All Hail the Queen

Hierarquia Labonair




" Mesmo que o céu cai, nos dois continuaremos de pé."
Codinome Angie


New Orleans—19:22 Pm
Hotel
Os olhos escuros do rapaz se fecharam pesadamente, o tédio o qual assolou seu corpo o fazia quase desejar uma briga entre algum hospede ou ate mesmo que Klaus resolvesse matar alguém, tudo por um pouco de emoção. Se Luna estivesse ali, provavelmente rolaria os olhos e o mandaria calar a boca, contudo a morena estava mais preocupada em cuidar do inconsequente Juan o qual apos se encantar pelos longos cabelos cor de fogo da bruxa vadia e como o bom cãozinho ele se aliou e agora exibe aquele anel ridículo o qual parecia brilhar a mensagem: Chihuahua de Bruxa.
Sentia vontade de gritar toda vez o qual via o irmão mais velho correr para debaixo da saia da vadia, estava tão cego o qual não conseguia perceber o que fazia. Balançou a cabeça negativamente e apoiou os braços no balcão de madeira estralando os dedos.
— Tobias. — A voz melodiosa de Holly o despertou. — Você não sabe o que eu acabei de descobrir.
Os olhos azuis brilhavam e o sorriso largo em seus lábios denunciava o conteúdo. Pelo menos a noticia parecia boa.
— Você sumiu o dia todo. — Observou erguendo os olhos e deixando um leve sorriso preencher seus lábios.
— Você já ouviu falar de Andrea Labonair? — Disparou eufórica. — Claro que não, ela foi adotada e agora se chama Hayley Marshall.
— O que? — Se afligiu.
— Eu sei que é confuso, mas o principal: eu tenho alguém. — Exclamou sorrindo. — Hayley esta aqui, ela é tudo que eu procurava e...
— Ei, calma. — Pediu erguendo as mãos. — Como você soube disso? Quem te contou?
— Foi a senhora, dona de uma livraria. — Explicou. — Ela falou algo sobre Licans e príncipes e bestas gigantescas, eu não sei não liguei muito para isso era só fantasia. Mas então a mulher me disse sobre a Hayley.
Tobias cerrou os pulsos escondidos pelo balcão e amaldiçoou aquela velha fofoqueira. Maldita sejam essas bruxas. Ele deveria vigiar os passos da loira de perto, com toda aquela inocência seria facilmente ludibriada por alguém mal intencionado, precisava a proteger, todavia não sabia como, era tão fraco quanto ela.
— Não de muito atenção ao que Margo fala, a idade esta bem avançada e ela adora contar sobre as lendas de Nova Orleans. — Afirmou nervoso abrindo um suave sorriso amarelo.— Mais você e Hayley não se parecem em nada, sabe?
— Eu sei, mas fui ate a prefeitura e pedi os registros. — Informou. — É ela, Tobias. Eu nunca tive ninguém além do meu pai, e saber que tenho alguém com o mesmo sangue que eu assim tão perto, é maravilhoso.
Seus olhos transbordavam tanta esperança e felicidade que Tobias se policiou por alguns instantes. Hayley era metida ate o pescoço com os Originais, principalmente com Niklaus e Elijah. E ele poderia ser jovem, no entanto não era cego, Klaus desenvolvia certo interesse por Holly, um interesse do qual não tinha ideia ate onde se estendia. E Holly com os Originais estava fora de cogitação.
— E você pretende falar com ela? — Questionou incerto.
— Claro. — Afirmou sorrindo. — Amanhã a noite depois do jantar eu vou falar com ela.
— Que jantar?
Holly abriu a boca e mordeu o lábio inferior um pouco sem graça.
— Hm, eu fui convidada para jantar na casa dos Mikaelson.— Contou movendo os ombros. — Klaus me convidou essa manhã
