Você atingiu minha alma

Capítulo Dezenove


Ela era a mulher mais bonita de todas as outras que estavam naquele salão. Elegante, perfumada e cada vez mais harmoniosa em suas curvas fartas pelo aumento de peso que a gravidez provocava. Poderia permanecer admirando aquele conjunto por horas e dias a fio e sempre iria descobrir algum traço encantador naquela criatura feroz.

Vasco sente que seus olhos não poderiam ser presenteados por algo mais sublime do que a visão de Regina dentro daquele vestido vermelho, como se fosse uma armadura protegendo o aquele ventre arredondado. Inspira profundamente, suspirando apaixonado.

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– Talvez seja melhor você começar a respirar, companheiro. Está ficando roxo! – Killian fala e tira Vasco do devaneio. – Seja mais discreto ou as pessoas vão ficar assustadas com você.

– Por que assustadas?

Killian sorri malicioso.

– Você está com aquele olhar de lobo faminto, outra vez. Regina não irá fugir de você, portanto, não precisa acompanhar cada movimento que ela faz. Ela não é sua presa.

– Estou sendo indiscreto?

– Um tanto veemente, eu diria.

– Tenho receio de que ela se sinta mal, precise de algo ou...

Killian bate de leve no ombro do rapaz e sorri.

– Ela está bem, saudável e muito bonita, companheiro. O amor é capaz de muitos milagres, como conseguir deixar Regina ainda mais bela.

Vasco volta seus olhos para a prefeita e a encontra recepcionando mais alguns convidados para o jantar. Não se cansava de olhar aquela preciosidade que a vida havia lhe dado de presente. Era o seu motivo para usar suas habilidades de cavaleiro em sua armadura reluzente.

– Ela vai ficar bem, companheiro, mas poderá sentir-se insegura com essa vigilância.

Ao longe, Regina ajeita o colar que estava incomodando tanto naquela noite. Tudo parecia aquecer seu corpo e não se sentia confortável dentro daquela roupa. Naquele momento, tudo o que desejava era estar numa banheira com muita espuma e com seu belo marido. Olha-o conversando com o pirata e não consegue conter o sorriso de encantamento com aquela figura que havia saído do fundo de seus desejos e sonhos.

– Onde está Henry? Ele vai atrasar-se para o próprio aniversário? – Mary aproxima-se de Regina e entrega-lhe um copo com suco. – Está com sede?

– Estou me sentindo sufocada dentro deste vestido. Sinto que vou explodir a qualquer momento.

– Você está linda, Regina! Pare de reclamações!

– Estou gorda, redonda, com bochechas enormes e pés inchados! Sou um tomate gigante e meu sorriso parece com o Gato Risonho da Alice!

Mary sorri e emite alguns muxoxos.

– Eu deveria ter calçado a caixa dos sapatos, porque estes daqui estão...- Regina geme e leva a mão à barriga. Fica ofegante e olha para Mary com os olhos arregalados. Sorri amplamente. – Eu tenho a sensação de que...

Antes que ela pudesse contrair-se outra vez, pela nova onda de dor, já sente os braços de Vasco em torno de seus ombros e de sua barriga. Ele a conduz para fora do salão, sob os olhares felizes e preocupados dos convidados.

Era madrugada, quando Regina percebe a movimentação fora do quarto e depois vê uam enfermeira entrar, carregando um pequeno embrulho protegido junto ao peito. Ela sorri e estende os braços, numa ordem muda para confirmar com seus olhos, o resultado do amor que sentia e que provocava.

– Mas ela é linda! – Regina aconchega o bebê junto aos seios e observa aquele rostinho ainda amassado pelos tantos e tantos dias guardado dentro de sua barriga. – Ela é tão pequenina!

Vasco vem logo em seguida, carregando rosas vermelhas que são colocadas num vaso ao lado da cama. Depois ele se aproxima da esposa e a envolve com um abraço apaixonado e protetor. Eram seus dois amores, as duas mulheres de sua vida e suas razões de viver.

– Ela é linda porque tem a mais linda mãe, que alguém pode querer. Ela é a nossa filha, Regina! O fruto do verdadeiro amor!

Regina chora emocionada. Beija os lábios do marido e sorri em meio às lágrimas.

– Como iremos chamá-la? – ela pergunta inclinando-se para tocar a criança com os lábios. – Ela é tão doce e tão rosada! Eu gosto de Alda. Era o nome de uma heroína em um romance que li.

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– Terá o nome que você mais apreciar, meu amor.

– Há algum nome que o atraia?

Ele sorri amplamente e faz o coração de Regina acelerar-se. Ele não tinha consciência do que aquele sorriso provocava.

– O único nome que me atrai é: Regina.

Ambos trocam um beijo apaixonado, antes da enfermeira entrar no quarto e levar a pequenina para o berçário, deixando o casal a sós. Regina é aconchegada no espaço entre os braços de Vasco. Era seu local preferido.

– Obrigada pelas rosas vermelhas. São as minhas preferidas!

– Em cada uma delas há um beijo meu. Coloquei nelas o meu amor, um amor que nasceu por você. Espero que seja assim por toda nossa vida e aos Céus mais nada pedirei. – ele se aproxima e beija os cílios molhados da esposa. – Minha deusa na Terra nascida. A esposa com quem eu sonhei.

– Por alguns instantes, eu duvidei que isso poderia ser real...

Vasco impede Regina de continuar, usando seus lábios para oferecer um beijo longo e nada casto.

– Quero que procure descansar, amor meu. – ele beija a testa dela. – Obrigado por ter me dado a minha vida, por entrar em minha vida e por complementar a minha vida com a nossa filha, Regina! Obrigado por existir para mim!

– Amo você, meu cavaleiro existente!

– Amo você, minha rainha! Minha devoção, meus sentimentos e minha existência são para você e para a filha que colocou em meus braços. – outro beijo é dado nos lábios de Regina. – Agora, procure dormir, minha luz.

Regina fecha os olhos e confia naquele que iria velar o seu sono. Tinha a mais absoluta certeza de que ele estaria ali, ao seu lado, quando despertasse e que estaria por muitos e muitos despertares em sua atribulada vida.

Finalmente, ela havia coseguido. Sem a interferência de um autor ou algum desconhecido, o seu final feliz estava escrito. Talvez não naquele livro de contos de fadas, mas em seu próprio volume do Era Uma Vez...

FIM

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.