Sem nome...

Acordo com Peeta fazendo carinho em meu rosto, viro minha cara para ele e digo:

– Bom dia meu amor! - Digo com a minha voz ainda carregada de sono

– Bom dia! - Ele fala com uma voz rouca que me deixa louca e a cara ainda toda amassada

– Planos para hoje? - Ele pergunta

– Macarrão, pão e nutella! - Digo já começando a salivar

– Nossa, acho que esse foi o pior, ein! - Ele fala e faz cara de nojo já se levantando da cama. - Vou comprar o pão!

– Te amo! - Digo carinhosa

– Também te amo! - Ele fala depositando um beijo em meus lábios e outro em minha barriga.

Ele se direciona ao banheiro e eu fico admirando-o pela fresta da porta, ele é a única pessoa que eu escolheria para passar o resto de minha vida, um dos únicos que valem a pena.

Fico um bom tempo acariciando minha barriga e conversando com minha menina, um desespero bate, e se eu não for capaz disso tudo? E se eu não for capaz de ser mãe? Tudo o que eu mais desejo é poder dar carinho, atenção e o amor que ela mereçe, ela não escolheu nascer, por um erro nosso ela se tornou realidade, não seria justo eu não conseguir cuidar dela, ela é apenas um bebê, que em poucos meses estará no meu colo pedindo por carinho e atenção, eu eu vou ter que dar, é minha obrigação!Por isso vou fazer de tudo para me tornar uma pessoa melhor á partir de agora, assim vou errar pouco, e ser a melhor mãe que essa criança poderia ter.

Gravei tudo em minha mente, vou seguir todos os conselhos médicos, tudo que li e tudo que vivi, para assim ser o porto seguro dela, errei muito durante cinco meses, mas agora esses quatro restantes serão de mudanças!

Começo pela minha alimentação, deixei o desejo de lado e sigo com a dieta que o médico me receitou, durante o dia tomei todas as vitaminas sem Mags precisar ficar me lembrando, preciso de responsabilidade, não posso mas depender dos outros. Como o médico havia me alertado, estou á cima do peso, e decido sair para caminhar, algo leve que não prejudique nem a mim nem á minha filha.

Enquanto caminho sinto os olhares de todos caírem sobre mim, todos com aquelas caras de espanto ao visualizarem minha barriga, todos comentando com a pessoa do lado coisas do tipo: Olha, nem sabe cuidar de si própria, imagina de um bebê. Realmente, eles não possuem sua própria vida? Ficam cuidando da minha sendo que nem me conhecem! Resolvo ignorar e me mater o mais calma possível, estress não iria ajudar em nada.

Como se já não bastase, me deparo com Gale e seus amigos na praia, creio que ele não me viu, graças á Deus, se ele descobre dessa gravidez iria dar a louca. Não entendo essa sua possessão com ex- namoradas, chega a ser rídiculo!

Decido passar no shopping e ver algumas mobilias para o quarto da minha bebê, não compro nada pois eu e Peeta decidimos ver tudo juntos, é ótimo ter ele ao meu lado para resolver tudo.

Chego em casa e quase tenho um infarto, me deparo com Peeta estapeando Gale no meio da sala. Fico imóvel, sem ideia do que fazer.