Depois daquela noite muita coisa mudou. Lily não saiu mais do quarto, disse que precisava escrever seu trabalho. Sirius e Lene estavam namorando. James queria ir embora de Birmingham logo, não aguentava mais ser evitado pela Lily.

Ficaram apenas mais um dia na cidade e depois partiram para Liverpool, onde ficaram 3 dias. Remo e Dorcas tiveram que se separar. Ela tinha compromissos na cidade dela e Remo tinha que continuar a viagem, mas eles continuavam se falando.

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Agora eles estavam em Manchester, depois de algumas horas de viagem. Era por volta das dez da noite e eles estavam procurando um hotel.

– Eu sei exatamente o que nós vamos fazer aqui – disse Sirius.

– Lá vem você com suas ideias malucas – falou Lily – Da última vez não deu certo ir na sua onda.

– Só se não deu certo pra você – ele passou o braço pelos ombros de Lene – porque pra mim deu super certo.

Lily e James se mexeram, um pouco desconfortáveis com a lembrança daquela noite. James contou para o amigo o que aconteceu, mas ele fazia questão de ficar jogando na cara. É um cachorro mesmo, pensou ele.

– O que você tem em mente? – perguntou James.

– Nós vamos jogar bola no Estádio do Manchester United.

James e Remo olharam para ele, inconformados, mas logo James voltou a olhar para frente.

– Nós vamos? – perguntou Remo, rindo.

– Eu tenho um plano.

– Já vi que vai ter confusão com a polícia de novo – falou Lene.

Eles se hospedaram em um hotel no centro e se reuniram no quarto de Sirius e Lene.

– Como vai ser? – perguntou Remo.

– Bom, nós vamos, basicamente, invadir o Old Trafford.

– Invadir? – Lily perguntou, espantada.

– Não tem outro jeito. Não é como se a gente fosse chegar lá e falar: Então camarada, a gente queria jogar uma pelada ai dentro, será que dá pra liberar? – respondeu Sirius.

– Sirius, a gente pode ser preso de verdade dessa vez – alertou Lene.

– Eu sei disso, mas a gente vai tomar cuidado, confiem em mim, já fiz isso uma vez.

– Sirius, invadir o campinho da vila não é exatamente a mesma coisa – zombou Remo, fazendo todos rirem.

– Calem a boca e vamos logo.

Sirius foi dirigindo até o estádio. Eles estacionaram quase em frente e foram até a entrada. As luzes estavam apagadas e as lojas oficiais estavam com as portas de metais abaixadas. A única porta visível era uma quase na lateral do estádio, que estava escrito ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS.

Sirius pegou a mochila que eles haviam trazido para carregar a bola e uma ferramenta grande. Tirou a ferramenta e deu uma forte pancada no cadeado. O barulho foi alto, mas não havia ninguém por perto para ouvir. Ele tirou o cadeado e eles entraram.

– Eu não posso ser presa, minha mãe me mata – choramingou Lily.

– Relaxa ruiva.

Eles passaram por mais algumas portas que estavam abertas e viram um guarda dormindo no seu posto dentro de uma cabine onde deveria estar olhando as câmeras. Sorte que a gente usou capuz, pensou James.

Desceram várias escadas e pularam as catracas. Adentraram a última porta e finalmente estavam no campo. As arquibancadas eram todas vermelhas e o campo era enorme. Pularam uma cerca e os garotos correram na grama.

– UHUUUUL – gritou Sirius.

– Falem baixo, senão acorda o guarda – falou Lily.

– Ele tá bem longe, não pode nos ouvir.

Mesmo o campo estando escuro eles pegaram a bola e começaram a jogar. Remo ficou no gol e James e Sirius ficavam brigando pela bola. Lily e Lene sentaram encostadas na cerca que pularam e ficaram assistindo.

– Eles são muito bons – falou Lene.

– James disse que jogava bem – Lily respondeu.

– Por que você anda evitando ele?

– Não to evitando ele.

– Tá sim, desde aquela corrida que vocês estão estranhos, o que aconteceu?

– Nada Lene.

– Lily, eu não sou idiota, fala logo – Lily viu que não teria jeito.

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– A gente se beijou – ela sussurrou.

– O QUE? – Lene gritou.

– Fala baixo Lene, o guarda não precisa ouvir.

– Desculpa – ela se encostou de novo na grade – Me conta direito.

– Eu levei ele no meu quarto pra fazer um curativo no machucado que eu fiz nele quando pulei da ponte e ai ele disse que tava apaixonado por mim – Lene colocou a mão na boca, espantada – Eu fiquei sem reação Lene, não sabia o que fazer. Ai ele me puxou pra perto e a gente se beijou, e foi bem... quente.

– Lily safada, porque não me contou antes? – disse Lene, batendo no braço da amiga.

– Eu fiquei apavorada Lene, não devia ter acontecido.

– Claro que devia, ele te disse com todas as letras que tá apaixonado.

– Ele é um mulherengo Lene, só disse aquilo pra conquistar mais uma, que no caso sou eu.

– Lily, ele nunca faria isso com você, e o pior é que você sabe disso. Tá estampado na cara dele essa paixão, ele te olha de um jeito tão bobo. Você é teimosa pra caramba.

Antes de a Lily responder os garotos as chamaram pra jogar com eles. Lily aproveitou a brecha pra escapar do interrogatório de Lene. Sirius marcou um gol e apontou pra Lene, fazendo um coração.

Eles continuaram jogando e correndo de um lado pro outro do campo. Já estavam todos suados e cansados quando viram a luz de uma lanterna e um guarda irritado.

– O que estão fazendo aqui? Vou chamar a polícia – ele gritou.

– Fodeu galera, corre – gritou Sirius.

Eles correram até onde estava à mochila e Sirius jogou a bola para Lily que enfiou ela na mochila. Todos pularam a cerca e correram até as catracas. O guarda foi correndo na direção da Lily e ela, por reflexo, segurou a mochila pela alça e bateu nele com ela.

O guarda caiu no chão e eles correram mais. Pularam a catraca, subiram as escadas e saíram pela porta por onde entraram. James estava na frente e mais próximo do carro, então gritou:

– Joga a chave Black.

Sirius tirou do bolso e jogou pra ele. James ligou o carro enquanto todos entravam e deu partida antes mesmo de fecharem as portas. Depois que deslizaram velozmente pela esquina eles ficaram mais aliviados.

– Será que viram nossa placa? – perguntou James.

– Não, graças a nossa grande Lily que nocauteou o guardinha – falou Sirius.

Todos começaram a rir, voltaram para o hotel e capotaram na cama.