A Filha do Mar

Bônus 7


P.O.V. Hades

Um arrepio percorre minha espinha e uma imagem toma conta de cada cantinho da minha mente Marina, minha neta, está afundando na água. Ela tem os olhos abertos estalados por um momento mas logo eles começam a se fechar, sinto-a mais próxima de mim a cada segundo e só então percebo o que acontece. Ela tem um ferimento na cabeça que não está cicatrizando, ela não consegue respirar, ela está morrendo.

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Levanto de meu trono aos tropeços e me teleporto para o acampamento dos meio sangue aparecendo em frente do filho de Apolo que deveria estar cuidando de Marina, nem o deixo que pergunte e logo aviso.

– Marina está morrendo! – ele me olha sem resposta e continuam paralisado feito idiota – Mexa-se chame seu pai ou Poseidon pegue o maldito Velociono de ouro e vá atrás dela! – grito.

– Mas onde ela está?

– No mar... – penso melhor – Pensando bem venha cá... Deuses não podem interferir diretamente na vida de seus filhos mas ela não é minha filha e você não é Deus – Pego o garoto pelo braço e teleporto para o local de onde sinto Marina morrendo.

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P.O.V. Poseidon

Uma sensação ruim me atinge e logo sinto outro Deus em meus domínios. A sensação dura poucos minutos e antes que eu decida se vale a pena intervir no que quer que o outro deus estivesse fazendo em meus domínios ele some tão rápido quanto apareceu. Porém a sensação ruim ainda continua ali, me espetando como uma roupa que pinica.

Algum tempo depois uma mensagem de Iris brilha a minha frente, eu aceito e Zeus aparece nela.

– Poseidon, você deve vir para o olimpo nesse momento.

– Por que tanta seriedade irmão, não há nada que esteja acontecendo que já não seja esperado... – falo e ele me corta como de costume.

– Sua filha está aqui. – ele fala e a mensagem se desfaz.

Não espero nem um segundo e teleporto para o Olimpo.

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P.O.V. Zeus

– O que diabos está acontecendo aqui?

– Meu senhor Zeus, desculpe-me aparecer dessa forma, mas é Marina, ela está morrendo. – diz o garoto.

– Quem é você? – pergunto.

– Sou Will Solace, filho de Apolo. – ele responde baixando a cabeça com a menina ainda nos braços.

– Ah – exclama Hera aparecendo atrás de mim – Filhos de Apolo tais como o pai sempre trazendo problemas.

– Como você a encontrou? Eu não fiquei sabendo de nenhuma missão de resgate. – pergunto ignorando Hera.

– Senhor Zeus, Senhora Hera sei que muita coisa tem que ser explicada, mas Marina não tem tempo, ela está com algum tipo de veneno no sangue, arrisco até a dizer que o mesmo que usaram na arvore de Thália, precisamos do meu pai.

– Eu estou aqui – Fala Apolo aparecendo e pegando a menina dos braços do filho.

– Bom acho que você cuida disso, Hera você também. Eu vou chamar Poseidon.

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P.O.V. Narrador

O deus Apolo levou a garota rapidamente para o quarto onde ela havia ficado em sua estada no Olimpo seguido por seu filho Will. Ele a examinou e não entendeu...

– O que aconteceu? Onde a encontrou? – pergunta o deus irritado.

– No fundo do mar, ela não está curando, mesmo com um veneno forte ela devia ter curado.

Apolo pensa e então finalmente olha para o pulso da menina, onde uma argola pesada de material dos céus está presa.

– É claro! Malakai também tinha uma dessas... – ele rapidamente toma a argola na palma de suas mãos e tenta desprende-lá, sem sucesso – Não entendo, a de Malakai, foi tão simples de tirar...

– Precisamos de Hefesto. – sugere seu filho.

O deus concorda com a cabeça e desaparece deixando Will e Hera para tomar conta de Marina. O garoto pega uma caixinha de sua mochila, molha e coloca na testa da semideusa adormecida. Hera por sua vez parece tocada demais para reagir, parece ver algo que ninguém viu ou lembrou.

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P.O.V. Hefesto

– Hefesto! – fala Apolo surgindo em minha frente.

– Argh, o que você quer? Quase o acerto com o martelo.

– Precisamos de você e de suas ferramentas no Olimpo agora...

– Por quê?

– Marina está com uma corrente que inibe os poderes dela e está morrendo. – ele fala desesperado – Por favor, precisamos ir! – ele suplica.

