Death

The Angel of The Lord


Quando o lobisomem nomeado Tyler Lockwood caiu da arvore em que tentava estupidamente subir, foi o ponto alto da noite de Rammona. Sob a vigia de Damon, a festa parecia absurdamente entediante. Samantha havia o mandado ficar de cão de guarda. E mesmo que tivesse reclamado varias vezes, Damon sempre concordava com as opiniões da vampira, Rammona apenas não sabia se isso era amor em excesso ou uma confiança cega.

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A caçadora olhou para Damon, que observava a cena em que Caroline ajudava Tyler a se levantar do chão, e o xingando por beber tanto. Quando a loira entregou o namorado a Matt e passou furiosamente diante deles, o sorriso de Damon era abertamente contente.

– Como vai o macho alfa? – Damon perguntou à Caroline em tom de sarcasmo.

– Vai se ferrar.

Damon a observou enquanto ela dava as costas para ele.

– Qual é o problema da Barbie? – Rammona observara a cena com curiosidade.

– Crise de identidade – respondeu.

Rammona deu de ombros.

Olhou novamente em volta e viu Samantha conversando com Dean e Sam Winchester. O loiro parecia um pouco interessado demais na garota, e Rammona lamentava por ele. Com ele podia ser idiota o suficiente para não perceber o que ela era?

Como uma cobra, Rammona ficava a espreita, observando cada cena, cada vexame, cada oportunidade. Queria sua chance para fugir dali. Não era tão difícil, considerando onde estavam. Apenas precisava do momento certo. E o viu, quando em seu momento de distração, Damon olhava fixamente para uma garota morena dos cabelos lisos, aos beijos com seu irmão Stefan. Rammona sorriu e correu em direção à floresta.

***

A floresta estava lotada. Preenchida por dezenas de adolescentes que bebiam e dançavam ao redor da grande fogueira. Samantha virava mais um copo de cerveja barata enquanto observava as formas se remexendo à beira da chama. Do outro lado do fogo, uma em especial lhe chamou a atenção. Era inconfundível. As pernas charmosamente tortas em um corpo descuidado vestido em jeans e couro. Samantha foi saltitando até ele.

– Olha quem apareceu – ela disse ao homem que pegava uma cerveja na caixa de isopor.

Ele se virou e sorriu.

– Oi Samarah.

A garota revirou os olhos.

– É Samantha – ela disse com paciência –, não se faça de idiota querido Dean.

– Eu sei – ele disse. – Mas a semelhança é tanta que eu prefiro usar apenas um nome.

Samantha jogou a cabeça para trás.

– Charmoso e engraçado ao mesmo tempo, não é Dean? – disse sarcasticamente.

– Sempre. – ele sorriu. – Roma parece não querer se divertir com seu amigo. – observou.

Samantha deu de ombros.

– Damon pode ser muito chato quando quer. – ela disse. – Especialmente quando está no meio de como ele mesmo diz “adolescentes irritantes”.

– Então aquele é Damon Salvatore? – o caçador perguntou.

– O próprio. – ela disse.

Dean olhou para Damon por um longo tempo, o medindo de cima a baixo. O vampiro pareceu perceber que ele o encarava, porém não fez nada. Samantha chegou perto do caçador e pegou a cerveja de sua mão.

– Se importa? – ela disse já bebendo da lata.

– Nem um pouco. – ele sussurrou olhando de sua boca para seu decote.

Samantha sorriu. Ela olhou do canto do olho para Damon que a olhava preocupadamente. Rammona havia sumido.

– Tenho que ir. – ela entregou a lata.

– O que? – Dean perguntou a segurando pelo braço.

– Nos vemos por aí, Jim. – ela disse

***

Mesmo sendo um ser sobrenatural e com uma velocidade incrível, Samantha não pôde deixar de agradecer mentalmente à Elena Gilbert pela opinião sobre usar os coturnos e não saltos como Caroline exigia.

Ela não precisou correr muito para alcançar Rammona. A garota olhou para trás e praguejou alto ainda correndo.

– Me deixa em paz! – ela gritou.

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– Desista, Rammona. – Samantha aumentou a velocidade quando as árvores ficaram mais densas e perto umas das outras.

Rammona sumiu por entre as árvores por um momento, mas Samantha continuou correndo em direção ao som dos passos que Roma dava sobre a grama seca.

Samantha parou com um arranco, e se escondeu atrás de uma árvore. A sua frente, Rammona estava caída no chão diante de um homem de sobretudo. Ele a olhava com os olhos azuis confusos.

Rammona se levantou rapidamente.

– Ajude-me! – ela exclamou. – Você precisa me ajudar!

O homem estreitou os olhos.

– Como? – perguntou confuso.

Samantha se levantou e foi até a garota.

– Roma! – ela gritou fingindo estar se fôlego. – Graças a Deus te achei! – a abraçou enquanto Rammona a olhava furiosamente.

Samantha engoliu em seco e olhou para o homem.

– Obrigada, senhor. – ela disse. – Seja lá quem você for. – mentiu. – Vamos, Roma.

Sem que o homem se mexesse, elas saíram de lá. Rammona furiosa e Samantha preocupada. Quando já estavam na borda da floresta, Samantha a olhou.

– Nunca mais fuja. Está me entendendo?! – ela exigiu. – Acha que eu sou um problema?! Aquele homem é o verdadeiro problema!

Rammona cruzou os braços.

– Quem é ele?

Samantha não o conhecia, mas sabia de seus feitos. Tinha medo dele. Todos os seres sobrenaturais tinham medo de sua espécie. E era um problema ele estar em Mystic Falls.

– Um anjo. – ela disse. – Castiel.