Generation
Capitulo 29 - Conversa Pendente!
Empurro Cameron da janela e ele cai no chão do lado de fora da casa. Fecho a janela e me jogo na cama. A porta se abre revelando a cabeleira ruiva ofuscante.
__ Quem estava aqui com você? – pergunta desconfiado.
__ O Papa! – ironizo. __ Quem mais estaria aqui comigo, pai?
__ Não seja infantil, Angel! – ele adentra indo até a janela. __ Eu ouvi um barulho.
__ Eu não posso mais fazer barulho nessa casa?! – reviro os olhos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ele abre a janela e rezo para Cameron não está mais lá. Meu pai olha para baixo e para ambos os lados da janela. Põe novamente a cabeça para dentro e me olha desconfiado como sempre.
__ O que quer falar comigo? – pergunto.
__ Quero que me diga a verdade sobre sua volta escondida para casa. – exige.
__ Mas, eu já disse... – suspiro.
__ Acha que sou idiota? – arregalo os olhos. __ Eu sei que está mentindo e sei que Sophie e aquela sua amiga também estão... – cruza os braços. __ Então é melhor me contar agora, antes que eu descubra tudo por outra pessoa e as coisas fiquem tensas!
__ Não sei o que quer que eu diga... – respiro fundo. __ Já te disse o que aconteceu.
__ Devo acreditar em Papai Noel também?! – debocha.
__ Se não consegue confiar na sua filha, não adianta eu explicar de novo! – digo.
__ Ok Angel! – se dá por vencido. __ Mais cedo ou mais tarde eu descobrirei... – diz. __ Mas até lá a senhorita está de castigo por duas semanas, só pelo fato de ter vindo sem nos avisar.
Reviro os olhos e bufo enquanto observo-o sair do meu quarto. Quem ouve tudo que minha mãe contava do meu pai, nem acredita que ele hoje é esse pai tão durão e ultrapassado!
*...*
Saio do banheiro e encaro a roupa encima da cama. Vamos dizer olá para segunda-feira e voltar às aulas! Suspiro. Visto a calça azul jeans com alguns rasgos nas coxas e joelhos, uma regata branca, colocando por cima uma jaqueta preta. Calço coturnos pretos e amarro os cabelos em um rabo de cavalo baixo e bagunçado. Passo delineador e rímel preto, nos lábios um batom vermelho ofuscante, pó compacto por todo o rosto. Esguicho bastante perfume pelo meu corpo e pego meu celular, jogando-o dentro da bolsa de franjas marrons.
__ Bom dia! – digo me sentando á mesa.
__ Bom dia... – minha mãe e Sophie respondem.
__ Não vai adiantar nada você ficar assim, pai! – digo olhando-o sem expressão.
__ Assim como? – pergunta irônico.
__ Com cara de quem comeu e não gostou! – respondo.
__ Se preocupe em terminar seu café logo. Hoje eu te levarei! – ordena se levantando.
__ Ele acha mesmo que pegando no meu pé, vai me pegar na mentira?! – suspiro.
__ Adiantem vocês duas... – minha mãe diz fria.
Reviro os olhos e me levanto pegando uma maça. Sophie se limpa e me segue até o carro onde meu pai nos espera de cara feia. Adentramos o veiculo e ele dá partida. Em frente a casa de Rosie, ela nos espera arrumada como sempre. O veiculo para e ela adentra o mesmo com a expressão assustada por está vendo meu pai ao invés de minha mãe no volante.
__ Bom dia tio Castiel! – ela cumprimenta.
__ Bom dia. – responde frio.
*...*
__ Ele está exagerando! – Rosie diz assim que chegamos ao colégio e meu pai segue com o carro levando Sophie para o trabalho.
__ Eu pensei que ela iria ficar no colégio me vigiando o dia todo. – debocho irônica.
__ Ele está desconfiando de você e Cameron? – pergunta.
__ Na verdade eu nem sei do que ela está desconfiando. – bufo. __ Depois de Phoebe dizer tudo aquilo, ele somente conversou comigo e disse que estávamos mentindo, mas não tocou no nome do Cameron... – coloco as mãos nos bolsos de trás da calça.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!__ Angel, vocês vão ter que abrir o jogo e enfrentar isso. Cedo ou mais tarde seus pais vão descobrir e pode ficar bem pior do que já está! – aconselha-me.
