Jacob recobrou a consciência da lembrança. Mas sentiu o peito arfar como se acabasse de passar a mesma situação. Ele fitava Alice remexendo as fotos de cabine fotográfica e cheirava os ramos de lavanda seca.

A lágrima de emoção que escorria do rosto da pequena menina, fez com que Jacob fosse arrastado á uma nova lembrança...

Jacob ultimamente, não visitava Alice com a mesma freqüência. Ela SEMPRE estava com James. Não que fosse apenas seu ciúme gritando dentro de si. James não iria dar bola para uma garota como Alice – uma novata. Ele conhecia o veterano, faziam parte do time de futebol da escola. Ele não gostava de Alice – e isso ficava cada vez mais claro na mente de Jacob. Ele estava sentado nas escadas da entrada de sua casa, quando seu celular vibrou – mensagem de Alice.

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“Alerta vermelho. Preciso ver você. Estou no clubinho. Alice...”

Ele leu, e sentiu um forte calafrio em suas costas. Sim. Agora ele tinha certeza. Algo estava definitivamente ERRADO. Caminhou até a parte de trás de sua casa, e jogou-se em cima de sua bicicleta. Algo nas palavras de Alice... parecia tremendamente tristes. Ele a conhecia o bastante para dizer isso sobre ela. Ele a amava... mais que qualquer garota que chegara perto dele algum dia.

Seus pés giravam em um ritmo desconcertante... até os pneus da bicicleta girarem até o bosque do grande carvalho. Escalou agilmente as escadas, e escutou soluços. Isso o fez acelerar mais.

- Alie? – ele perguntou empurrando a porta com força demais. Ele avistou sua linda garota ali. Destruída, com olhos inchados e vermelhos, lágrimas escorrendo por toda a extensão de seu delicado rosto. – Mas o que houve? – ele se abaixou e encontrou os olhos perdidos dela.

- Jake... – foi um silvo de palavra apenas. Nenhum som parecia ter se originado em suas cordas vocais. – Você está aqui... – ela sorriu com os lábios que tremelicavam.

- Sempre vou estar. – ele garantiu, e sentiu uma lágrima escorrendo de seus olhos. – Foi ele, não foi? – perguntou travando a mandíbula, e enfurecendo os olhos. Ela assentiu e soluçou mais.

- Ele... ele... – ela gaguejou – ele estava apenas encenando! – ela sibilou, com sua voz chocada.

- Estou aqui agora... – Ele a abraçou e a envolveu com os braços. Levantou-a e guiou até uma cama com colchão velho e cheio de ácaros. – Sempre vou estar aqui pra erguer você. – ele sibilou enquanto a deitava.

- Sou tão estúpida! – ela soluçou.

- Não... você é a garota mais delicada, perfeita, amiga, linda e simpática do mundo. Ele é um idiota por não saber aproveitar isso. – respondi afagando seu rosto vermelho.

- Você vai ficar aqui comigo? – ela perguntou soluçando, parecia estar bocejando.

- Até que me expulse daqui... – ele respondeu sorrindo.

- Obrigada... – ela sibilou novamente, e fechou os olhos. E foi aí que o estômago de Jacob acelerou-se e seu peito palpitou forte. Ele queria dizer. Ela precisava, e ele podia dizer...

- Eu amo você, Alice Brandon. Para sempre. – ele ronronou. Mas não teve certeza que Alice o ouviu. Pois sua respiração estava regular, seus olhos fechados e seu peito se restaurando a cada minuto.

- Jake? – perguntou Alice, deitando-se no velho colchão – Está na lua?

- Ah... quase lá! – ele riu.

- Vem... – ela se deitou na cama velha, que guinchou alto. – Como nos velhos tempos...?

Ele a seguiu e os deitaram lado a lado, avistando o céu pintado de preto com pingos prateados. O céu.

- Lembra-se quando eu fugi de casa... – Alice afiou sonhadoramente.

- Eu tive que fugir também... – arfou Jacob abafando uma risada. – Eu e você fugimos por uma noite e nossos pais até hoje nem suspeitam que fugimos... – ele gargalhou.

- Mas foi divertido. Admita. – Alice, fez cócegas no tronco torneado de Jake. Ela não se acostumava com seu tamanho excessivo. Lembrava-se apenas de um garoto vara-pau, sem músculos e cheio de altura – e de algumas formas, chegava a ser desequilibrado.

Alice e Jacob, passaram horas ali. Deitados meio que abraçados, lembrando de sua infância – quando tudo parecia mais fácil. Quando as brincadeiras eram a única coisa que importava, e nada mais que isso. Que pareciam não perceber que a vida passava, e um dia eles cresceriam e assumiriam posições complicadas na sociedade.

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A noite caiu pela janelinha de vidros quebrados, e eles perceberam que era muito tarde. Que Esme e Carlisle sairiam para a lua-de-mel a seguir.

Saíram correndo pela penumbra da noite, até a mansão dos Brandon Swan.