Vinte Sete - parte 1

Vinte Sete

Jasper encostou o jipe em uma alameda calada, á algumas quadras da escola.

- E então. – ele olhou para Alice – onde estávamos?

- Bem... eu havia... hm... – ela engasgou e corou.

- Alie... – ele sussurrou e passou a mão nos seus cabelos. – É Jacob? Sou eu? O que é? O que há com nós dois?

- Jazz... – ela olhou profundamente dentro daqueles olhos e se perdeu por um minuto – eu... eu... não sei. – admitiu, em fim.

- É o cargo que você ganhou na escola? É a sua reputação que está em jogo? – ele a olhou com interrogação no olhar.

- NÃO! – ela disse, de um modo negativo – Não tem nada haver com minha reputação, nem com a sua. Nem com nada parecido, Jazz.

- E o que é então?

- O que Carlisle e Esme diriam? – ela disse enfim. Com lágrima nos olhos – eles nunca permitiriam nada, Jazz. Sabe disso.

- Vivi por Carlisle á muito tempo. Não ligo pra nada que ele pense, nada que ele faça tem algum efeito sobre mim. – ele disse com a mandíbula cerrada.

- Não quero que brigue mais com seu pai, por minha causa. – Alice, desviou o olhar do rosto de Jazz.

- Eu e Carlisle NUNCA vamos nos acertar, se depender de mim. Eu faço qualquer coisa, Alice... qualquer coisa. Vou embora de casa, e acho um emprego se precisar. Faço qualquer coisa mas... – ele se censurou.

- Não quero que fique longe. – ela disse enfim.

- Alie... eu não entendo você. Juro que não entendo. – Jasper tirou a mão do rosto de Alice e fitou sua frente.

- Na verdade – ela mordeu seu lábio – nem eu me entendo. Você sabe...

- Eu sei que gosta de mim – ele arfou com uma expressão machucada – e sei que gosto de você. Qual a dificuldade?

- Você é meu meio irmão. Essa é a dificuldade. – ela comprimiu os lábios.

- Mas não temos nada em nosso sangue que comprove isso. – Jazz sorriu zombeteiro.

- Jazz... – Alice começou a falar mas suas palavras foram impedidas pelos lábios sedentos de Jasper. Que a emolduraram e a deixou onde sempre quisera estar. Em seu lugar feliz, pensou ela.

E eles se beijaram enfim. Nada mais haverá acontecido entre os dois, desde o dia no apartamento. Nada. Apenas um carinho incondicional, um pelo outro...