Kazoku

Capítulo 10


Kazoku

#Décimo#

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– Sarada, seu sanduíche já está pronto! – Sakura gritou. A pequena Uchiha brincava de ser ninja pelos campos verdes e quando ouviu a mãe chamar, tratou logo de ir obedecê-la.

– Mãe, por que chamou agora? O tio Itachi estava me vendo ser uma ótima ninja! – A garota resmungou e sentou-se na toalha colorida estendida no chão. Sasuke que lia um livro qualquer parou a atividade assim que ouviu o nome “Itachi” ser pronunciado. Sakura teve a mesma reação.

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– Como assim, Sarada? – Sasuke perguntou à filha e ela apontou para o corvo negro que se localizava na copa de uma árvore.

– Ali. O tio Itachi está ali me olhando. – O corvo, no mesmo momento em que Sasuke lhe dirigiu o olhar, bateu asas e foi embora. – Viu, papai? Que pena que ele não está mais lá... Mas aposto que na próxima ele volta! – Sarada disse convicta e enfiou um grande pedaço de sanduíche de atum e tomates na boca. Era seu preferido.

– Quando será seu exame, filha? – Sakura perguntou após um tempo.

– Mês que vem. Papai, você pode me treinar? – Ela indagou ao pai com os olhinhos brilhantes e ele não pôde deixar de associá-la com a esposa. Ambas usavam o mesmo artifício para convencê-lo e grande parte das vezes funcionava.

– Acho que você ainda não está pronta... – Sakura riu discretamente. Sabia que o marido queria ver até onde a filha iria para treinar com ele.

– Não é verdade, papai, e só o senhor pode me treinar! Por favor, por favor! Me ensina o Goukakyuu no Jutsu¹! E... E o Chidori também! – Sarada juntou as mãozinhas frente ao corpo e fez um biquinho que sabia que o pai não resistiria. Mas não sabia ela que ele tinha um plano.

– Hm... Tudo bem, então... – O moreno levantou-se de onde estava sentado e, acompanhado por Sarada, caminhou até um lago próximo. Sakura observava a cena com atenção. – Lembra-se do controle de chakra da sua mãe?

– Claro que sim, papai. Minha mamãe é uma das kunoichis mais aplicadas no uso de chakra e seu controle é excelente. – Disse toda orgulhosa e Sasuke quase riu. Ela havia herdado a inteligência da mãe também.

– Pois bem. Se quiser fazer um Goukakyuu que me impressione e me faça querer te treinar, lembre-se do controle de chakra e tudo que sua mãe já falou. Será que pode fazer isso? – O moreno provocou.

– Claro que sim, shannaro! Eu sou Uchiha Sarada! Não há nada que eu não possa fazer! – Disse confiante e o pai deu um sorriso de canto.

– Os selos são esses: Hitsuji, Inu, U, Mi, Tori, I, Uma, Tora. – Fez os gestos com as mãos e, Sarada prestou atenção em cada um deles. - Concentre chakra e faça.

– Eu vou conseguir, papai. Preste atenção! – Sarada fechou os olhos e fez como a mãe havia ensinado. Concentrar chakra, só preciso concentrar chakra, pensava ela. Fez os selos vagarosamente e um segundo depois uma bola gigantesca de fogo formou-se na superfície do lago.

Sakura, que observava tudo de longe, sorriu orgulhosa. Sua menininha havia aprendido muito bem tudo que havia ensinado. Sasuke ficou nitidamente surpreso. Seu katon era fortíssimo e o Goukakkyuu foi maior do que o primeiro bem-sucedido que havia feito junto de seu pai, Fugaku. Ela, com toda certeza, havia herdado a genialidade de Itachi também. Sarada estava ligeiramente ofegante e seus pulmões queimavam, mas ao ver a expressão do pai sua felicidade foi tão grande que havia esquecido das consequências do jutsu.

