Your mouth, so hot
Your web, I'm caught
Your skin, so wet
Black lace, on sweat

I hear you calling and it's needles and pins (and pins)
I wanna hurt you just to hear you screaming my name
Don't wanna touch you, but you're under my skin (deep in)
I wanna kiss you but your lips are venomous poison
You're poison running through my veins

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Entre os guardiões nos temos uma regra: Não se envolva romanticamente com seu guardado.

Mas sempre que eu o via, eu queria loucamente quebra-la. Não foi diferente quando ele saiu pela porta naquela manhã, os cabelos castanhos estavam molhados e pingando, os olhos verdes vermelhos de sono.

– Bom dia! – Ele falou parando em frente a mim, na arvore onde eu estava encostada. – Dormiu bem?

Então ele sorriu.

Deus, eu odiava o sorriso dele. Eu sempre tive que me concentrar pra não me deixar levar pelo seu sorriso. E pela sua voz. Eu adorava a sua voz. Eu adorava tudo nele.

–Sim. – Respondi me afastando e começando a andar em direção à escola. – E você?

– Bem... – Ele disse, e mesmo sem me virar, sabia que ele estava sorrindo. – Mas teria sido melhor com você do lado.

Eu respirei fundo, tentando controlar a minha foz com o restante de autocontrole que me restava.

–Pare com isso. Eu vi você indo embora com a loira ontem, com certeza sua noite foi perfeita.

Depois que disse isso, acelerei o passo, queria ficar o mais longe possível dele, pra que ele não percebesse como me afetava.

–Você sabe que não é assim. – Falou e agarrou meu pulso, depois disse meu nome em um sussurro que vez com que cada pelo do meu corpo se arrepiasse. E num piscar de olhos, ele havia fechado a distância entre nós e estava me abraçando.

Até mesmo o jeito que ele dizia meu nome machucava.

–Deixe-me ir. – Forcei as palavras a saírem, mas ele ignorou, e colocou o rosto na curva do meu pescoço.

–Me recuso. – Diz com a voz manhosa, quase em um ronronar. – Me obedeça, guardiã.

–O que posso fazer por você?

Ouvi ele suspirar, sua respiração fazia cócegas no meu pescoço, e senti uma de suas mãos ir até o meu cabelo, onde ele ficou brincando com alguns fios.

–Deixe-me ficar aqui... Pensando... em como poderíamos ser.

Fechei os olhos e deixei que ele o fizesse, deixando minha própria mente fazer o mesmo.

–E então? – Pergunto, rezando para que ele não note como me importo.

–Nos somos o melhor casal que nunca aconteceu.

–Talvez por isso sejamos o melhor casal.

–Errado. Nos seriamos o melhor casal de qualquer jeito.

Eu suspirei.

–Meu senhor, você tem que me deixar ir.

–Eu não quero. – Falou descendo os braços até minha cintura e me apertando.

Eu sorri, e ele me virou para si, me perdi em seus olhos, esperando por um beijo que nunca veio.

Então ele roçou de leve os lábios na minha testa.

– Você sabe... Se você me quisesse.. A se você me quisesse... Eu faria qualquer coisa por você...

O silêncio tomou conta de nós por alguns minutos, daí ele (infelizmente e) finalmente se afastou, começando a andar, me deixando para trás, observando o quão completamente deslumbrante ele era pra mim.

– Não vêm me proteger, guardiã? – Ele pergunta já longe, me encarando com aqueles profundos olhos.

E eu já não sabia mais quem era que precisava de proteção.