D'Ela

Prólogo


Era impressionante como aqueles olhos castanhos me afetavam.

Eles me cortavam. Me corrompiam. Me quebravam.

Mas eram lindos, aqueles olhos. Escuros como a noite. Sorridentes como a lua.

Talvez eu não tenha percebido o quão importante eles eram para mim, e deve ser por isso que estou olhando para meu casaco agora, escondido no guarda roupa.

Eu o coloquei lá há dois anos. E continua daquele mesmo jeito, enclausurado em seu próprio mundo.

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E não importa quantos anos passem, ele continua com o cheiro d’Ela. Pelo menos para mim. E no bolso dele, repousa aquele poema, com aquela letra.

Aquela letra, aqueles olhos, aquele castanho.

Aquele amor.

D’Ela.

E também é por esse motivo que vou voltar para aqueles dias. Vou relembrar meus próprios erros, apenas para me recordar daqueles olhos que um dia brilharam para mim com admiração, mas hoje devem estar em algum outro lugar, escondidos, sorrindo para o céu.

Irei vê-los esta noite, e apenas assim, poderei dormir.