A Nova Era Imperial

Capítulo 1 - Introdução


"As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam..." esse simples trecho da canção interpretada pela nossa saudosa Elis Regina, traduziria exatamente o que José Alfredo estava vivendo com sua consciência enquanto observava a grande imagem do seu monte, em sua sala, na Império.

- Como eu pude ter sido tão otário, meu Deus? - ele perguntava a si mesmo - Como eu pude ter desconfiado da mulher que estava ao meu lado todo esse tempo, enquanto depositei confiança cegamente em outra que eu não fazia ideia de suas verdadeiras pretensões?

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O Comendador estava desolado, não aceitava o fato de que Ísis, a sua "Sweet Child", a ninfeta acima de qualquer suspeita, era apenas mais um pau mandado do seu aqui-inimigo Fabrício Melgaço, e que foi capaz até mesmo de aumentar o termostato da sauna para que o seu filho primogênito, aquele de que desconfiava lhe pertencer a paternidade até dias atrás, encontrasse ali um fim trágico.

José Alfredo havia entrado em consenso com Marta e os filhos, e resolveram comprar a palavra de Ísis sobre de quem ela estava a serviço, em troca de uma grande quantia em dinheiro para que ela recomeçasse a vida em outro lugar, bem longe dali, e a omissão sobre o atentado de José Pedro á polícia que lhe caíra a responsabilidade.

- Fui eu que aumentei o termostato da sauna, minha intenção era realmente matar o José Pedro, eu não entrei nisso porque eu quis, mas sim porque eu fui obrigada, os meus pais tinham uma grande dívida em dinheiro com o Melgaço e se não o ajudasse com o plano de te destruir, com certeza, uma hora dessas eu estaria chorando a morte deles. Você acha mesmo que o Melgaço queria o seu Império? Não! Ele queria a Marta, sempre quis ela, por isso colocou eu e o Maurílio na jogada para separarem vocês, tomar posse do seu patrimônio era apenas a cartada final para você ficar na merda, não vou mais me prolongar, o Fabrício Melgaço é, e sempre foi o Silviano. - essas eram as palavras que Ísis havia dito no começo do dia e que não saíam da mente de José Alfredo, ele sentiu um vento gelado batendo em seu rosto, despertou de seus pensamentos, e deixou a empresa em direção á mansão Medeiros. Durante o trajeto, no carro, ele disse pra si mesmo:

- Ela já deve estar longe, igual ao que eu devo ter sentido por ela algum dia. - suspirou.