Generation

Generation III - "De volta..."


— Angel? - Cameron ofega de olhos arregalados e eu imito-o. O que ele faz aqui?

— Oi? - Faço cara de desentendida. — Desculpe, mas... De onde me conhece? - Finalizo. Ele me olha sem entender, assim como Nick. — Deve ter se confundido. - Dou-lhe as costas e volto a olhar para Cody.

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— Quem é ele? - Cody me pergunta confuso.

— Não sei, não o conheço.

— Angel, o que está fazendo? - Ouço a voz de Nick e me viro em sua direção. Cameron está paralisado ao seu lado.

— Nick, me desculpe! - Sorrio. — Mas acho que esqueceu de me apresentar seu amigo. - Digo cinicamente sorrindo.

— Você só pode está brincando! - Cameron finalmente se manifesta.

— Sem querer ser grossa contigo, mas já sendo... - Sorrio falso. — Não tenho tempo para conhece-lhe no momento. Tenho coisas mais importantes para resolver. - Olho para Nick. — Até mais! - Dou as costas e me viro para Cody. Sem dizer mais nenhuma palavra, adentro o seu apartamento.

P.V.D CAMERON DALLAS

— Você... - Suspiro. — Você viu como ela reagiu? - Ofego sem entender caralho de nada. Nicolas assente.

— Ela mudou muito depois... Depois que você foi embora. - Resmunga.

— Como assim?

— Ela se tornou gelada como a neve!

— Nunca imaginei que ela fosse reagir assim.

— O que esperava? - Nick resmunga. — Que ela corresse para seus braços?! Cada um age da forma que acha melhor. Você a machucou, ela acabou se fechando para todos.

— Só queria deixar ela viver em paz!

— Realmente conseguiu.

— Esse é... - Lembro-me do garoto. Eu já seu rosto em algum lugar.

Flash On:

— Tem uma coisa que está me sufocando e tenho que contar a alguém. – Sussurro. Ele arqueia o cenho e assente pedindo para eu prosseguir. — Eu...

Meu celular vibra cortando-me. Paro de falar e pego o mesmo rapidamente no bolso da bermuda.

“Olha como sua amada está se divertindo em Nova York!” – Jonathan.

Observo a foto que vem juntamente com a mensagem. Angel está beijando outro cara. Beijando-o de forma intensa. Ele agarra sua cintura e ela enlaça seu pescoço sem nenhum receio. Droga! Fecho os olhos...

— Dallas? – Nick chama-me.

— Eu sempre gostei da Melissa! – minto me levantando e indo em direção a mesma no mar.

Flash Off:

— O cara que ela conheceu em Nova York! - Finalizo me lembrando da foto que Jonathan me enviou nas férias. — O que diabos ele está fazendo aqui? - Pergunto.

— Ele agora é professor de educação física do colégio. - Nick responde.

— E está namorando uma aluna? Isso não é proibido?

— Não enquanto ninguém sabe. - Resmunga e eu suspiro.

— O pior é que agora terei que aturar eles dois juntos. - Adentro meu apartamento. — Já que somos vizinhos.

P.V.D ANGEL LOUIS

Cody me encara do sofá como se esperasse respostas. Não sei o que dizer, não por onde começar. Suspiro nervosa e coloco minha bolsa sobre a mesa de centro, me sentando ao seu lado por fim. Ele continua me olhando com o olhar desconfiado e eu abaixo a cabeça.

— O que aconteceu? - Pergunta calmamente.

— O que? - Resmungo.

— Quem é ele?

— Não o conheço.

— Não minta para mim!

— Cameron Dallas!

— Oi? - Resmunga sem entender.

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— Meu ex-namorado, Cameron Dallas! - Respondo me levantando e caminhando impaciente pela sala.

— Porque fingiu que não o conhecia? - Se levanta e vem em minha direção. — Porque está nervosa? - Pergunta.

— Não estou nervosa. - Quase grito, percebo e me controlo. — Por que eu deveria conhece-lo? Não há mais nada que eu e ele tenhamos que conversar.

— Acho melhor você ir para casa. - Cody resmunga me fazendo arregalar os olhos. — Não vai conseguir se concentrar e ficar aqui sabendo que ele está no apartamento da frente.

— Claro que vou. - Bufo. — Vim para dormir contigo.

— Não é um bom momento, Angel!

— Cody...

— Por favor...

— Tudo bem. - Ofego irritada indo em direção a mesa de centro e pegando minha bolsa. — Deixará mesmo que isso acabe com nossa noite? - Pergunto, mas ele não me responde. Mordo os lábios com raiva e lhe dou as costas, abrindo a porta e saindo do apartamento.

