Diferenças

Capítulo Dezesseis


Por um segundo tudo ficou como estava. Por um momento o tempo pareceu parar. Mas então as palavras de Sasuke me atingiram com tamanha imensidade. O pai dele e de Itachi o marido da melhor amiga de minha mãe, estava morto.

Não senti nada. Nenhuma tristeza, nenhuma pena ou remorso. Ele estava morto e ponto. Pelo contrário, ao ouvir a notícia algo se agitou dentro de mim. Raiva. Raiva de Fugaku Uchiha. Apesar de ele ter sempre me tratado mal, ter ordenado minha prisão e querer-me ver queimar em uma fogueira... Eu não sabia de onde vinha todo essa raiva. Não parecia ser de nada disso, e sim de algo do meu passado. Mas antes que eu pudesse saber com certeza de onde vinha este sentimento, Sasuke continuou:

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– Estão a sua procura, Sakura. Sua casa já foi invadida e já sabem que você fugiu. Agora, além de indução ao suicídio de minha mãe e prática de bruxaria você está sendo acusada do assassinato de Fugaku.

– Mas isso não faz sentido algum! Karin é a bruxa, e não eu! E eu nem sabia que seu pai estava morto até você aparecer aqui. – foi aí que notei em algo que Sasuke dissera anteriormente – Espera. Por que você o chamou de Fugaku ao invés de “pai”?

Por alguns minutos ele não disse nada. Naruto apenas desviou o olhar para o chão e se manteve calado enquanto eu esperava por uma resposta.

– Você não deve se lembrar muito bem de quando nós éramos crianças, mas...

– Errado, eu lembro sim.

– O quê? – disse ele com uma expressão de incredulidade no rosto – Isso é impossível! Você não deveria se lembrar de nada...

– Não me lembro de tudo. Ás vezes tem pequenos fragmentos de memórias em forma de sonhos, apenas isso. Tirando isso não me lembro de mis nada. Mas por que eu não deveria me lembrar de nada?!

– Isso não importa agora! – gritou ele, me assustando.

– Sasuke, se acalme. – Naruto se pronunciou pela primeira vez.

Sasuke soltou algo parecido com um rosnado e fechou olhos enquanto massageava sua têmpora de maneira inexpressiva.

– Bom o importante por hora é manter a Sakura-chan segura – olhei-o surpresa pelo uso do sufixo “chan’ ao meu nome. As pessoas não costumam me tratar de outra maneira que não envolva raiva e desprezo – Acho que já está na hora você voltar, certo Teme? – estranhei o apelido dele com Sasuke.

Sasuke foi caminhando em direção a porta sem dizer uma palavra sequer, seguido por Naruto. Levantei-me pra segui-los, mas Naruto apenas olhou para mim e disse:

– Por favor, fique aqui Sakura-chan.

Esperei até eles sumirem em direção a porta para segui-los. Esgueirei-me para trás de uma parede enquanto os escutava da porta.

– Como pode ser possível que ela se lembre daquela época? Mesmo que em forma de sonho? O feitiço não era inquebrável? – perguntou Sasuke. Mas que diabos de feitiço seria esse?

– Um feitiço poderoso como este que aprisiona as memórias de Sakura e coloca no lugar uma ilusão evasiva de algo que nem aconteceu... Só pode ser quebrado por quem o colocou.

– Mas sua mãe está morta. Como ela pode estar a ter esses sonhos? Por acaso a magia de sua mãe não era tão forte? Afinal, ela sempre recusou e tentou se livrar de seus poderes, talvez...

– Não ouse duvidar da capacidade da minha mãe! – rosnou Naruto – Há outra maneira de quebrar um feitiço desta magnitude.

– Qual?!

– Sentimentos é uma coisa muito poderosa, Sasuke. – isto foi tudo que Naruto disse antes de entrar no chalé, enquanto eu corria para cozinha.

Quando Naruto chegou até a cozinha, eu já estava indo até meu quarto. Embora eu estivesse fervendo de curiosidade e desejo de saber do que eles falavam lá fora, não demonstrei ter ouvido nada.

– Já vai se deitar, Sakura-chan? – perguntou ele.

– Sim, foi um dia turbulento. Estou exausta.

– Éh, foi sim.

– Naruto? – perguntei, ainda que de forma hesitante.

– Sim?

– Por que você e o Sasuke estão me ajudando? Quero dizer, você nem me conhece...

– Minha mãe e a sua eram grandes amigas. E amigos ajudam uns aos outros. Quanto ao Sasuke.... Ele tem seus motivos. Agora, boa noite Sakura-chan.

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– Boa noite. – murmurei enquanto entrava em meu quarto.

Assim que entrei e tranquei a porta, simplesmente me joguei na cama.

Assim que meus olhos se fecharam mergulhei em memórias de passado esquecido. No dia em que minha mãe morreu....