__ É isso que me assusta... – suspiro pesadamente.
Meus olhos percorrem o estacionamento e então vejo o moreno estacionar a moto ao lado de um jipe preto. Ele desce da mesma e retira o capacete, bagunçando os cabelos com as mãos, o que lhe dá um charme ainda maior. Seus olhos me notam e ele sorri abertamente. Tranca a moto e caminha até mim.
__ Essa é minha deixa! – Rosie diz divertidamente e se afasta de mim.
Caminho de encontro ao garoto e sorrio meiga. Com a mão desocupada puxa-me pela cintura e sela nossos lábios em um beijo digno de prêmio no Oscar. Quer dizer, todos os beijos dele, são dignos de Oscar! Sua língua percorre minha boca, se encontrando com a minha e causando um choque em meu corpo. Minhas mãos enlaçam seu pescoço e me aprofundo o beijo.
__ O dia não podia começar melhor... – ele diz ofegante assim que nos separamos.
__ Concordo! – sorrio. __ Como está? – pergunto colando nossas testas.
__ Fora as marcas das tapas que ganhei da minha namorada?! – debocha. __ Estou bem...
__ Idiota! – rio depositando um selinho em seus lábios.
__ E você? Como foi lá com seu pai? Ele desconfiou de algo? – pergunta.
__ Não... – respondo. __ Ele só não acredita muito nas minhas palavras, mas fora isso ele não desconfiou de nada. – acrescento acariciando seus ombros por cima da camisa preta.
__ Não vamos conseguir esconder isso para sempre... – suspira.
__ Não vamos precisar esconder isso para sempre. – digo. __ Somente por um tempo. Só até as coisas se estabilizarem um pouco e minha mãe esquecer um pouco isso.
__ Espero que não demore muito... – respira fundo. __ Não quero ter que ficar te namorando escondido. Sou um garoto tradicional, que gosta de namorar na porta! – diz me fazendo rir.
__ Ok garoto tradicional... – debocho. __ Mas, admita que namorar escondido tem suas vantagens! – acrescento rindo e ele dá de ombros.
__ Adrenalina é excitante! – diz malicioso.
__ Garoto tradicional e insaciável! – rio.
__ Só quando o assunto é você! – sela nossos lábios.
*...*
__ Adivinhem o que vai acontecer no colégio... – Pedro chega ao pátio animado e eufórico.
__ Briga? – Jeremy pergunta com os olhos brilhando. Povo que gosta da desgraça alheia!
__ Chegará mais alunas gatas? – Cameron acrescenta.
Olho-o com cara de “What?” E desfiro uma tapa em seu ombro.
__ Mais gatas para os garotos tirarem os olhos da minha namorada. – diz tentando me beijar.
__ Sei... – desvencilho dele e os outros riem.
__ Fala logo, Reynolds! – Luke pede ansioso.
__ Uma festa nesse final de semana! – Pedro diz.
__ Oh novidade... – Phoebe ironiza.
__ Uma festa a fantasia. – Pedro acrescenta. __ Já estou até vendo, varias gostosas vestidas naquelas fantasias excitantes de enfermeira, pirata e mulher gata! – malicia.
__ Katy irá amar ouvir isso! – Nicolas diz rindo.
__ Sua irmã não me assume, Steele! – bufa. __ Ela que fique com Melissa para sempre...
__ Só se for pra você chorar. – Luke debocha.
__ Chorar pelo teu pai, Collins! – Pedro rebate rindo.
__ Mais me diga irmãozinho... – Carter pronuncia. __ Vai vim fantasiado de bebezão?
__ Estava pensando em vim fantasiado de você, mano. Mas ai eu me toquei que desse jeito eu iria assustar as minas, sabe?! – rebate ofensivo e rimos.
__ Você teria que comer muito feijão pra ficar que nem eu. – Carter devolve no mesmo tom.
__ Arrisca Pedro. Quem sabe você não arranja uma Sophie da vida também! – Jeremy debocha.
__ Wow! Sophie só existe uma... – Carter exalta. __ E ela é minha!
__ Nisso, eu tenho que concordar. – digo rindo.
__ Irei vim fantasiada de mulher maravilha... – Rosie informa rindo.
__ Desse jeito terei que usar bastante o banheiro! – Luke malicia e gritamos rindo.
__ Fantasia de Barbie combina mais contigo, amiga! – digo rindo.
__ Ai você vem fantasiada de malévola, ok? – rebate no mesmo tom.
__ Malévola é sexy! – Cameron malicia.
__ Tudo para você é sexy, Dallas. Até se Angel estiver vestida de homem. – Rosie rebate.
__ É por que mesmo de homem eu a imagino de outro jeito... – pisca e eu coro.
__ WOW! – gritam rindo.
*...*
As aulas finalmente acabam. Todos nós pegamos nossas coisas e saímos juntos em direção ao estacionamento. Combinei com Cameron de ir para casa dele. Matar a saudade sabe não é?!
