Just Memories
Único
O loiro parou em frente à porta de entrada de sua casa, que aliás sempre seria grande demais para uma família composta por 4 pessoas. Na realidade, por ele todos morariam felizes em seu antigo apartamento. Ideia que foi rispidamente descartada por Sakura como se ela fosse a Hokage, e não ele.
Naruto riu com a lembrança e adentrou a casa que, como de costume estava barulhenta, o que para ele era a oitava maravilha da Terra.
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Ouviu a voz fina conhecida e a figura de um loirinho extremamente parecido consigo agarrar suas pernas de forma brusca – Eae filhão! – ergueu o menino nos braços – Tá começando a ficar pesado’ttebayo!
O menino começou a disparar diversas informações sobre como havia sido o seu dia e algo sobre ter derrubado água no cabelo de Sarada, antes de Himawari aparecer timidamente no canto da sala sorrindo para o pai.
– Olá papai.
Naruto agachou em sua frente estendendo os braços num pedido mudo de abraço, enquanto Boruto pulava em suas costas.
Após cumprimentar os filhos e quase derrubar um dos vasos de cerâmica da sala ao correr atrás do menino, o loiro seguiu para a cozinha encontrando o sorriso gentil da esposa.
– Okaeri Naruto-kun.
O Uzumaki sempre se enchia de alegria ao ouvi-la cumprimenta-lo ao chegar em casa. Após anos de solidão e sofrimento, Hinata surgira em sua vida para dar-lhe amor, alegria e acima de tudo uma família. Envolveu-a em seus braços e beijou-lhe ternamente.
– Tadaima.
Sorriu sincero. Como amava aquela mulher.
– Estou comovido – a voz grossa próxima à mesa assustou o loiro, que não havia percebido outra pessoa em sua casa.
Naruto soltou a esposa e encontrou o Uchiha encostado na mesa, lhe encarando com deboche.
– Haha, o que faz aqui teme? Não sabia que viria hoje – deu um soco no ombro do amigo em forma de cumprimento.
- Nem eu – respondeu-lhe emburrado – A Sakura inventou de trazer a Sarada aqui hoje, mas precisou fazer plantão no hospital, então pediu que eu a trouxesse e...- Sasuke revirou os olhos ao perceber que o Uzumaki já não se encontrava mais no recinto e havia saído correndo em procura da criança – Idiota.
– SARADA-CHAN!
O moreno apareceu na sala a tempo de ver o amigo girando a garota no ar enquanto ela gargalhava alto, mas que ao ser colocada no chão mudou completamente a expressão.
– Qual seu problema? – reclamou com a voz enjoada tão parecida com a do pai.
Naruto voltou para perto do Uchiha ainda rindo da mudança repentina de humor da criança.
– Ela é tão bravinha quanto você e a Sakura-chan.
– Claro, você jogou o óculos dela longe e agora o idiota do seu filho pegou e está correndo com ele pela sala.
– Ninguém mandou fazer uma filha cegueta – o Hokage gargalhou até perceber a expressão demoníaca do amigo – Credo que cara feia. Enfim, você veio filar o jantar né?
O moreno estacou, perplexo.
– Claro que não, vim trazer a...
– Trazer a Sarada-chan justo na hora do jantar? – o loiro sorriu sacana – Me polpe, Uchiha. Admite que fica menos feio – falou, gargalhando, enquanto se afastava do amigo para evitar um possível golpe.
Sasuke iria retrucar, mas ouviu duas batidas suaves na porta de entrada e quando iria avisar o dono da casa, Boruto já estava abrindo-a.
– É a tia Sakura!
O Uchiha olhou para a esposa com cara de interrogação.
– Você não ia fazer plantão no hospital?
– Pelo jeito o Naruto já andou te perturbando – Falou rindo ao sentir o humor alterado do marido – Eu ia, mas parece que a médica que eu iria substituir conseguiu chegar a tempo, algo do tipo – Aproximou-se do moreno e selou seus lábios de forma singela – Parece que você não se ofereceu para ajudar a Hinata a cozinhar – a rosada falou em tom de reprovação.
-Na verdade eu até me ofereci, mas...- Sakura já estava na cozinha repreendendo Naruto por algo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Vai pro inferno todo mundo. – Sasuke resmungou. Odiava quando o largavam falando sozinho e já havia acontecido isso duas vezes em menos de 20 minutos.
O loiro voltou para a sala com um bico em seus lábios.
– Sua esposa chega na minha casa achando que pode me mandar lavar a louça que a Hinata nem começou a sujar ainda – resmungou sentando no sofá – Ela é retardada ou algo do tipo? Quem manda alguém lavar uma louça que nem está suja ainda?
- A Sakura – O Uchiha riu – Ela faz isso sempre, mas no meu caso eu evito deixa-la cozinhar, ela não entende muito de cozinha e essas coisas.
- Nem me lembre – O Uzumaki estremeceu.
Um estranho silêncio instalou-se sobre ambos. Naruto encarou os filhos correndo pela sala com alegria. No fundo ele sempre quis isso. Muito barulho, crianças correndo, uma família. Olhou para o amigo, este o encarava de forma levemente corada.
– Que foi Sasuke? Virou a Hinata agora pra me encarar com essas bochechas coradas? Que viadagem é essa?
Sasuke jogou uma almofada em seu rosto.
– Olha a data seu imbecil.
O Uzumaki encarou o calendário na parede. Seis de Abril. Claro que ele sempre se lembraria daquele dia, aquele maldito dia a cerca de quase 10 anos atrás.
“Fim de guerra, todos felizes, Sasuke de volta, tudo na maior paz.
O Uchiha estava em seu apartamento. Ele havia ido dormir lá por convite de Naruto. O loiro havia passado o dia falando de como Hinata era linda e que pretendia finalmente se declarar pra ela, e Sasuke nada comentava sobre Sakura. Não era preciso falar, Naruto sabia. Ele sempre sabia.
As diversas garrafas de bebida que compartilharam estavam espalhadas pelo apartamento., Ambos já estavam alterados, mas o que importava? A guerra havia acabado, tudo estava em paz, era tempo de comemoração.
- Oe teme, até que você é bem gostoso pra um garoto sabia? – o loiro falou que a voz embargada pelo álcool.
O moreno o olhou com malícia e aproximou seus rostos, segurando na gola da blusa do amigo.
– Você acha é? Deixa eu te mostrar o que realmente é gostoso Uzumaki.”
Naruto riu ao lembrar-se de tal dia. A bebida, as carícias, os beijos, o sexo e principalmente o susto e a confusão ao acordarem nus um ao lado do outro.
- Você é um pervertido teme, sempre foi.
- E você é um bêbado idiota.
Aquele dia ficou entre eles, ninguém nunca soube e nunca saberia. Ambos riram, era um pequeno segredo que sempre teriam. Nunca houve sentimento, apenas sexo e desejo de dois adolescentes saídos de anos de guerra e conflitos.
Crianças desesperadas por amor.
Hoje casados, pais. Felizes. Apenas amigos. Ninguém precisava saber, ninguém nunca saberia. O fato morreria com eles, mas sempre seria lembrado com diversão.
- Meu primeiro beijo e minha virgindade... Eu te odeio Sasuke. – Naruto falou rindo e seguiu o amigo que se aproximava para brincar com as crianças.
- Hn.
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