— O que? — Exclamou incrédulo. — Você não pode ir.
— E porque não?— Retrucou.
— Você mal o conhece. — Alertou.
— Hayley mora lá. — Explicou.
— Você poderia falar com ela outro dia, marcar um encontro.
— Tobias. — Censurou. — Ela é minha prima, minha família. Além de ser apenas um jantar.
Tobias se exaltou erguendo os braços dramaticamente enquanto a encarava incrédulo, como aquela fosse à coisa mais estupida a qual o mesmo já tivesse escutado. De fato era.
— Você esta se ouvindo? — Brigou.
— É só um jantar, Tobias. Nada de mais. — Reclamou aflita. — Klaus foi gentil me convidando. E eu não vejo mal algum em ir.
— Claro, porque você conhece muito bem Klaus Mikaelson. — Murmurou irritado pela burrice a qual a amiga cometia. — Holly, ele é um estranho.
— Pare de falar dessa forma comigo. — Se irritou. — Eu não tenho oito anos.
A coloração vermelha o qual se espalhava pelo rosto perfeito de Holly, deixou o garoto em alerta. Seus lábios formaram uma linha reta firme, a mulher parecia irritada mesmo ainda que sua voz continuasse branda e macia.
— Desculpe, mas ainda sim é loucura. — Contestou. — Você não assiste filme de terror?
— Tobias! Não diga besteiras. — Censurou fincando ainda mais vermelha. — Ela é minha prima e repito é só um jantar.
— Deus, você esta se ouvindo Holly? — Dramatizou se inclinando sobre o balcão de madeira. — Seu pai nunca te disse, que não se deve ficar na companhia de estranhos?
— Disse. — Retrucou cerrando os dentes. — Inclusive, ele adorava ressaltar de não falar com ele. Irônico não é mesmo.
— Não sou um estranho, sou seu amigo. — Comentou com a voz magoada.
Depois das palavras da garota a vermelhidão no rosto da jovem suavizo, sua expressão se tornou pesarosa e arrependida, havia magoado seu único amigo naquela cidade louca.
— Tobias, eu... me desculpe eu não.— Desculpou-se arrependida. — Eu não quis dizer isso, me desculpe...
— Você ainda vai a esse jantar? — Cortou o pedido de desculpas da amiga.
— Claro, seria descortês não comparecer. — Respondeu sorrindo suavemente, ainda que ainda estivesse um pouco envergonhada.
— Não se esqueça de avisar ao Klaus, que é descortês jantar a convidada. — Sussurrou dramaticamente revirando os olhos.
— O que disse? — Ela o questionou confusa.
— Eu disse que se você quiser, posso te fazer companhia. — Mentiu descaradamente.
— Acho melhor não, vocês não me parecem se dar bem. — Refletiu.
— Isso é verdade, Klaus não vai muito com a minha cara assim como todos os outros Mikaelson. — Falou debochado. — Culpa do Juan.
— Seu irmão?
— Como sabe? — Perguntou alarmado.
— Eu o encontrei ontem à noite depois da festa, ele foi gentil e me acompanhou ate o Hotel. — Explicou confusa.
— Holly você precisa me prometer que vai ficar o mais longe possível de Juan. — O garoto praticamente pulou o balcão agarrando os ombros da loira o qual arregalou os olhos. — Me prometa que se ele tentar se aproximar de você, vai me contar?
— Tobias, porque...
— Holly, meu irmão não é boa coisa. Não se engane pelas gentilezas.— Alertou.— Só fique longe, entendeu?!
Um pouco perplexa a mesma assentiu, observando os olhos aflitos do amigo o qual parecia ainda mais preocupado. No fundo Tobias se decidia em qual opção era pior: Juan se fingindo de bom samaritano ou Klaus se fazendo de bom moço.