– E então... papai? – Disse recuperando o fôlego. – O senhor acha que agora eu mereço que me treine? – Antes que ele pudesse responder, ela fechou os olhos e seu corpo, por pouco, não caía no lago. Sasuke segurou-a e levou até a mãe que encarava preocupada. Sarada havia desmaiado.

– Não me impressiona que tenha desmaiado. Até eu mesmo demorei para alcançar esse nível de katon.

– Ela usou muito chakra, é melhor leva-la para casa para poder se recuperar. – Sasuke concordou e segurou a filha nos braços, enquanto a esposa juntava as coisas do piquenique. Olhou para o rosto da sua herdeira e sorriu minimamente. Você é minha filha, Sarada. Papai te treinaria de qualquer jeito.

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– Você viu, papai? Eu passei! – Sarada pulou no colo do genitor nitidamente feliz. – Mamãe, você viu também?

– Claro que sim, Sarada. Você ainda será uma Uchiha melhor que seu pai um dia... – Sakura implicou com Sasuke que só resmungou. A garota riu e junto com os pais, foi para casa. Não havia dia melhor. Seu pai e sua mãe juntos prestigiando o quão havia sido boa no exame da academia!

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A família Uchiha estava reunida em volta da mesa, jantando uma comida especial preparada por Sakura. Segundo ela, queria parabenizar a filha pela sua nova conquista e contar uma excelente novidade. Ao servir o último prato, parou dramaticamente na ponta da mesa e pediu que lhe dessem atenção. Sasuke não queria admitir, mas estava curioso.

– Bem, como disse antes, eu tenho uma novidade. – Ela retirou o avental e levantou um pouco o suéter verde claro que vestia. – Sarada, você terá um irmãozinho ou irmãzinha... – Passou a mão na pequenina protuberância em seu abdômen e a garota correu até a mãe para abraça-la e falar o como aquele dia estava sendo mais que especial para ela. Sasuke ainda estava atônito. Um bebê? Outro? Não que não estivesse feliz com a surpresa, uma baita surpresa por sinal, mas não sabia como lidar com isso. Ele seria pai de novo!

– Papai, vem fazer carinho na barriga da mamãe! – Sarada sorria largamente e ao ver que o pai não havia saído do lugar, soltou a mãe e foi até ele para puxá-lo pelo braço. Sasuke parou em frente à Sakura e fitou-a diretamente. A diferença de altura era grande, mas isso não incomodava no momento. – Mamãe, vou pegar a câmera para tirar foto! Espera aí! – A garota saiu correndo do cômodo.

– Mais um filho? – Sasuke perguntou somente.

– Eu sei no que está pensando, mas não. Não será igual como foi com você e Itachi. A sombra ruim do grande clã Uchiha não está mais aqui, podemos viver livremente agora. – Sasuke tocou na barriga da esposa e ela colocou sua mão junto à dele. – Nossa família está crescendo, Sasuke-kun. Você gosta disso? Porque eu gosto muito... – Ela disse com lágrimas de emoção nos olhos. Os hormônios da gravidez já começavam a trabalhar.

– Eu também gosto muito. Mas, senhora Uchiha, – Segurou-a pela cintura e aproximou sua boca da orelha dela. – o trabalho ainda não acabou. – Sussurrava. – Temos um clã inteiro para reconstruir. – Sakura sentiu seu corpo tremular em antecipação. Só de relembrar as noites ardentes que dividia com ele seus pelos eriçavam. Os lábios dele, agora, estavam próximos dos seus e não precisou pensar muito no próximo ato.

– E iremos reconstruir muito bem. – O beijo foi inevitável e avassalador. Eles apenas afirmavam todo o amor que sentiam um pelo outro e isso, era melhor do que qualquer coisa no mundo. Ouviram os passos apressados de Sarada, mas não quiseram cessar o contato. Alguns segundos depois, foi audível apenas o som do “click” da máquina fotográfica, que registraria para sempre aquele momento indescritível.

“As crianças que um dia foram famintas por amor, agora, eram rodeadas por ele."

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.