P.O.V. Narrador:

3 MESES DEPOIS:

Marina bateu na porta do quarto do centauro.

–Quíron? Está ocupado? Podemos conversar?

–Pode entrar querida. Tenho alguns minutos.

A menina se sentou no chão tomando mais cuidado que o normal. Literalmente havia alguma coisa estranha ali.

Ela abaixou o olhar.

–Nós últimos dias- Ela começou hesitante. Parando um pouco como se procurasse as palavras. - Tenho ficado enjoada com frequência e... Bem, minha menstruação atrasou...- Ela suspirou. -Eu resolvi fazer um teste. Quíron, eu não sei o que fazer - Era visível que ela se segurava para não chorar. - E-eu... Eu me previno sempre... Não sei como foi acontecer... O meu pai não vai admitir- Ela começou a chorar. - Ele sempre foi muito rígido em relação a isso. Eu também não quero, minha vida é muito estressante e corrida, e...

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Ela parou de falar pois já tinha sido consumida pelas lágrimas.

–Então você está...?

Ela fez um movimento minimo com a cabeça afirmando.

–Leo já sabe?

–N-não. Ninguém além de você sabe.

Ela passou a mão pelo rosto tentando se recompor.

O celular tocou. Ela respirou fundo e atendeu

–Oi meu amor.- O filho de Hefesto disse da outra linha.

–Oi Leo.

–Você estava chorando? Aconteceu alguma coisa?

Ela olhou para Quíron pedindo respostas, que assentiu.

–Precisamos conversar.

–Tudo bem. Onde você está?- Ele perguntou, preocupado.

–No acampamento. Vou ficar um tempo com os meus irmãos.

–Estou indo. Daqui a algumas horas eu chego, tenho que terminar um projeto antes.

–Certo. Estou esperando.

Ela desligou.

–Quer ajuda em alguma coisa? Se quiser eu chamo um médico.

–Eu estou bem. Obrigada.

A princesa (Sim, princesa do mar.) suspirou mais uma vez e se levantou com o mesmo cuidado.

–A proposito querida. Tente não contar nada os seus irmão, não seria justo com Ele.

{...}

Mari estava com o fone de ouvido no volume máximo, e a cabeça enfiada no travesseiro, ou seja, não ouviu as diversas batidas na porta do chalé, não é? Não mesmo. Ela ouviu.

–Nico vá embora! Eu não quero conversar com ninguém!- Ela gritou pela milésima vez.

–O Leo está aqui.- Ele disse calmo.

Ela se levantou com raiva e abriu a porta.

Só de olhar para a expressão assustada do marido ela já deduziu.

–Nico. Você jurou que não ia contar nada. Já basta ter mexido nas minhas coisas.- Marina disse seca.

Leo a beijou.

–E agora?

–Sinceramente? Não tenho a minima ideia.