For The Love Of A Daughter

Sophia & cia, Elena and her first words


Pov. Leon

Eu poderia jurar que se pegasse mais um sinal vermelho, eu surtaria. Porque essas coisas só acontecem quanto nós estamos com pressa? Elena sorria feliz no bebê-conforto e soltava alguns gritos incompreensíveis, e algumas vezes balbuciava um pouco. Eu sabia que em breve ela estaria falando, o que seria mágico, se não fosse por eu estar tentando salvar meu relacionamento com Violetta.

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—Será que a sua mãe vai me entender, hein Lena? – pedi olhando para ela pelo retrovisor. Não que eu conseguisse ver muita coisa, mas ouvi Lena dar uns gritinhos, o que já era suficiente para mim. – É eu espero que sim.

Quando nós finalmente chegamos à casa de Violetta, que tinha se tornado minha segunda casa também, peguei Elena e sua bolsa e tentei respirar fundo. Sabia que Vilu estaria muito magoada e que Francesca e Camila provavelmente queriam me matar, mas eu não me importava. O importante era conseguir explicar o que tinha acontecido. Bati na porta de um jeito desajeitado, já que tinha Elena no colo e segurava a bolsa dela na outra mão, e logo Fran abriu e me encarou de um jeito que, se olhares matassem, eu já estaria morto.

—Você é um grande babaca, Leon Vargas! – ela gritou assustando Elena. – Só não te bato agora porque você tem a Elena no colo e porque eu tenho algum respeito ainda, mas eu juro que...

—Deixa ele entrar Fran. – a voz de Violetta veio da sala e estava completamente diferente. Era chorosa, e isso partiu meu coração ao meio. Fran deu mais um olhar feio para mim e liberou a entrada. Quando cheguei na sala, Vilu estava toda enrolada nos cobertores da cabaninha. – Eu espero que você tenha uma explicação muito boa. – ela disse estendendo os braços para pegar Elena.

—Eu tenho, na verdade. Posso me sentar? – pedi. Ela assentiu e deixei a bolsa de Elena do lado dela. – Ela é minha irmã.

—Não se beijam irmãs na boca, Leon!

—Não, Vilu, me escuta, por favor... O nome dela é Sophia. Ela é minha meia-irmã, filha do meu pai com... Com uma das inúmeras empregadas com que ele já ficou. – senti meus olhos lacrimejarem, não por causa de meu pai, e sim pela minha mãe que acha que tem um casamento perfeito. – Ela veio atrás de mim porque meu pai é um grande idiota que não arca com as consequências de seus atos.

Suspirei e passei a contar a história para Vilu, desabafando um pouco também, porque eu realmente precisava disso.

—Sophia é filha de uma das secretárias na empresa, Andrea, pra ser exato. Ela teve um caso com meu pai nos primeiros meses dela na empresa, porque ele a ameaçou. Desse caso nasceu Sophia. Andrea tentou de tudo para que meu pai a assumisse, mas ele recusou. Recusou até não poder mais, e seu principal argumento era: “O único filho que eu tenho é o que Laura está esperando”.

—Ela é mais velha que você? – assenti. – Então... Seus pais já eram casados?

—Foi durante o primeiro ano de casamento deles.

—Oh, Leon. – Violetta parecia querer me abraçar, mas hesitou e perguntou. – E por que vocês estavam se beijando naquela foto?

—Nós não estávamos nos beijando. É tudo questão de ângulo, Vilu. – expliquei abrindo em meu celular a foto que tinha vazado. – Eu estava beijando ela na bochecha, era uma despedida inocente, mas a câmera pegou o ângulo errado e...

—Como eu fiz com Diego? Ou era pra fazer, pelo menos? – ela pediu, me fazendo a encarar confuso. – O primeiro show do Studio como On Beat, lembra que queriam que eu e Diego nos beijássemos, mas nós combinamos de fingir?

—Acabou mesmo acontecendo um beijo daquela vez, mas sim, é como aquilo. – suspirei tentando controlar o ciúme. Sim, eu sei que Diego e Fran estão apaixonados, e que o que ele tinha com Vilu era uma amizade levada ao extremo. Eu e Diego somos amigos hoje em dia, mas ainda assim, aquela lembrança me enchia de ciúme. – Eu juro que... Eu não a beijei, Vilu...

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—Eu sei, eu sei! – ela veio me abraçar junto com Elena, que tinha se entretido com a televisão, que passava algum filme qualquer. – Olha, ela já se apaixonou por você.

—Minha pequenina! – a peguei no colo e ela riu batendo palmas. – Quem é que é a menina do papai? É quem? É quem?

—Papa! – ela sussurrou e eu paralisei. Olhei para Vilu e ela tinha um sorriso enorme no rosto. Elena apontou para ela e sussurrou – Mama.

—É, é a mamãe, amor. – Vilu sorriu para mim e eu sorri de volta.

Eu não estava ali quando Elena era recém-nascida, mas só com aquele mês que passei com as duas percebi o quanto ela cresceu rápido, e que eu não posso perder mais nada.

Elena me tinha na palma de suas pequenas mãos.