True Love

Ainda há Esperança


Pov Zach

Meu pai está ao meu lado, vejo as olheiras que se formam, ele não dorme a dias, desde que Aidan sumiu, recebemos várias ligações, a maioria era para mandarmos dinheiro ou algo do tipo, eles confirmaram que Aidan estava vivo e falei com ele por alguns segundos, as suas únicas palavras foram “Eu te amo, penso muito em você” e o celular foi desligado. Naquela hora senti meu coração bater mais forte, eu estava certo, Aidan não estava, onde quer que esteja ele ainda pensava em mim.

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– Vamos agora – O policial a minha frente afirmou – Não temos tempo a perder – Ele disse pensativo, era o pai de Harry.

Entro no carro devagar, meu pai me olha pelo retrovisor e sorri. Passo o dedo pelo anel em meu dedo e me lembro da forma carinhosa com Aidan o colocou, o jeito que disse eu te amo, o jeito que seus olhos escuros brilharam. O carro acelera e me lembro de quando Aidan o dirigiu, calmo, paciente, atencioso, a forma que ele se portava, era engraçado, tudo, sem exceções, tudo me lembrava dele. Será que tudo me lembraria a ele? E a resposta surgiu em minha cabeça rapidamente. “Sim, Claro que sim”.

Hazel me olha e sorri, viro o rosto e me encosto na janela.

– Ei – A menina diz baixinho, para nosso pai não escutar – Me desculpe.

Fiquei calado, era o melhor que podia fazer, eu não podia brigar mais uma vez, meus nervos estavam tão à flor da pele que eu sentia que a qualquer hora poderia explodir.

– Por favor – Ela segura minhas mãos, puxo as minhas a deixando triste.

– Pai – Digo e vejo seus olhos se encontrarem aos meus pelo retrovisor – Onde está Heloise?

– Está na casa de uma amiga – Ele diz sorrindo – Ela não estava se sentindo bem, então pedi a Clary para cuidar dela.

– Ah tá, Clary – Repito o nome da menina e me lembro do natal passado, quando ela me agarrou na frente de todos, e eu nem gostava dela.

– Pai – Hazel diz com uma voz triste – Zach está chateado comigo – Ela diz e coloco o fone no ouvido, a música começa a tocar e me lembro que aquela música da Ellie Goulding era a preferida de Aidan, Burn – Eu sei que fui uma idiota, eu devia ter contado a ele, só não queria que ele se machucasse.

– Seu irmão não está bem, Hazel – Meu pai diz baixinho e consigo escutar mesmo com a música no último volume – Ele está sofrendo, Aidan era o chão dele e de repente ele o perdeu, você não devia pressioná-lo assim, ele irá te perdoar, ele só precisa de tempo, é muita coisa para cabeça dele.

– Tudo bem – Hazel diz passando as mãos na calça jeans escura, a blusa verde combinava com os seus olhos e a flor colocada em seu cabelo a deixava sensacional, qualquer garoto a desejaria, Hazel é linda, e ela sabe disso – Darei tempo a ele.

– Obrigado – Meu pai diz sorrindo e me olhando com um olhar que dizia “Perdoe ela”, ele me olhava com um olhar tão triste que não pensei em negar, apenas assenti com a cabeça e fiquei quieto no meu canto.

Ao chegar a grande estrada de terra andamos por cerca de 30 minutos, o chão com muitos buracos dificultou a nossa ida ao local, chegamos perto de um galpão, algumas letras estavam pintadas na fachada do local. FKM.

– FKM? – Olho para meu pai em busca de respostas.

– Fábricas Kutcher e Maddison – Ele diz me encarando e seguindo alguns policias – Elas eram dos pais de David, o avô de David era o homem mais rico da cidade, mas quando entregou o seu posto ao filho, ele destruí tudo o que tinha.