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[...]

Boyol— 22:12 Pm
— Isso esta errado. — Cecilia murmurou.
— Jasmine não se importa. — Luna afirmou ao mesmo tom. — Genevieve esta envenenando ela, assim como fez com Juan.
— Pobre Margo. — Lamentou. — É nossa culpa, não deveríamos intervir, é o destino dela.
— Mesmo sendo uma bruxa, não acredito em destino. — Explicou baixando ainda mais seu tom de voz. — Não era o destino de Holly Labonair regressar a esta cidade, todos acreditavam que ela estava morta.
— Mas, eu não entendo. Já temos um primogênito.
— Hayley não é a primogênita Labonair. — Contou. — Holly, sim.
— Pelos deuses, ainda não acredito que eles a entregaram dessa forma.— Choramingou movendo as mãos. — Ela era só um bebe, o que demais ela pode ter feito para ser condenada dessa forma?
Luna abriu a boca, contudo nenhum som a deixou. Sabia tanto quanto Cecilia, o que um bebe teria feito de tão ruim? O que Genevieve ganharia com aquilo? Porque envolver Niklaus e ainda mentir para ele? Parece suicídio.
— Não faço ideia, irmã. — Murmurou. — Mas sei que não posso deixar isso acontecer, Genevieve não pode por as mãos na primogênita Labonair, seja lá o que for é nosso dever proteger Holly.
— Não podemos, ela nos mata se descobrir. — Exclamou o obvio.
— Me diga, você prefere morrer pelas mãos de Genevieve ou de Niklaus Mikaelson?
Cecilia soltou todo o ar de seus pulmões quando o nome do hibrido foi pronunciado, Genevieve poderia ser perversa e vingativa, todavia ela nunca se assemelharia ao que o Original poderia fazer a elas. Era difícil escolher um lado, quando ambos te levariam a loucura.
— Estaremos ao lado do Mikaelson? — Perguntou aflita agarrando a barra de seu vestido negro.
— Não, estaremos ao lado da Labonair. — Concluiu Luna. — Ela é quem precisa de nós, não vamos nos meter nos negócios de Genevieve com o Hibrido.
— Entendo.
— O foco neste momento é falar com a única pessoa que parece sã nesta cidade. — Afirmou olhando para todos os lados. — Tobias pode nos ajudar, ele é o mais próximo de Holly Labonair, e confio minha vida a ele.
A bruxa de lábios pintados se encostou no tronco retorcido, a agua esverdeada do pântano molhou seus dedos descobertos pela sandália, no fim Luna estava certa, elas precisavam proteger Holly ate que descobrissem o porque de tudo aquilo.
— Por hora seguimos o que Genevieve mandar. — Falou a jovem bruxa. — Vou ate o Hotel falar com Tobias, tenho certeza que ele não vai recusar nossa ajuda.


[...]