Fecho a porta e me encosto na mesma. Droga! Droga! Droga! Porque ele tinha que voltar agora? Ou melhor por que ele voltou? Ficava longe e me deixava em paz para sempre. Fecho os olhos e suspiro. Ouço o som da porta em minha frente se abrir e abro os olhos ligeiramente. Nick passa pela porta e Cameron surge logo atrás dele. Meus olhos se encontram com os seus e eu suspiro irritada, me recompondo e saindo pisando forte pelo corredor.

***

Estaciono o carro em frente a minha casa, desligo o veículo e pego minha bolsa no banco do lado. Desço do carro e caminho em passos pesados até a minha casa. Abro a porta e bato a mesma com violência. Eu o odeio! Merda! Suspiro e caminho em direção ao meu quarto, adentro o mesmo e jogo tudo encima da cama, caindo sobre a mesma em seguida.

— Foi você que bateu a porta? - A voz de Sophie surge em meu quarto. Ergo a cabeça e encaro-a, assentindo. — Pensei que fosse um ladrão! - Coloca a mão no peito demonstrando susto. Reviro os olhos e me sento.

— Ladrão entra em silêncio! - Resmungo impaciente.

— O que você tem? Não ia dormir no Cody?

— Ia.

— E?

— Adivinha quem está morando em frente ao apartamento dele.

— Sei lá. - Dá de ombros. — Uma ex-namorada?! - Debocha sorrindo abertamente.

— Quê? Não!

— Pode parar com o jogo de adivinhação, por favor...

— Cameron Dallas! - Bufo.

— Está sonhando? - Ironiza. — Cameron foi embora faz muito tempo.

— Pois ele voltou!

— O que?

— Isso que está ouvindo, Sophie! - Me levanto irritada. — Esse filho de uma puta voltou depois de tanto tempo.

— Por isso veio embora? Não conseguiu suportar?

— O que? Não! - Gargalho ironicamente. — Cameron deixou de me abalar á muito tempo. - Ela faz cara de desconfiada. — Cody que não gostou da ideia e acabamos discutindo. - Suspiro cansada.

— Eu não queria está em sua pele, Angel!

— Olha, porque não vai atazanar o Carter, hein?! - Digo empurrando-a para fora do meu quarto. Ela rir sem ânimo, reviro os olhos fecho a porta deixando-a do lado de fora.

P.V.D CAMERON DALLAS

A noite foi fria e longa. Foi difícil dormir com tantos acontecimentos. Senti falta da minha cama, dos meus lençóis, do meu travesseiro e da sensação de saber que minha mãe e minha irmã estavam no quarto ao lado. Levanto-me da minha mais nova cama e pego o celular sobre a cômoda. O apartamento ainda está uma bagunça com várias caixas jogadas pelo chão. Olho para tela do aparelho e vejo o horário 06:30 reluzir na tela.

Preciso chegar cedo no colégio para resolver minha volta!

Vou em direção ao banheiro. Adentro o mesmo e retiro minha roupas, ligando o chuveiro e ficando embaixo do mesmo. Meus pensamentos voam para o rosto da mulher mais linda que já conheci em toda minha vida. Angel! Seus olhos azuis me olhando assustados, sua boca rosada entreaberta, seus cabelos negros como a noite e seu perfume inebriando minhas narinas.

Ela não esperava me encontrar, mas porque agir daquela maneira?

Sinto meu peito apertar. Realmente, a magoei demais. Fecho os olhos e deixo com que a água gelada lave meu corpo de todo peso que me habita. Desligo o chuveiro e saio do banheiro. Alcanço minha mala e procuro por uma roupa qualquer. Visto uma camisa branca larga e uma calça preta justa, calço um par de avances pretos. Passo perfume, bagunço os cabelos com as mãos e procuro por uma mochila nas caixas.

***

Fecho a porta do apartamento e me deparo com o cara saindo de dentro do seu apartamento. Ele tranca a porta e se vira em minha direção. Seus olhos me queimam como brasa. Arqueio as sobrancelhas e ele sorri debochado.

— Bom dia vizinho! - Debocha.

Sorrio da mesma forma. — Bom dia!

— Gostaria de manter uma boa relação com você. - Resmunga. — Então por favor, fique longe dela, ok?

— Desculpe, como?

Ele bufa ironicamente. — Não se faça de desentendido.

— Deve está confundindo as coisas. - Debocho. — Bem, eu gostaria muito de bater um papo entre vizinhos, mas o dever me chama. - Viro-me caminhando em direção ao elevador.

