O Internato

Minha melhor amiga


“Luka on”

Fito o teto como se fosse algo realmente muito interessante, perdida em meus pensamentos.

Acho que foram maldade as piadinhas com os dois loirinhos... E o pior é que mesmo sem fazer nenhuma piadinha eu acabei rindo! Tentei segurar mais não deu. E agora eles devem me odiar, assim como devem odiar as outras pela brincadeira...

– Perdida em pensamentos de novo Jujuba? – Miku pergunta me tirando de meus devaneios.

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Ela tem o abito de me chamar de Princesa Jujuba por causa do Hora de Aventura... Eu podia jurar que ela tinha acabado de ir para o banho e ela costuma demorar bastante. Será que passei todo esse tempo pensando?

– Jujuba você tá acordada? – pergunta de maneira infantil sacudindo a mão na frente de meu rosto.

– Claro que estou. – rio fracamente – E dá pra me falar qual é a desse apelido? Tá certo que meu cabelo é rosa igual o dela mais...

– Oque? Não... O apelido é por isso também, mas principalmente porque a Jujuba é toda metida a cientista, CDF, super responsável... Igual você! – ela fala – Isto é, sem a parte de cientista né?

– É...

Ficamos um tempo em silencio. Ainda sinto culpa pelo que fizemos aos loirinhos, e acho que ela percebeu.

– Oque está te preocupando? – fala apreensiva.

– É que eu acho que não devíamos ter feito aquelas piadinhas com os loirinhos... – falo receosa.

– Não se preocupa! Logo eles esquecem, não tem como eles nos odiarem pra sempre né? – fala docemente.

– Acho que tem razão e... MIKU VEM RÁPIDO A SAMARA INVADIU O QUARTO! – grito de brincadeira.

Eu ainda estava fitando o teto durante nossa conversa inteira. E somente agora percebi que ela ainda está com o cabelo molhado sobre o rosto.

Ela ri um pouco e logo acabo rindo também. É um tanto engraçado vê-la tentando se livrar do cabelo todo sozinha. Até porque o cabelo dela vai até os pés quando tá solto!

– Ok, deixa que eu te ajudo. – falo pegando um pente e sentando ela na borda da minha cama de costas para mim.

Realmente não sei como alguém consegue ter tanto cabelo e principalmente cuidar dele sozinha.

– Então, vai se encontrar com o Gakupo depois? – Miku pergunta.

– Amanhã as 19:20, depois da aula. – digo.

– Ah... – ela diz com um sentimento que não entendi direito.

– Por que a pergunta? – pergunto para ela.

– Bem... – ela hesita um pouco – E se eu falasse que... Eu acho que estou gostando de alguém? – fala baixinho.

– Eu iria ficar feliz por você, com tanto que não seja o Gakupo né? – falo de brincadeira.

– Sei. – ela da uma risadinha fraca – E... Se eu falasse que é alguém próximo dele?

– Bem... – ia começar mais sou interrompida.

Logo conseguimos ouvir gritos vindos de um dos quartos e provavelmente todas da casa também.

– RETIRA O QUE DISSE SEU SHOTA! – ouço Rin gritar alto.

– Para de me chamar de shota que eu paro... BAIXINHA! – Len grita também.

E logo começa a baixaria. Eles estão gritando tão auto que acho que todo o internato já deve ter ouvido!

Eu e Miku saímos para ver o que está acontecendo e as outras têm a mesma ideia. Logo todas estão na porta vendo a Rin pendurada nas costas do Len que se debate pra tentar derruba-la.

Como sempre a Neru já está na frente de todas gravando no celular... Juro que ainda jogo o celular dela fora!

– Essa eu tenho que guardar para a posteridade! – começa a rir e sorri maliciosa.

Mas logo Gumi passa (com certo esforço) pela multidão e adentrando o quarto. Ela fica ao lado de Neru e começa a tentar chamar a atenção da loirinha.

– Riiiinnn... – cantarola mais Rin nem vira o rosto – Rin-chaaannn... – cantarola de novo com uma voz extremamente calma, mas logo começa... – RIN SUA LARANJINHA ENCAPETADA OLHA PRA MIM AGORA! – grita autoritária.

E com isso Rin e todas (incluindo eu) viram a atenção para a verdinha.

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– EI! Laranjinha encapetada!? Cê jura mesmo vadia!? – Rin reclama.

Porém antes que qualquer uma percebesse, ela já estava no chão. Len deve ter aproveitado para derruba-la. O que foi uma péssima ideia.

– Ora seu... – ela começa a dar vários tabefes no coitado.

– Rin! – Miku tenta segura-la mais acaba sendo derrubada no chão.

– Miku você está bem? – pergunto ajudando ela a se levantar.

– Sim...

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI!? – Matilde grita atrás de todas fazendo com que essas saiam da frente abrindo passagem.

Matilde é nossa supervisora há anos e nunca a vi gritar assim! Ferrou...

***

Após Matilde dar um pequeno sermão ela nos mandou para os quartos, ficando sozinha com os loirinhos.

– Eu nunca vi ela assim... – Miku fala sentando na cama novamente.

– Eu sei... Mas voltando a nossa conversa anterior, você está gostando de alguém próximo ao Gakupo? – pergunto enquanto começo a trançar o cabelo dela.

– Sim... – Miku.

– E quem é? – pergunto.

Silencio.

– Hum... Então acho que vou ter que adivinhar... – começo infantil – É o Yuma!

– O QUE? Não... – ela ri.

– Eu já sabia... Akaito? – pergunto só para provocar mesmo.

– Por que tem que ser dos encrenqueiros? – pergunta.

– Sei lá... Acho que se não for os encrenqueiros sobra poucos... É a Gumi? – falo rindo.

– O que? Não... – ela para por um tempo – Por que quer tanto saber?

– Boa pergunta... – paro para pensar – Porque eu ficaria com ciúme! – respondo fazendo biquinho mesmo sabendo que ela não deve ter visto.

– Ci-ciúme? – pergunta.

– Claro! Afinal você ficaria menos tempo comigo! –falo.

Ela passa um tempo em silencio como se pensasse no que dizer. Termino de fazer sua trança e ela vira para mim.

– Por que sentiria ciúme de mim? – Miku pergunta.

– E não é obvio? Porque você é minha melhor amiga! – digo sorrindo.

– Ah... – seu sorriso diminuí – É o Kaito!

Fala meio constrangida, mas podia jurar que sua voz estava um pouco mais seca que o normal.

– Agora entendi porque não era um encrenqueiro... – falo mais ela me interrompe.

– É né? – fala novamente seca – Bom, eu vou dormir um pouco. Você me chama para o jantar? – pergunta sem virar o rosto para mim.

– Chamo... – falo um pouco surpresa.

Então ela deita de costas para mim. Acho que nunca vi a Miku agir assim... É estranho.

Podia jurar que por trás daquela voz seca com que ela falou tinha outra coisa. Parecia uma pontada de... Decepção... Mais por quê?