Sato Ryozaki e Mika Hikari atravessaram a rua e pegaram um atalho pela estação de metrô. O metrô em Kyoto havia evoluído muito, dando acesso a quase todos os principais pontos do centro da cidade. Por isso era usado tanto para quem queria pegar o metrô em qualquer parte da cidade, mas também para quem queria pegar atalhos para outros pontos, sem precisar passar pelas ruas movimentadas. Os dois foram em direção a ala sul do metro que dava acesso a um ponto perto da casa de Hikari. Somente agora Ryozaki havia entendido esse fato.

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- Então é por isso que sempre te encontro no metrô. – disse com um sorriso sarcástico. – Me parece bem conveniente andar por aqui nos dias movimentados.

A menina apenas riu. Ryozaki olhou a sua volta para ver se conseguia identificar o caminho, já que nunca havia andando no metrô daquele jeito. Foi quando percebeu o homem encostado em um banco os observando. Na primeira troca de olhares o homem se virou. Ryozaki já tinha impressão que ele não era o único a ter olhado para os dois durante aquele percurso.

- Tem certeza que podemos andar por aqui?

- Claro que sim. Eu sempre fiz isso. – destacou Hikari. – Porque a pergunta?

- Não, não é nada. Apenas curiosidade.

Quando viraram a direita indo em direção a saída, havia um grupo de pessoas com capacetes amarelos. Elas pareciam preocupadas com a presença dos dois se aproximando na direção deles. Ao chegarem mais perto, um deles se aproximou.

- Me desculpe, esta área está interditada. – explicou o homem de capacete de obras, gesticulando por causa do barulho das máquinas.

- O que houve aqui? – perguntou Hikari desconfiada.

- Apenas uma obra urgente no piso do metrô. – gesticulou e apontou para as máquinas quebrando o piso. – Porém, não podemos deixar ninguém passar por aqui. Sinto muito.

- Tudo bem. – ela se vira para Ryozaki. – Ryo-kun. Acho que vamos ter que dar a volta. Tudo bem por você?

- Ok. Não tenho pressa. Eu já estou bem.

- Bom, se quiserem... – o homem se intrometeu – Vocês podem pegar a saída ali ao lado. Se vocês estiverem indo para saída Sul, nós podemos liberar o acesso para vocês.

- Não acho que seja preciso. – respondeu Ryozaki.

- Tudo bem. Parece que estão com pressa. Vocês economizariam muito tempo.

- Não tem nenhum problema mesmo? – perguntou com um pouco de esperança.

- Claro que não. É só pegar a esquerda ali na frente. O portão está aberto. Se encontrarem com alguém das obras lá, só dizer que eu os deixei passar. – mostra o crachá de mestre de obras com o nome Himura Masao.

- Tudo bem. Obrigado senhor Masao! – agradeceu a menina enquanto puxava Ryozaki.

Ryozaki olhou para trás. Ele achou a situação um pouco incomum, mas seguiu a menina. Os dois viraram à esquerda e abriram o portão. Observando-os entrar ao longe, o mestre de obras Himura Masao apenas esperou o momento certo. Assim que ouviu o ruído do portão batendo e se trancando, ele tirou o telefone do bolso. Ele discou um número rapidamente e foi atendido no mesmo instante.

- Aqui é Masao. Os alvos entraram no covil do gato.

- Entendido. Avise o chefe. Nós cuidaremos deles. – respondeu a outra voz do outro lado da linha e desligou logo em seguida.

[...]

O corredor pelo qual Ryozaki e Hikari passavam agora era sombrio. Com muita umidade, algumas ferramentas e mal iluminado parecia um canteiro de obras abandonado. Provavelmente a entrada dos operários no metrô. Eles continuaram caminhando ouvindo apenas o barulho de suas próprias respirações. Hikari agora não puxava Ryozaki como de costume. Agora ela agarrava sua mão com força e chegava seu corpo mais perto do dele. Ela está com medo? Foi quando as luzes se apagaram de repente. Hikari não conseguiu conter o grito. Ela agarrou o corpo de Ryozaki. Logo as luzes voltaram a se ascende como um flash. Ryozaki cobriu os olhos por causa da volta repentina da luz. Quando focou sua visão percebeu a presença de outras pessoas no local. Eles estavam cercados por cinco homens com ternos pretos. Só depois Hikari abriu os olhos e viu a mesma cena. Ela espantada tentou quebrar o silêncio.

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- Desculpe... Mas o senhor Masao nos deixou passar por aqui...

- Nós sabemos. – respondeu um dos homens dando um passo a frente. – Nós que pedimos que ele os mandasse aqui. – ele tira uma arma de dentro de seu paletó. – Então vamos colaborar, por favor.

O sangue dos dois gelou ao ver a pistola na mão do homem apontada para eles. O que eles são afinal? Ryozaki tentou identificar algo que ligassem eles a uma organização ou qualquer outra coisa que fizesse sentido. Mas tudo que conseguiu ver foi o broche em forma de gato que o homem com a pistola usava.