Olho para algumas marcas no chão, alguma coisa pesada fora arrastada por ali, alguns policiais pararam para conferir, pelo que parece as marcas tinham sido feitas a pouco tempo. Entramos no galpão escuro e meu coração acelerou, eu veria Aidan. Um dos policias apertou alguns botões no interruptor e as luzes foram ligadas. O local estava vazia, o cheiro e produto de limpeza era forte, mas por trás disso eu conseguia sentir um cheiro forte de sangue.

– Eles não estiveram aqui – Um policial baixo e gordo nos olha, os olhos escuros nos encaram.

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– Será que você não está sentindo o cheiro de sangue – Digo irritado – Será que não viram aquelas marcas lá fora, alguém os avisaram que viríamos, suponho que algum dos seus policias estejam trabalhando para eles. Vocês não servem para nada.

– Zach – Meu pai me olha assustado e percebo o quanto foi idiota tudo quilo que eu disse.

– Trabalho encerrado – O homem diz e consigo ver um pequeno objeto brilhando no chão.

– Ainda não – Digo e vejo o homem me lançando um olhar raivoso.

– O que é isso? – Meu pai pergunta enquanto pego o pequeno anel em minha mão, lágrimas me vem aos olhos e pico várias vezes para evita-las, mas não adianta.

– Seu anel – Digo colocando em frente ao rosto do policial.

– O que é isso? – O homem pergunta me olhando com um olhar de ódio, alguma coisa nele me fazia suspeitar, ele tem algo estranho e se Aidan tivesse aqui diria o mesmo.

– É o anel que dei a ele – Digo sorrindo e colocando ele me meu dedo, mais uma parte de Zach voltara para mim – Agora ficou satisfeito, será que agora pode levantar o traseiro dessa cadeira e conversar com seus amigos de trabalho, súditos, a merda que seja. Será que agora poderia encontrar quem abriu o bico e contou tudo a eles. Será que tem competência para isso? – Digo irritado e por cima do ombro do policial vejo meu pai sorrindo, alguns policiais à nossa volta se seguravam para não sorrir.

Sai com a cabeça e me considerei vitorioso. A partir de agora juntarei todas as minhas procurar Aidan, o grande amor da minha vida.

**************

POV Aidan

Sinto meu corpo se bater contra uma coisa gelada e a luz entra na grande caixa, vários olhos me encaram, tento me acostumar com a claridade do local, estamos em outro galpão, mas esse é cheio de janelas, vejo um pequeno banheiro e algumas prateleiras.

Alguém me amarra a uma cadeira e aperta as cordas nas minhas mãos, sinto um liquido escorrer por ela e imagino o sangue fazendo pequenos caminhos até a ponta dos meus dedos. Escuto uma voz do outro lado do telefone e meus olhos se enchem de lágrimas.

– Eu dou o que quiserem – Meu pai diz e posso sentir o medo a inquietação em seu tom de voz.

– Isso não trará meu pai de volta – O menino grita e dou um pulo da cadeira, a garota ao meu lado entrega um pequena alicate e outro garoto segura minhas mãos, David solta o telefone e pede para o homem mais velho o segura.

– Não – Grito e escuto o meu pai me gritando do outro lado, David colocou o alicate perto de minhas unhas, me preparo e me apoio que é segurada por uma garota mais ou menos da minha idade.

– O que acha de ver seu filho sem as unhas? – David aperta o objeto contra meu dedo, preparo meus pés, me balanço na cadeira e chuto a sua barriga, fazendo o cair. Ele respira com dificuldade.

– Pai – Grito e o alicate atinge meu rosto o cortando, posso sentir o sangue escorrendo por minha bochecha e caindo na minha calça jeans.

– Seu Desgraçado – O menino grita várias vezes e acerta diversos murros em minha barriga e por fim acerta novamente o alicate no outro lado do rosto, as minhas bochechas ardem, me sinto fraco, estou sem comida a uma semana, se continuar assim morrerei de fome.

– Aidan – A voz do outro lado me traz um pouco de esperança, é Zach.

– Zach – Digo e minhas vistas escurecem.

– Eu te amo – O menino diz – Estamos indo até você, o encontraremos o mais rápido possível.

– Eu também – Digo e caio da cadeira.