O Chefe Da Minha Mãe

E Dentro D' Água As Coisas Ficam Mais Quentes!


__ Maggie, nós dois ambos somos orgulhosos, mas eu passei por cima do meu orgulho e vim aqui te pedir para voltar comigo, então... Se eu sair por essa porta eu não irei vim mais atrás de você! – ele disse passando as mãos pelos cabelos e me mandando aquele olhar desagradável.

__ Então acho que seu objetivo aqui acabou! – respondi virando as costas para ele – tudo que eu mais queria era voltar para ele, beija-lo e toca-lo, mas precisávamos de um tempo – o ouvi suspirar e o som de seus passos seguindo para porta.

Ele se foi, como tudo e todos. