Impérios Cruzados

Capítulo 17


Meu rosto estava estampado em todos os noticiários de todo o mundo, estava ficando difícil me manter escondida, no meu plano de fuga eu acabei esquecendo que meu pai era o homem mais poderoso do nosso país e isso o fazia poderoso em um pouco mais de uma dúzia de países de cada continente, eu estava ferrada. O óculos de sol e o capuz tiravam um pouco meu rosto de evidencia, mas não tanto, sem falar o fato de mesmo sempre desejando usar roupas como as mulheres do ocidente usavam eu me sentia estranhamente desconfortável com elas e perdidas, mas os jeans puídos e a blusa de algodão cinza foi o máximo que consegui comprar para não ter tempo de ser reconhecida.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Estava correndo desesperada pelo aeroporto de Nova York antes que alguém reconhecesse o rosto que estava estampado em todas as drogas de tv’s, já se passaram duas semanas e a única coisa que as tv’s pareciam passar era a fuga da princesa herdeira do império Prior, meus olhos enchiam de lágrimas toda vez que o apelo do meu passava, sim, eu sentia sua falta e sabia que ele era o melhor pai do mundo mas eu não podia me casar com Eric Matthew , nem com qualquer homem que eu não amasse e só estivesse de olhos nos negócios do meu pai... E do nada meu corpo atinge um corpo alto e forte a minha frente e dou alguns passos para trás e caio de bunda no chão, sinto o óculos de sol voar de meu rosto e me ajoelho as pressas para pegá-lo. Minha mão se choca com a do homem e nossos olhos se encontram.

– Me desculpe! – pede o homem enquanto me entrega o óculos me analisando.

– Tudo bem, eu que estava correndo e não olhei para os lados. – digo abaixando o rosto sem jeito me levantando e dando as costas ao homem.

– Hey, é você. A menina dos noticiários, Beatrice Prior. – diz enquanto segura meu cotovelo e sinto meu sangue gelar.

– Por favor, não conte a ninguém. Por favor, não posso voltar pra lá e me casar com aquele homem. – peço chorando e o estranho simplesmente me abraça.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

“Andrew Prior está nos Estados Unidos em busca de sua filha desaparecida!”

Revirei os olhos enquanto caminhava e sorria, algumas pessoas me olhavam como se fosse louco e talvez eu fosse. Pobre Andrew, anos da sua vida em busca da sua filha e nunca imaginou que a mesma estivesse debaixo de seu nariz, a pobre menina assustada que encontrei no aeroporto. Beatrice Prior, dona dos olhos mais tristes e expressivos que já vira, seus olhos carregavam pavor e meu coração se apertou pela garota quando ao ser reconhecida por mim em seu momento de desespero implorou para não ser desmascarada e me contou sua triste história, a ajudei a encontrar um lugar e aquele foi o melhor dia da minha vida, desde aquele dia minha vida mudou para melhor, ajudar Beatrice foi de todo modo uma jogada de sorte e onde quer que aquela garotinha estivesse eu torcia todos os dias para que um dia ela conseguisse vencer seus medos.

– Albert! – alguém gritou meu nome e senti meu coração disparar, voltei meu corpo para trás girando nos calcanhares e dei de cara com Peter.

– Oi Peter. – digo com um aceno de cabeça.

– Está indo buscar a Tris pro jantar das sextas? – pergunta quando chega ao meu lado e voltamos a caminhar.

– Na verdade, vou tentar a sorte. Desde que conheceu o Eaton a Tris me largou. – digo

– Com um homem como Tobias Eaton eu também largaria qualquer amigo, a não ser que tivessem algo a mais porque você me parece gostoso. – diz e solta uma das risadas típicas de Peter, sinto meu rosto corar.

– Somos apenas bons amigos mesmo, mas fazem meses que não vejo a Tris a ultima vez que encontrei com ela, tinha acabado de voltar com o Tobias e ela está quase tendo o bebê...

– Você precisa ver a fofura que está a barriga de oito meses dela, Tris está maravilhosa, nunca vi o rosto dela tão iluminado e feliz. Ela está mais feliz que nunca.

– Mesmo com o idiota do Eric a pressionando? – me questiono e depois do grito alto de Peter que percebo que meus pensamentos foram externados.

– Como assim!? – grita ficando a minha frente e me parando. Tão perto.... sinto-me engolir em seco

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Eric Matthew tem uma queda por Tris desde sempre. Tris e eu fazíamos faculdade e ela tinha acabado de perder os pais, Eric estava no país estudando algum tipo de especialização que no país dele não tinha. Ele encarnou na pobre Tris...

– Ah... Ele é só um babaca qualquer. – diz dando de ombros e entramos no prédio da Johnson’s Cosmetic.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Estava na reta final da gravidez e mesmo sabendo que meu pequeno Vincent poderia decidir vir ao mundo a qualquer momento eu não abria mão de vir a empresa, mesmo com todo o conforto e adorando a paz da casa de campo de Tobias eu fui feita para as turbulências de uma empresa, o tempo que passava em casa me deixava totalmente entediada e mesmo fazendo videoconferências e respondendo alguns e-mails e relatórios de casa ainda assim me sentia triste. Tobias odiou a ideia de cara mas usava como desculpa o projeto do chato do Eric para viver no meu escritório ou me arrastar para o dele, por um lado era bom mas por outro... As vezes Evillyn aparecia por lá sem avisar e não regava seus insultos contra mim, brigas e mais brigas entre ela e Tobias foram presenciadas por mim nesses últimos 3 meses, mas de umas semanas pra cá as suas visitas e ligações tem sido para mim, tentando pedir desculpas e me provar que mudou.

