A Nova Era Imperial

Capítulo 2


José Alfredo chega em sua residência, já passava das 22:00 horas, e ao adentrar na enorme sala, encontra Maria Marta, sentada no sofá, com um copo de Whisky e gelo em uma das mãos, enquanto na outra, entendia um envelope branco em sua direção.

– Sua dúvida acabou, José Alfredo Medeiros. – disse a Imperatriz se levantando.

– O que você quer dizer com isso? - o Comendador se aproxima.

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O laboratório mandou o resultado dos exames e aqui estão eles, só estava esperando você chegar para tirar as suas próprias conclusões e engolir essa sua língua. - Marta entrega o envelope ao marido.

Ao analisar o documento, José Alfredo cai em si, e percebe que havia cometido um grande erro ao desconfiar da própria, engole seco a parte em que confirmava a paternidade dos filhos, e diz num tom de voz quase impossível de ouvir:

– Desculpa. - o Comendador abaixa a cabeça, não tinha coragem de encarar a mulher.

Desculpa nessa altura do campeonato? Eu sofri todo o tipo de humilhação vinda de você, José Alfredo, você me rebaixou ao subsolo da terra, me senti um lixo, você não tinha o direito de fazer isso comigo, ainda mais depois de tudo o que eu fiz por você. - ela segurava as lágrimas na profundidade do azul dos seus olhos.

Marta, é que... - ele tentava prosseguir.

– CALADO! Agora você vai ter que me ouvir. - ela o interrompe - Eu nunca te traí na vida, seu cangaceiro, energúmeno, tive todos os motivos do mundo pra isso, mas não fui capaz. - Marta deu um tapa no braço de José Alfredo - Mas sabe que se tem uma coisa boa nessa história toda foi você ter caído do cavalo com a franguinha ruiva, se deixou levar pelo viço dela né? E agora tá aí, com a cara na poeira, mas é um otário mesmo. - a Imperatriz gargalhou.

Eu não vou admitir que você deboche assim de mim! NÃO MESMO! - José Alfredo se exalta e segura Marta pelos braços.

Nesse momento, Du vinha descendo as escadas e o Comendador solta a Imperatriz no instaste.

Não tava querendo atrapalhar nada não, viu? Só desci pra fazer a mamadeira dos leks... - a ruiva seguiu em direção á cozinha.

Marta deu ás costas a José Alfredo, subiu as escadas, e parou aproximadamente na metade dos degraus, olhou para o marido e disse:

Eu poderia muito bem arrumar as minhas coisas agora e voltar para o meu exílio em Petrópolis, onde eu nem deveria se quer ter saído, mas eu resolvi levar a taça. - a Imperatriz concluiu o trajeto e entrou em seus aposentos. Enquanto isso, José Alfredo, na sala, tentava decifrar a ultima frase que a mulher dos belos olhos havia dito.