__ Angel... – Phoebe me cutuca. __ Aquele não é seu pai? – pergunta.
Olho em direção ao local onde Phoebe aponta e vejo o homem de cabeleira ruiva encostado ao carro, me olhando de cenho arqueado e de braços cruzados. Engulo em seco e olho disfarçadamente para Cameron, que se encontra assustado.
__ E eu que achei que não podia piorar... – resmungo irritada.
Suspiro e vou até o homem em frente.
__ O que está fazendo aqui? – pergunto grossa.
__ Vim te buscar! – responde abrindo a porta para que eu entre.
__ Não tínhamos combinado isso, pai. – bufo.
__ E desde quando eu tenho que combinar algo com você para que eu possa fazer?!
__ Desde quando minha rotina sempre foi ir embora com meus amigos. – rebato.
__ Rotinas mudam Angel! Agora entre no carro. – ordena dando á volta no veiculo e adentrando no banco do motorista.
Olho para trás e vejo meus amigos fitando-me de forma aflita. Aceno com a mão um rápido tchau e adentro o veiculo. Os olhos de Cameron expressam preocupação e decepção. Essa situação está péssima para ele. Eu tenho medo dele se cansar e desistir!
__ O que você estava fazendo perto daquele garoto? – pergunta quando já estamos no transito.
__ Nada... – respondo.
__ Não minta Angel... – exalta.
__ Temos os mesmos amigos, somos da mesma turma e por mais que eu não namore mais com ele, eu não vou me afastar dele, somos amigos... – digo irritada.
__ Então você é amigo do filho do cara que atacou sua mãe?! – ironiza.
__ Ele não tem culpa do erro do pai. – deixo escapar.
__ Por acaso você está se deixando levar novamente por ele? – pergunta irritado. __ Você está se envolvendo novamente com ele, Angel? – acrescenta me dando medo.
__ Não... – minto. __ Só que os filhos não têm culpa dos erros que os pais cometem!
__ Mais os filhos tem o mesmo DNA dos pais. – rebate. __ Toda a sujeira presente naquele merdinha está presente no filho dele! – me olha irritado e desvio o olhar.
É definitivo. Eu realmente não posso contar que voltamos! Não ainda.
*...*
__ Seu prato está na geladeira... – minha mãe diz apressadamente assim que piso em casa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!__ Para onde vai? – pergunto.
__ Resolver coisas do trabalho! – responde.
__ Senhorita, nem pense em sair de casa. Não esqueça que está de castigo! – meu pai diz.
__ Não tem como esquecer se o senhor não deixa! – debocho.
__ Vamos logo, Jenny! – ignora-me.
Minha mãe beija minha testa e segue meu pai até a garagem. Deixando-me sozinha em casa. Respiro fundo e agradeço por ficar um tempo sem a pressão do Sr. Castiel. Meu celular vibra no bolso de trás da calça e o pego rapidamente.
__ Você está bem? – Cameron pergunta assim que atendo.
__ Estou e você? – devolvo.
__ Estava preocupado. Seu pai apareceu do nada! – responde.
__ Ele hoje me fez perceber que não podemos mesmo contar nada ainda. – digo.
__ O que ele te disse? – pergunta. Pego minha bolsa e caminho até o quarto.
__ Fez transparecer que ele odeia seu pai e te odeia por você ter o sangue dele. – bufo.
__ Eu queria muito pôde mudar isso... – suspira pesado.
__ Eu sei... – abro a porta do quarto.
Braços surgem de trás da porta e me agarram, tapando minha boca e me prendendo-a parede.
__ Angel? – Cameron chama-me ao telefone.
O homem me aperta mais e faz um sinal com o dedo pedindo silencio.
__ Não grite, ou ele irá pagar por você! – ameaça-me.
__ Angel? – Cameron repete.
__ Enfim sós... – sorri sarcástico e tomando o celular de minha mão. __ Lembro-me que temos um assunto pendente, minha linda! – desliga o aparelho e joga-o na cama.
Socorro!
(...) E por mais que tentemos não demonstrar o medo...
Ele se entrega involuntariamente! - Angel Louis.
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