Christina e Peter me diziam para não acreditar nela mas eles eram pessoas vingativas e totalmente piradas, falei com Albert que apenas me disse para seguir meu coração e fazer o que eu achava que era melhor para mim. E foi pensando nisso e depois de muito conversar com Evillyn que marquei um jantar na sua casa com Tobias, era a primeira vez desde que Tobias e eu voltamos que ele iria voltar na mansão Eaton, uma parte de mim queria acreditar que Evelyn realmente mudara e a outra se sentia culpada por ter tirado seu filho dela e se sentia na obrigação de aceitar esse jantar.

– Baby? – a voz de Tobias me tirou de meus devaneios. Estávamos no seu escritório discutindo os últimos ajustes para o projeto, Tobias em sua cadeira confortável e eu com as pernas estiradas em seu confortável sofá de couro preto. Meus pés tinham inchado desde o inicio do oitavo mês e isso fazia com que eu vivesse deitada e que Tobias se tornasse ainda mais cuidadoso, minha barriga estava tão grande que eu tinha a sensação de carregar o mundo nas costas e tinha substituído meus amados vestidos e terninhos sociais por calças legging’s e vestidos longos e soltos.

– Sim? – pergunto me virando para seu rosto e deixando que seus lábios encontrem os meus num selinho, Tobias pousa sua mão sobre a minha que estava sobre a barriga e me ajuda a levantar.

– Terminamos por hoje, temos que ir pro jantar na casa da minha mãe. – diz enquanto ergue quase o peso todo de meu corpo do sofá.

– Estou tão cansada, quero que termine logo para poder dormir o resto da noite e o próximo dia quase todo. – digo escondendo meu rosto em seu peito enquanto o abraço de lado e caminhamos para fora de sua sala. Passamos por Cara, a secretária adorável de Tobias e nos despedimos animadamente. Meu celular toca e Tobias o retira de minha bolsa que o mesmo carregava junto com sua maleta e me passa fazendo uma careta, era Albert, os dois ainda viviam em pé de guerra.

– Olá. – atendo o mais animada que consigo mesmo com o peso do cansaço me tomando.

– Nossa, que voz é essa? Percorreu quantos países a pé? – pergunta brincando e um sorriso sai de meus lábios.

– Babaca. – retruco e Tobias ri ao meu lado, rolo meus olhos para ele lhe mostrando a língua.

– Você sumiu senhorita Johnson, daqui uns dias meu afilhado nasce e eu estarei sem saber de nada. – reclama e sinto uma pontada de culpa me atingir.

– Hoje tenho um jantar com minha adorável sogra mas amanhã prometo que jantamos. – Tobias e Albert riem ao mesmo tempo da minha ironia no elogio a Evelyn e isso me dá uma ideia do porque se odiavam, eram bem parecidos.

– Temos muito o que conversar, preciso de sua ajuda sobre aquilo... – poderia imaginar as bochechas de Al corando quando seu tom de voz diminuiu até quase não ser audível.

– Amanhã sem falta. – respondo – Mas por favor que seja na casa de Tobias, estou terrivelmente cansada.

– Tudo que quiser minha querida. – responde e eu coro.

– Amo você, grandão, até amanhã então. – digo e sinto o olhar de Tobias pesar enquanto caminho a sua frente na direção de seu carro.

– Também amo você passarinho. – diz e desligamos. Observo o rosto de Tobias enquanto o mesmo da partida no carro e saímos do subsolo da empresa rumo as ruas iluminadas de Nova York, suas mandíbulas contraídas só me diziam que ele tinha se irritado com o meu modo carinhoso com Albert no telefone. Deixo minha mão esquerda pousar em sua perna direita e pressionar sua carne por cima da calça social. Nenhuma resposta ou mudança de humor, espero por alguns minutos e a mesma expressão está em seu rosto, quando abro meus lábios decidindo quebrar o silencio e o clima tenso antes que chegássemos a casa da mãe de Tobias ele me interrompe.

– Não Tris, a culpa não é sua. Eu que sou ciumento demais principalmente com o Albert, sei que são amigos a anos e não tenho esse direito, então fique tranquila, não estou zangado com você. – diz e sinto meu corpo relaxar, estávamos no portão de entrada da mansão Eaton e Tobias aperta minha mão que pousava em sua perna, unindo nossos dedos e puxando minha mão em sua direção beijando os nos dos meus dedos.

– Eu amo você, Tobias Eaton. – digo entre um sorriso apaixonado e quando ia me inclinar em sua direção sinto o pequeno Vincent protestar com um chute em busca de espaço.

– Cuidado com o nosso garotão meu amor, posso beijar seus atraentes lábios sem machucar vocês dois. – diz piscando para mim com um sorriso de canto que só Tobias sabia dar, sinto minha calcinha encharcar.

Chegamos a frente da mansão Eaton e uma sensação estranha toma conta de mim e sinto o pelo da minha nuca arrepiar, a fonte estava com algumas luzes acesas e isso dava uma boa aparência que em nada combinava com a escuridão que tomava a casa, quando Tobias dá a volta no carro para me ajudar a levantar a luz do hall de entrada é acesa e ambos olhamos na direção. Lá estava Evelyn com seu sorriso costumeiro e menos artificial do que me lembrava, seus olhos passam por mim e Tobias e o mesmo aperta meus dedos numa forma de me mandar apoio. Respiro fundo e caminhamos em direção a Evelyn e as surpresas que aquela noite nos aguardava e eu só pedia a Deus que me ajudasse e que tudo ocorresse bem.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.