Mistérios da Meia-Noite

Capítulo XXI: Eu te amo


Luísa e Maurício chegam a cabana e Vovô os recebe gentilmente com um delicioso jantar. Não, não era sopa de formigas! Era um delicioso frango assado que ele mesmo tratou de fazer. Todos se fartaram com a bela refeição preparada pelo velho e depois foi cada um para o seu canto. Vovô, como sempre, trancou-se no laboratório. Já o nosso casal foi para o lado de fora da casa observar o céu estrelado e a lua nova.

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– A noite está tão bonita. - comentou Luísa observando as estrelas.

– Não tão bela quanto você. - disse Maurício a dando um beijo na testa. - Estou tão feliz que esteja aqui, Lu...

A menina não disse nada. Seu rosto corou por um instante, mas seu rosto tinha uma expressão preocupada, talvez um pouco chateada.

– O que foi? Não está feliz?

– Mau... - disse Luísa séria. - O que aconteceu com o seu rosto?

– ...

– Por favor, me conta... Ou pelo menos me deixa ver...

O olhar de Maurício se entristeceu.

– Você quer mesmo ver?

– Quero...

– Não vá se assustar...

O homem respirou fundo e retirou a máscara devagar. A metade da pele de Maurício estava deformada, a pele totalmente enrugada e desnivelada.

– O-O que aconteceu? - perguntou Luísa um pouco assustada.

– Isso é o que a prata faz com um lobisomem... - os olhos de Maurício se encheram de lágrimas.

– Foi o caçador? Ele te achou?

– Não...

– Então...?

– Foi o Vovô. - respondeu Maurício respirando fundo para não chorar.

– O QUE?

– Ele fez isso porque te deixei entrar no laboratório...

– M-Mas você não deixou, eu entrei sozinha!

– Mas eu falei demais...

– Mau... - disse a menina o abraçando com força.

– Eu sou um monstro, Luísa. Vou entender se não quiser ficar perto de mim...

– Mau, você não é um monstro. - disse Luísa fazendo carinho em Maurício ainda agarrada a ele. - Você é o homem de coração mais puro que eu conheço...

– Não sabe o que diz.

– Não sei? - ela o soltou e deu um sorriso. - Você acha que eu teria reencarnado aqui se você fosse uma pessoa ruim, depois de tudo o que aconteceu?

Maurício lembrou-se da cena da fera atacando Rosa, lembrando-se de toda a dor que sentiu quando soube que assassinou a mulher que amava.

– Eu te amo, Maurício, seu bobo. - disse sorrindo de orelha a orelha. - E não vai ser algumas queimaduras que vão mudar isso.

O homem não disse nada. Apenas ficou parado olhando Luísa nos olhos como se estivesse perdido no tempo. De repente os lábios foram se aproximando devagar e um beijo se iniciou. O mundo parecia ter desaparecido para os dois e a única coisa que importava naquele momento era o sentimento puro que sentiam um pelo outro, um sentimento que vinha de outra vida.