A Filha do Mar

Capitulo 40


Alguns meses haviam se passado quando a primavera decidiu dar as caras. Decidi ir até NY e convidei Sirena para ir comigo, pois eu precisava de roupas novas de dias quentes, assim aproveitaríamos para ter um dia de meninas talvez.

– Hey... Argo, você pode nos levar até NY?

Ele fez que sim quase nos ignorando... e saiu para pegar as chaves.

– Onde pensam que vão? – Perguntou Dionísio.

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– Fazer compras em Manhattan. – respondemos juntas.

– Não consigo definir se é muito verdade ou se vocês combinaram bem a mentira. Mas enfim, Vão logo. Saiam da minha frente antes que eu mude de ideia.

Corremos para a van e entramos nela assim que Argo abriu as portas.

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Chegando lá fizemos muitas compras, tomamos sorvete no shopping e fomos ao salão de beleza. Serina decidiu que veríamos um novo filme de terror que acabará de chegar ao cinema e eu nem tive chance de argumentar pois ela me arrastou sem mais nem menos. Teriamos que pedir carona para voltar mesmo então no fim cedi.

O filme era até meio chato, nada apavorante, um da longa série de Atividade paranormal. CHA-TO.

– Eii... Guarda meu lugar, tenho que ir ao banheiro.

– Mas agora? Tá quase no fim.

– Não tem como fazer xixi no copo aqui né? – ela pergunta com sarcasmo e eu faço cara feia para ela que levanta colocando a língua para mim.

Coloco o balde de pipoca dela no seu assento e pego o chocolate que nós nem havíamos aberto ainda. Nem um minuto depois alguém senta ao meu lado.

– O que aconteceu? O Banheiro estava cheio?

– Melhor não gritar a muitas testemunhas aqui.

A voz era sem igual, eu sabia quem era o dono dela pois a quase 4 anos eu não a ouvia, Luke estava sentado ao meu lado. Continuei olhando para frente, tentando achar o que falar.

– O que você quer?

– Falar com você...

– Eu não quero falar com você!

– Por favor Mari, vamos sair daqui, conversar com calma.

– Não temos nada para conversar – digo um pouco alto demais e acabo sendo xingada.

– Mari, fale baixo, por favor. Me de dois minutos.

– Para você me sequestrar novamente? Não obrigada!

– Não! Não farei nada com você Mari... Nem com Sirena, sou só eu e mais ninguém. Dois minutos.

Levantei e passei esbarrando nele que logo me seguiu. Caminhamos até um corredor próximo ao banheiro onde não havia ninguém, eu estava sem minha espada, Zeus, porque eu estava sem minha espada.

– Mari, por favor, você precisa confiar em mim, precisa vir comigo.

– Porque?

– Por que preciso de você!

– Para me casar com Cronos quando ele voltar?

– Não! O que? Como assim?

– Não se faça de idiota, eu ouvi ele falar. Quando ele retornasse ele se casaria comigo.

– Não Mari! Eu me casaria com você.

– Você nem mesmo sabe os planos do seu mestre, e ainda se acha um líder, você é uma peça no tabuleiro de xadrez dele, e é somente um peão, vai quebrar rapidinho!

– Mari, não fale bobagem, no mundo dele seremos livre, seremos eu e você para sempre, seremos deuses, deuses melhores que nossos pais.

– Não somos deuse Luke, não temos que ser! Éramos campistas, éramos felizes, éramos amigos! Eu confiava em você e você traiu a todos, tentou matar meu irmão, ameaçou Malakai, ele te amava também, te admirava!

– Mari... Não, por favor, não é assim! Eu te amo!

– Não Luke, você não sabe o que é amor!

Eu digo e viro as costas entrando no banheiro feminino, Sirena estava na pia lavando as mãos.

– Meus deuses Marina, quase me mata do coração... O filme acabou?

– Não! Mas não vou voltar lá, vou chamar Pégasus agora, vamos voltar para o acampamento, preciso falar com os deuses.

– Por quê?

– Porque Luke está aqui!

– Aqui no cinema? – ela pergunta de boca aberta.

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– Aqui no lado de fora!