November

Capítulo Único


A chuva pingava e castigava. Revoltosa, inquieta e indomável. Lembrava-me fortemente sua personalidade espinhenta, November. Lembrava seu cheiro fresco, que se impregnou pela minha sala – Pela minha própria vida! – e não quis mais sair. Sem pedir licença, sem pedir perdão, sem ter o mínimo de educação.

És como água, November. Como essa chuva tempestuosa. Parecias tão maleável em meus olhos, assim que pus a vista em seu pequeno ser. Entraste em minhas estruturas, derrubando minhas bases, revolta-me com intensidade. Gostas de transbordar, gostas de afogar. Afogar-me com seu olhar – Parecia-me tão inocente quando a vi – conseguiste. Gostas de mudar, de aniquilar, de transformar.

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És como água, menina!

Bebo de ti, embriago-me. Tu me estragas, menina. Me mata, ao mesmo tempo em que não vivo sem um gole de seus lábios.

Deixaste-me assim, em um deserto sem ti, vivendo apenas de minhas lágrimas. Pegaste meu coração, ficaste com ele, com minha metade, me quis inteiro e não me devolveu.

November

Dos cabelos cor de ouro

Dos olhos escuros

Do sorriso vadio

November

Dos seios pequenos

Da cintura fina

Dos traços delicados

November!

Gloriosa menina

De sorriso vadio

De sorriso vazio

November

‘’Porque ela é como uma chuva de novembro. Não dura para sempre.’’

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.