Hogwarts; Um Recomeço

Acordo em um breu total


Depois de tudo que aconteceu em casa, minha mãe simplesmente me expulsou. Me jogou para fora com algumas roupas. Quer dizer, ela não me jogou exatamente. Me levou o mais longe possível de casa e me deixou no meio de uma floresta. Eu me sentei no chão e fiquei super irritada. Queria ficar em casa, muito provavelmente sendo maltratada, e bem, resumindo, de qualquer maneira eu estaria mal. Porque é que sempre sobrava para mim? Porque eu era a diferente sempre? E porque imagens ficavam indo e voltando na minha cabeça?

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Antes que achasse uma resposta digna destas perguntas reparei em três problemas básicos:

—Não tinha casa, comida, e nem onde ficar e dormir.

—Havia alguém me observando.

—Eu estaria morta ao amanhecer, muito provavelmente.

A que eu devia estar mais preocupada era a segunda, já que realmente havia alguém me observando. Era uma pessoa estranha, pelo que percebi. E parecia se arrastar nas sombras. Eu me levantei. Peguei do meio das minhas roupas a varinha partida e tentei aponta-la para o lugar onde havia aquele ser estranho. Ele então fez o que eu esperava. Saltou sobre mim e tudo ficou escuro.

Quando a imagem voltou em foco. Eu estava em um lugar, acho que era uma caverna, e tudo estava em um breu total. A única coisa que me fez perceber que eu estava naquele lugar, era uma voz. Uma não, três. Tudo estava muito estranho. Então eu ouvi um grito de dor. E uma das vozes ralhou com a que estava gritando. Eu me levantei devagar, assustada. Em tão o que eu achei que você o breu se juntou e formou uma pessoa. Ou melhor, as três pessoas que eu ouvi gritar. Tentei agir com calma. Era claro, que devia ser algo normal, homens terem um olho só e um em cada mão, e terem a pele negra, do tipo negra de verdade, como o breu que os formava. O pior de todos, era o que aparentava ser o mais normal. Ele tinha um metro e oitenta mais ou menos, e era musculosos e forte. Tinha cabelos ralos e grisalhos, olhos vermelhos, pele pálida como a minha, e tatuagens por todo o corpo. Ele olhou para mim e sorriu. Usava um terno que de maneira alguma combinava com o rosto brutal, e fino.

— Ora, senão é Maile Riddle! Sinceramente esperava mais.

Ele riu. A risada era tão horrível que eu queria correr e me esconder, sem sair nunca mais. Porem por algum motivo, pareceu valer a pena ficar ali, e ali eu fiquei. O homem pareceu feliz com minha reação.

— Bem então quer fingir que sabe de algo, não é? Sou Obscurem, e sou invencível, o verdadeiro Senhor das Sombras, definitivamente! Só irei lhe dar uma lição hoje, minha futura discípula.

Obscurem, o senhor das sombras etc., virou-se para um dos homens gigantes. Ele apontou a varinha fina como um dedo, para o homem gigante e este começou a apertar o pescoço com força. Eu comecei a ficar assustada e me encolhi, bem perto da parede da caverna. Fiquei choramingando horrorizada e agoniada, enquanto o homem gigante desapareceu em sombras vermelhas que se misturaram com o breu depois de alguns minutos. Fiquei paralisada. Ele foi começar a enfeitiçar e matar o outro gigante quando resolvia agir. peguei a varinha quebrada, recitando um nome que eu imaginava ser algum feitiço. Era um dos nomes que estava passando em minha cabeça repetidamente também.

— Expelliarmus. - Disse eu. Desejei não ter dito. O feitiço realmente deu certo. Acertou a parede de pedra da caverna ao invés de Obscurem.

— Oh! Parabéns. Agora você entende porque preciso de você. Infelizmente Maile Riddle, será preciso você para encontrar Thomas Potter. E também para mata-lo. Venha logo minha filha. Temos coisas a discutir. Como recobrar os prejuízos do ataque em Hogwarts. Essa mini humilhação é pequena comparado ao que está por vir. Está na hora, do passo dois.