Only Dreamers

Weird – Glimmer


Clove risca os palitos e os joga nos cadáveres enquanto todos ficam apenas olhando. Ela dá uma risada insana e malévola e continua até não sobrar nada além de alguns punhados de cinzas.

– Falem alguma coisa agora! Eu vou pensar que estão fazendo uma cerimônia de um minuto de silêncio! – grita Clove, mas ninguém fala nada. Eu não me atrevo.

– Está na hora do jantar – informa Finch, tentando mudar de assunto. Ela vai pulando para a direção daquele computador. Então ela digita algumas coisas e aparece uma lista completa com suprimentos. – Acham interessante comermos fast–food depois de duas semanas na arena? – como as pessoas estão em silêncio, ela dá de ombros. Olhando para os lados eu percebo que tem gente chorando.

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Caminho para a direção da mesa enorme no outro cômodo. Tem uma espécie de banquete ali, só que com fast–food e refrigerante. Finch provavelmente pediu as pizzas que ela gosta, mas tem muita variedade aqui. Parece até uma das mesas cheias de comida da Capital. Eu até sinto saudades...

– A gente poderia fazer sucos com gelo seco. Mas acredito que seria abuso do sistema do computador. Você quer um carro novo? – Finch não consegue parar de falar por mais de um minuto. – Eu posso até digitar o código do dinheiro e apareceria dois bilhões de dólares em notas de cem. Esse é mesmo o “céu”!

Então começa um burburinho à medida que todos se sentam na mesa. Todos conversam como se fossem amigos, alguns até brigam, mas nada muito relevante. Me sento ao lado de Cato e Marvel e me sirvo.

– O que está achando dessa casa? – pergunto desconfiada. – Parece um pouco suspeito. Acabamos de morrer.

– Para mim não importa, uma vez que tenha uma espada do meu lado – Cato fala de boca cheia, devorando tudo.

Achei o comentário dele um pouco evasivo, mas não dou importância. Pego um pedaço de pizza e mastigo todo esse queijo depois de vários dias comendo carne seca e frutas.

– Quer um refrigerante? – pergunta Marvel no meu ouvido, mas eu o ouço com dificuldade porque todos estão gritando em conversas paralelas.

– Não. Estou achando isso tudo muito...

Então ouvimos um barulho vindo da sala, e um clarão mais forte que o sol invade o recinto, iluminando toda a mesa. Uma pessoa está aqui...