— Draco, tem algo pingando na minha bebida— Zabini olhou para a taça, o colega, e então o teto – Isso é algum presságio para o que vai acontecer amanhã?

Era uma reunião de congratulações sobre o seu casamento vindouro, mas parecia mais uma celebração fúnebre: Todo mundo de preto e muito sério – o que era absolutamente normal e rotineiro, exceto pelas nuvens negras que estavam acima deles.

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Espera, havia literalmente nuvens negras acima deles

Quem diabos mexeu no feitiço de tempo?— Malfoy desembainhou a varinha, e com um gesto e um pensamento, a coisa rapidamente mudou para noite estrelada (ele mesmo preferia a tempestade, mas não queria terminar de afundar com a festa). Ouviu risinhos dissimulados, que foram tão sutis quanto gritos no salão exacerbadamente silencioso – Pansy?

Não pode me culpar por desistir de toda a esperança quando você está prestes a manchar irrevogavelmente o bom nome e linhagem da família Malfoy unindo-se a uma sangue-ruim— Com seu vestido preto muito justo e seus modos requintados, a mulher em nada lembrava a menina machona com a qual ele costumava perambular por Hogwarts – Todo mundo espera que você desista na hora – sorriu, os lábios carmim curvando-se de modo malicioso. – Eu apostei 50 galeões que você aparataria na hora de dizer o sim.

— Tem um bolão sobre o casamento?— Veja bem, não é que estivesse ofendido, ou surpreso. Era uma coisa que eles fariam. Por todos os diabos, ele teria organizado a coisa toda se a situação fosse diferente. Era mais uma constatação de fato do que qualquer outra coisa – quem está no comando?

— Seu melhor amigo ali – Ela apontou ao belo homem negro, que sorriu, indo em direção a eles — Blaise disse que você faria o mesmo se fosse com ele, então começou a organizar tudo.

— Não que eu fosse fazer isso algum dia na minha vida— Zabini calmamente declarou – Acho que eu começaria a sangrar por dentro caso eu tivesse a ligeira menção de que um sangue ruim é atraente.

— Foi uma maldição, não foi?— Parkinson continuou, o olhar zombeteiro – Ou foi uma poção do amor? Nós acharemos a cura, Draquinho. Tudo que tem de fazer é me deixar ganhar a aposta.

— E quanto que está?— Talvez fosse uma boa oportunidade de ganhar um dinheiro? Não que ele estivesse precisando, claro, mas ganhar por ganhar era uma coisa que ele adorava fazer – Eu quero entrar.

— Até agora temos cerca de cinco mil galeões em jogo – Zabini estalou os dedos, e seu bloco de anotações apareceu no ar, com a pena negra de corvo Irlandês sem parar de escrever – Ah, me perdoe, seis mil e quinhentos. Harry Potter acabou de transferir mil e quinhentos galeões para a conta da aposta no Gringotes.— Os dentes perfeitos de Blaise mostraram-se em um sorriso de escárnio – Ele apostou que a Granger vai descobrir seu “plano maligno” e chutar suas bolas antes de tudo acabar.

Estão deixando qualquer um entrar nessa, pelo visto— Malfoy alisou os cabelos pálidos, a expressão de desgosto em seu rosto idêntica à de sua mãe.

A culpa não é nossa— Pansy rebateu — Eles ficaram sabendo por causa do Goyle. O Weasley pobretão ouviu quando ele estava contando a Crabbe sobre o bolão, e me mandou uma coruja perguntando se não podia entrar com dois mil galeões. Eu obviamente respondi que não seria culpa minha se a família dele morresse de fome por causa disso, mas dinheiro é dinheiro. – Deu de ombros — E quanto mais, melhor.

Nossa! Vocês não vão acreditar— Zabini gargalhou, surpreendendo os outros dois – A diretora Mcgonagall acabou de apostar cinquenta mil galeões que os dois vão dizer não antes mesmo do juiz perguntar e começarão um duelo de feitiços, no qual você terminará um furão outra vez.

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Olha só a dimensão que isso está tomando— Draco suspirou – Alguém teve a decência de apostar que o casamento atualmente ocorrerá em paz?

— Bom….— Blaise teve de checar as folhas mais de uma vez – Mais ou menos. Uma pessoa não identificada apostou que vocês se casariam, mas que a Granger vai te agredir de alguma forma antes do final da festa de casamento. Temos apenas o número da conta para o deposito e o codinome “Freelfos”.

Coloque 100 galeões no meu nome então— Malfoy suspirou – Eu aposto que o casamento ocorrerá com o mínimo de problemas. Mande tirar do meu próprio cofre, e que o prêmio seja entregue lá também.

— Estamos confiantes, não estamos?— Pansy estava curiosa – Acha que por que ela dorme com você vai realmente conseguir dar esse passo?

— Eu sou bom em ser confiante, e em vencer. Você já devia saber que...— Um barulho absolutamente aterrador e antinatural tomou o ambiente: Um tipo de música onde alguém gritava e perguntava sobre que barulho uma raposa faz. Draco apalpou o bolso, pegando o dispositivo. A Granger tinha mudado o toque mais uma vez — Maldição, é o meu celular. Eu tenho de atender, volto logo.— E deslizou o dedo sobre a tela. Magicamente, a luz se acendeu, e a foto da sangue-ruim de cabelo enrolado apareceu na tela – Que merda de música é essa? Você é sádica.

— O que é um celular? – Pansy estava muito intimidada pelo barulho ensurdecedor que aquela caixa de metal tinha feito, e observava enquanto Malfoy falava com aquilo na orelha, e gesticulava para o absoluto nada, enquanto suas expressões iam mudando – É assim que a Granger consegue controla-lo? É um tipo de relíquia mágica de controle mental?

— Eu não sei— Zabini sorriu – Mas aposto cinco galeões que consigo pegar do bolso dele sem que ele perceba e afogar na torre de Sidra de romã de lua cheia.

— Feito— os dois apertaram as mãos, decididos – Mas se aquela veia que ele tem na testa não aparecer, eu não vou te dar nenhum centavo.