Hotel — 14:22 Pm (Dia seguinte)
— A bíblia Labonair é clara. Trés primogênitos formam o novo siclo. — Balbuciou.— Craig, Holly e Andrea Labonair.
— Alpha, Beta e Ômega. — Murmurou Luna. — Craig, o macho Alpha. Líder do crescentes. Holly, a fêmea Beta, a fiel seguidora do Alpha e por fim, Andrea, a fêmea Ômega, dependente e submissa.
— Isso esta dando um nó. — Tobias voltou a falar. — Você esta me dizendo que os três, seriam a nova geração de lideres dos lobos crescentes?
— Sim. — Disse a morena. — Os antigos lideres foram derrotados, os crescentes estão sem quem os liderar.
— Desculpa, mas Hayley não me parece nada submissa. — Debochou. — Ela ia liderar os Crescentes e os libertou da maldição. Seu comportamento, hierarquicamente falando foi de uma beta. Em uma alcateia quando o Alpha se ausenta, "o" ou "a" Beta assume a liderança.
— Isso não faz sentido. — Questionou a bruxa. — Holly é mais velha, ela seria a Beta não Hayley, a não ser que... Pelos Deuses.
Os olhos azuis de Luna se arregalaram e sua boca se escancarou, aquilo era impossível.
— O que foi? — Perguntou aflito. — Vamos Luna, você esta me assustando.
— Qual é o parentesco entre eles? — Ignorou. — Vamos Tobias, você conhece as historias Labonair melhor que ninguém.
— Bom, Holly e Hayley são primas em primeiro grau. Lisa e Brooke eram irmãs.— Explicou. — Craig era filho de Richard Labonair, se não me engano Richard era primo dos pais de Lisa e Brooke, filho caçula. Isso mesmo Richard era filho caçula, Craig foi seu único filho. O que isso tem haver?
— Craig seria primo em terceiro grau das duas. — Sussurrou consigo mesma. — Tobias é por isso que Genevieve quer Holly, ela não é a Beta. Holly Labonair é a fêmea Alpha.
— Mas isso a tornaria esposa do Craig. — O garoto arregalou os olhos aflito. — Ele seriam os lideres não só dos Crescentes e sim de todos os lobos do Boyol.
— Klaus não teria chance contra eles. — Acrescentou. — Se os três se voltarem contra o Mikaelson ele não teria direito algum sobre os lobos e não teria seus tão preciosos híbridos. Por isso ela permitiu que Hayley ficasse na cidade, de alguma forma ele sabe que ela é a Beta, quando Holly chegou à cidade ele viu a oportunidade perfeita em ter Beta e Alpha ao seu lado.
— E o Craig, onde ele entra nisso tudo? Nem sabemos se ele esta vivo.
— Eu posso perguntar a Genevieve onde Craig se encontra, talvez ela saiba. — Comentou. — Mas isso não explica o interesse dela em Holly.
— Se Klaus tem conhecimento sobre a Hierarquia dos Labonair, porque ele não atraiu Craig à cidade? — Argumentou Tobias.
Luna não tinha resposta para aquilo, Klaus precisava dos três. Os Alpha e a Beta, dois ele já tinha. Tobias encarava os olhos vagos da amiga esperando por qualquer resposta, aflito com a ideia de Holly correr ainda mais perigo o deixava inquieto. Em um pulo Luna levantou da poltrona onde estava sentada levando as mãos a boca, os olhos parcialmente arregalados e uma expressão assombrada.
— Klaus não quer Craig por perto. Nunca quis. — Explicou encarando o nada. — Craig é uma ameaça.
— O que você esta dizendo? — Questionou também se levantando e se aproximando da morena de olhos claros. — Luna?
— Klaus quer tomar o lugar como Macho Alpha, por isso ele não quer Craig na cidade. — Contou. — Com Craig por perto, Klaus nunca conseguiria liderar os Crescente e não teria seus híbridos. Niklaus é um gênio, com o sangue do bebe de Hayley ele vai transformar todos do Clã em híbridos.
— Sem Craig, Klaus não só te direitos sobre os Crescentes mais sobre Holly. — Concluiu. — Maldito, por isso ele esta tentando conquistar a confiança de Holly, ele precisa dela. Nesse momento Holly é a Alpha, tudo o que ela disser é lei.
Luna encarou Tobias por um longo tempo antes de se virar e sair do quarto, em sua cabeça mil possibilidades fervilhavam. Genevieve havia proposto algo ao hibrido, ela o enganou. A questão era, sobre o que Genevieve mentiu?

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[...]