— Gostaria de uma carona? - Ouço a voz do garoto gritar. Viro-me em sua direção e sorrio falsamente.

— Obrigado! - Ergo as chaves da moto. — Mas estou bem acompanhado. - Pisco lhe dando as costas e adentrando o elevador.

P.V.D ANGEL LOUIS

Visto uma saia de camurça bege e uma camisa curta branca com um nó na cintura. Calço um par de sapatos dourados. Sento-me na penteadeira e faço uma maquiagem baseada em rímel, delineador e sombra marrom nos olhos. Na boca, um batom vinho e no rosto apenas base. Passo perfume e penteio os cabelos deixando-os soltos. Pego minha bolsa e celular. Saio do quarto e caminho até a cozinha, onde encontro meus pais e Sophie.

Minha mãe me olha assustada. — Vai ao colégio ou ao shopping?

— Nunca se sabe quando vai se desviar de caminho repentinamente. - Respondo sem entusiasmo e ela faz uma cara de ofendida. — Bom, até mais! - Digo pegando apenas uma maça e me retirando.

— Angel, me dá uma carona? - Sophie grita.

Assinto para ela. — Vamos!

***

Passo na casa de Rosie e pego a mesma. Enquanto dirigia para o trabalho de Sophie, ela e Rosie conversavam animadamente enquanto eu me mantinha calada, viajando em meus pensamentos. Ouço Sophie contar para Rosie sobre a volta de Cameron e me perco mais ainda nos pensamentos. Vê-lo foi um choque para mim e reagir daquela forma foi a melhor maneira que encontrei.

Maldito seja, Cameron!

Estaciono na lanchonete e Sophie desce se despedindo de nós. Aceno e dou partida para o colégio. Rosie tenta chamar minha atenção dizendo várias coisas, mas por incrível que pareça, pela primeira vez ela não conseguiu me animar.

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Estaciono o carro em uma vaga disponível no pátio do colégio e desço do mesmo acompanhada de Rosie. Abro a porta traseira e pego minha bolsa.

— Não vai abrir a boca?

Olho-a sem entusiasmo. — Não tenho nada pra falar. - Ela suspira.

— A volta de Cameron te atingiu não é mesmo? - Sinto o braço dela envolver meu pescoço. Reviro os olhos pelo simples fato de ouvir o nome ser pronunciado.

— Nada que se relaciona a ele, me atinge Rosie. - Digo pegando seu braço e retirando do meu pescoço. Ela bufa.

— Fico feliz em saber disso. - Diz e eu a olho sem entender. — Não quero te ver mais sofrendo por ele. - Finaliza.

Sorrio amigavelmente. — Não se preocupe!

— Só... Deixa pra lá!

— Diga!

— Só não queria que se transformasse nessa pessoa que é hoje.

Franzo a testa. — Sou a mesma pessoa de sempre. - Ela nega com a cabeça. — Porque não? Quem eu me tornei?

— Uma pessoa fria e amargurada. - Reviro os olhos e continuo a caminhar sem lhe dar nenhuma resposta. Não é a primeira pessoa que diz o que me tornei. Talvez eu tenha me tornado, mas foi o modo que achei de não sofrer.

Ficamos em silêncio enquanto caminhamos em direção a sala. Droga! A primeira aula é de educação física, o que significa que terei que ficar cara a cara com Cody. E não sei se é a melhor hora! Adentro a sala acompanhada de Rosie e me deparo com Cody sentado em sua cadeira de frente a mesa e olhando distraidamente para o celular.

— Bom dia professor! - Rosie se pronuncia e eu sinto vontade de matá-la. Ele ergue seu olhar em nossa direção.

Meu plano de entrar despercebida é em vão!

Seus olhos me queimam. — Bom dia garotas. - Engulo em seco. — Sentem-se, por favor. Começarei a aula logo.

Eu e Rosie assentimos. Eu abaixo a cabeça e caminho em direção a carteira próxima dos meus amigos. Me sento entre Phoebe e Carter, jogando minha bolsa sobre a mesa e tentando não olhar para meu querido professor.

— Hoje não ficaremos na sala, nós... - O som de batidas na porta o interrompe. — Entre. - A porta se abre.

— Bom dia! - Ouço a voz da diretora. — Desculpe atrapalhar sua aula, mas preciso que receba um aluno. - Diz.

— Tudo bem.

— Pode entrar. - A diretora grita. — Recebam de volta um antigo aluno. Bem-vindo, Cameron Dallas! - Ergo meu olhar extasiado. Vejo-o passar pela porta e assim que seus olhos me encontram, eu sinto meu corpo inteiro tremer.