um vestido.

A filha mais nova da família o experimentaria, mas acabou adoecendo dias antes da chegada do possível aliado. Então sua prima gêmea teve de usar o vestido, Camélia jamais fora mencionada até este dia, ao que parece, a fatalidade que ocorreu fez nascer o belo sentimento denominado 'amor' entre o Sr. Drew e a prima desconhecida."

— Ao menos não perceberam que Camélia é Carlos. — ressaltou Carina, tentando aliviar a tensão. — Se bem que ele por ser o caçula de gostos estranhos poucas vezes foi nas festas da família... Não seria um grande problema se ele desaparecesse por completo. — concluiu, dando de ombros.

— O que quer dizer com isso, Cari? — indagou, confuso.

— Carlos, os que vão normalmente para as festas de elite são o filho mais velho e a menina, como nasci antes de você fui privilegiada em algumas ocasiões. Se você assumir o noivado como Camélia, não haverá problema algum.

— Assim não virão atrás de nós questionando sobre este acontecimento indisciplinado. — comentou Adalina, mais calma.

— Nero está trabalhando no jornal, pode auxiliar nas informações para que o rebuliço pare. — continuou Carlos.

— Apenas precisamos que Darwin concorde conosco, entretanto acho que não será problema. Não é, Capitu?

A repreensão do caçula não funcionou adequadamente, suas bochechas coloriram-se antes que ela ocorresse de maneira aceitável.

Ao parar com os eventos de Rosto mais Belo, a Casa Paris se dedicou a encontrar casais encantadores cujo amor era visto das formas mais simples. Aparecer nesta lacuna era o sonho de várias moças apaixonadas, mas os meninos não se importavam com tal fato. A não ser que seu romance fosse um tanto quanto incomum.

Os romances incomuns, naquela época, deveriam ser contados ao mundo, mas...

De uma forma igualmente incomum.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.