Apolo é um cara preocupado demais com a beleza, tem um jeito típico adolescente, mas qualquer um sabe diferenciar o que importa de verdade para ele ou quando ele se importa de verdade. Mesmo não sendo o cara mais romântico do mundo respeito isso nele, a forma como se envolve. Viro as costas para ele que começa a protestar, junto minhas coisas o ignorando e então teleporto para o Olimpo, levando-o junto.

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Algumas horas haviam se passado e nem Apolo foi capaz de curar Marina, mesmo depois que Hefesto tirou a corrente de seu pulso. A cada segundo chegava mais perto da morte, Poseidon sugeriu a água, mas ela estava fraca demais, literalmente por um fio, só Will em um lapso de raiva de lembrou do bem precioso que o acampamento agora possuía então com a ajuda de Afrodite foi rapidamente pegar o velocino. De fato o velocino de ouro ajudou Marina, porém a menina ainda permaneceu inconsciente e provavelmente levaria algum tempo até que estivesse totalmente recuperada, mas agora já não corria mais risco de vida. Nenhum dos deuses ainda entendia o que ocorrerá e com certeza estavam nervosos para descobrir, porém ninguém falou disso nos dias que se passaram, nem mesmo Atena que é sempre desconfiada, nem mesmo Artemis. Todos os deuses estavam preocupados com o estado da menina e com o fato de ela não acordar, alguns deles podia-se dizer, estavam mais preocupados com o que fazer quando ela acordasse. E em como contar para ela o que havia acontecido.

Os deuses faziam turnos, mas nunca deixavam Marina sozinha. Will havia sido mandado de volta para o acampamento após explicar como Hades chegou a ele e o ajudou a salvar Marina. E mesmo com isso Zeus relevou e adiou o assunto.

Marina já estava inconsciente a sete dias quando os deuses decidiram por fim reunir-se e tentar entender o que estava acontecendo.

– Bom, sem que Marina acorde – começou Artemis – não teremos muitas respostas.

– Luke a manteve com ele por vinte dias o que mudou de repente para ele querer ela morta? – Questiona Atena.

– Talvez ela não tenha colaborado com os planos dele... – sugere Hefesto de maneira obvia.

– Eles não tiveram um romance? – sugere Ares indagando Afrodite que fica paralisada – Bom, Apolo surtou quando soube, talvez o garoto tenha surtado por descobrir de Apolo também. – fala ele provocando.

– Se não for para ajudar, cale a boca Ares! – Repreendeu Afrodite.

– Não estamos chegando a lugar algum com suposições, precisamos que ela acorde. – fala Atena.

– Bom, há algo no que Ares falou que faz sentido, não por descobrir de Apolo mas... – fala Hera.

P.O.V. Apolo

Não sei a que momento parei de escutar mas eu parei, sentia raiva, sentia que podia esmagar aquele maldito filho de Hermes em minha mão, ou torra-lo com o sol. Levanto pouco importando se tenho ou não permissão para levantar, escuto os demais deuses me chamando mas não me importo. Vou para o quarto onde Marina está, há uma ninfa cuidando dela, mando que saia e fico apenas eu e ela. Sento na poltrona no canto da parede. Marina está deitada sob lençóis dourados e o velocino de ouro. Seus Cabelos loiros estão completamente lisos, sei que ela não gosta de deixa-los assim, sempre arruma para que fiquem com cachos na ponta. Apoio a cabeça em uma das mãos e em algum momento, faço o que não fazia a algum tempo, adormeço.

Quando acordo novamente há um zum-zum-zum a minha volta.

–Finalmente acordou? – exclama Atena.

– Deixe-o Atena. Ele precisava desconectar por um momento.

– Você defendendo Apolo? – questiona Afrodite – Tem certeza que está bem Artemis?

– O que fazem aqui? – pergunto me levantando e assim vejo Marina.

Ela está linda. Veste um vestido grego em Azul marinho com detalhes dourados, provavelmente trabalho de Atena, tão linda quanto Afrodite, tão perfeita quanto qualquer deusa. Seus lábios estão vermelhos e aposto que foi ideia de Afrodite. Hera ainda penteia o cabelo dela e agora com a ajuda de Artemis arruma os cachos que Marina tanto gosta. Todas se afastam e arrumam o Velocino novamente cobrindo-a.

– Pensamos que ela se sentiria melhor se acordasse assim. – Fala Artemis de maneira gentil.

Antes que eu possa responde todos olham para Marina inclusive eu. Ela resmunga algo e devagar pisca os olhos e então os abre encontrando diretamente os meus.