Meu Primeiro Amor Impossível

Seus Lindos Olhos Azuis


– Noah Staniecki foi transferido para o 3º ano B em Agosto. Todos os professores falam bem dele, as garotas o chamam de príncipe e até os rapazes o respeitam, ou invejam. Ele em alguns meses ficou bem conhecido por aqui.

– Não acredito que ele estuda aqui.

– Você conhece ele?

– Sim, eu acho. Eu o encontrei ontem na praça... Mas eu não sabia que ele estudava aqui.

Noah notou nossa presença e andou em nossa direção. Ele estava com uma calça de moletom cinza e o mesmo “blusão” preto que eu vi no dia anterior. Seu cabelo estava um pouco bagunçado e ele estava com cara de sono, mas mesmo assim sorriu para nós.

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– Bom dia, Helena. Bom Dia, Julia.

– Bom Dia. – Disse Julia.

– Bom Dia. – Respondi – Vem sempre aqui?

– Está me cantando?

– Tenha certeza que não. Eu nunca te vi aqui.

– Você não é um pouco distraída?

– Mesmo assim. Se você me conhecia, por que não me disse?

– Você não perguntou. – Ele disse sorrindo.

– Haha, que sem graça você.

O sinal tocou. Eram 8 horas.

– Hora de subir, Lena.

– Uhuum, vamos.

– Vamos – Disse Noah.

– Por que você está vindo junto com a gente?

– Por que eu não deveria? Minha sala também é por aqui.

– Mas...

– Hoje os professores farão uma revisão com as duas salas do 3º ano. – Disse Julia. – Então é óbvio que nós vamos para a mesma sala.

– Você não sabia disso, Helena? – Disse Noah.

– P-Por que eu deveria saber? Quem sabe de tudo é a Juuh, não eu. Não é Juuh?

– Hum... Hum...

– Ah...

Eu havia me esquecido. A Juuh não estava bem e eu...

– Lena, por que você não vai pra sala com o Noah? Eu vou ficar na biblioteca por enquanto.

– Eu vou com você!

– Ah, você não pode. Eu tenho permissão para ficar na biblioteca, você não. Além de que eu estudo para as provas, e como você não faz isso, precisa ouvir a revisão dos professores ou vai se sair mal.

– Está bem, mas... Está bem. Se precisar de algo é só chamar.

– Ok, Até.

Ela se separou de nós no 1º andar onde ficava a biblioteca, em compensação, Noah e eu tivemos que subir mais 2 andares.

– AAAAAA, eu odeio escadas!

– Nem foi tanto assim, foram só 3º andares.

– Mesmo assim... É muito.

Andamos até a sala de aula e o professor ainda estava ausente. Sentei em uma das carteiras no fundo da sala (perto da parede) e Noah sentou na minha frente. Os alunos estavam chegando e se organizando, e a sala ficava cada vez mais cheia.

Depois de um longo tempo em silêncio, Noah me olhou e disse:

– Você está bem??

– Noah... Você acha que eu sou uma má amiga?

– Eu não sei, mas não acho que seja. Você se preocupa com ela.

– Isso é o bastante?

Cruzei meus braços na mesa e apoiei minha cabeça neles. Fechei os olhos e pensei em como ela sempre me ajudou quando eu precisava, mas eu nunca a ajudei. Ela nunca precisou de ajuda. Ela nunca precisou de mim.

– Helena? Talvez para a Julia, sua preocupação seja mais do que o suficiente. Não fique pra baixo... Eu aposto que ela quer te ver feliz, não assim. – Noah acariciou, levemente, meu cabelo. – Então, não se deprima. – Sua voz era tão gentil e sua mão tão calorosa, que se eu pudesse, ficaria ali para sempre...

Levantei meu rosto e a mão de Noah, antes no topo da minha cabeça, agora se encontrava na minha bochecha. Seus lindos olhos azuis estavam fixos aos meus e sua expressão gentil e profunda me acalmava.

– Está melhor agora?

– Sim... – Respondi.

No seguinte momento, em que o Professor de História entrou na sala, Noah virou para frente e não conversamos mais. As revisões foram de História, Sociologia, Filosofia e Geografia. A matéria não era difícil e o professor era bom, então pude me lembrar de tudo facilmente.