New Orleans— 15:22 Pm
Centro
A loira caminhava apressadamente entre as pessoas, a pequena sacola em mãos, ora ou outra se chocando com as pernas de alguém. Holly já havia perdido as contas de quantas vezes já havia pedido desculpas.
— Eu sei Summer. — Respondeu. — Não diga besteiras, eu não vou dormir com ele.
— Se você diz, quem sou eu para descordar. — A voz risonha de Summer ecoou pelo auto falante do celular. — Me conta, sobre essa prima.
Holly rapidamente trocou o celular de mão o apoiando na orelha esquerda, colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorriu.
— Bom, eu ainda não a conheço direito. — Sorriu. — Contudo, me parece uma pessoa maravilhosa.
Todo mundo parece maravilhoso pra você, Holly. — Retrucou enciumada. — Se você topasse com o Hannibal, tenho certeza que o acharia um cavalheiro.
— Isso é ciumes, Srtª Delavois? — Brincou. — Não importa quantos parentes eu encontre, você sempre vai ser minha melhor amiga, muito, além disso, você sabe que somos irmãs não sabe?
Quase gêmeas. — Respondeu a outra loira. — Seu pai poderia me adotar assim eu me livrava da Tabita.
— Summer que horror, ela é sua irmã. — Censurou desviando de uma mulher o qual trazia duas crianças pela mão. — Não diga essas coisas, se continuar a reclamar eu peço para ele adotar a sua irmã e não você.
Me sinto traída. — Dramatizou. — Amiga, desculpa mais preciso ir. Prometi a minha mãe que faria o jantar. Te amo e se cuida.
— Tudo bem, te ligo quando chegar do jantar. — Confirmou. — Também te amo.
Depois me conta se o tal Klaus é bom de cama. — Dito isso ela desligou o celular.
Holly balançou a cabeça em negação, Summer era impossível. Rindo a menina ergueu a cabeça em tempo de desviar do poste de luz a sua frente, todavia com a manobra brusca a mesma esbarrou em um corpo maior que o dela. A primeira coisa a qual sentiu foi algo frio escorrer por entre seus seios e sua blusa se grudar ao sua barriga.
— Meu desculpa, você esta bem? — Se desculpou.
Pela voz Holly identificou se tratar de um homem, ergueu os olhos e encontrou um rapaz não muito mais velho que ela a encarando com seus olhos claros pequenos.
— Tudo bem. — Respondeu extasiada.
— Acho que te devo uma blusa nova. — Brincou.
O homem o qual a garota não tinha ideia de como se chamava, abriu um belo sorriso, mostrando uma fileira de dentes brancos perfeitos. Os olhos azuis bonitos e a barba por fazer, davam a si uma beleza rustica e encantadora.
— Não foi nada. — Disse fazendo um gesto de dispensa com a mão direita. — Eu que te surpreendi, desviei de um poste e acertei você.
O rapaz continuava a sorrir em sua direção, o que há deixou um pouco desconcertada, um pouco acanhada Holly retribuiu o sorriso. A loira — mesmo se quisesse e Holly não queria — desviou seus olhos dos dele, aquela tonalidade de castanho era tão linda e os mesmo pareciam brilhar, um arrepio subiu por sua pele eriçando todos os seus pêlos de seu corpo. Por um momento ambos deixaram seus sorrisos morrerem, uma expressão seria e concentrada se apossou de seus traços jovens.
Holly não o conhecia, porém, a vontade de tocar sua pele, deixou a ponta de seus dedos formigando, o seu coração falhou uma única batida e logo em seguida acelerou. Toda aquela adrenalina correndo em suas veias. Holly quase conseguia sentir a textura de sua pele em contato com a sua, aquelas sensações eram tão primitivas e descontroladas o qual afogaram Holly em seu subconsciente.
— Sorte sua, melhor uma camisa manchada do que um nariz sangrando. — Brincou ainda a encarando nos olhos.
— Acho que te devo um refrigerante. — Suspirou. — Já que eu tomei banho com o seu.
— Na verdade você me deve um suco. — Explicou.
Holly sorriu largamente e assentiu com os olhos brilhantes. Com a mão direita ela abriu a bolsa e finalmente guardou o celular, olhou o estrago em sua blusa e com a mesma mão torceu a ponta do tecido, enxergando o liquido amarelo gotejar no chão.
— Maracujá faz bem para pele. — Brincou.
— Toma, acho melhor colocar isso, esta começando a ficar transparente. — Aconselhou entregando a camisa Jeans de botões ficando de camiseta branca.
Holly pensou em negar, porém o homem tinha razão. Com um aceno a garota aceitou a blusa a apanhando com a mão limpa, mas quando seus dedos se trocaram um choque ainda mais forte percorreu seus músculos, automaticamente ela sentiu sua respiração ofegar e direcionando seus olhos topázio para o rapaz desconhecido percebendo que ele também havia sentido. Aquela mesma vontade voltou com ainda mais força, aquele simples toque de mãos não parecia o suficiente, a menina precisava de mais.
— Alias, me chamo Holly. — Ofegou sentindo suas bochechas corarem.
— É um prazer, Holly. — Disse serio gostando da forma suave de seu toque. — Sou Craig.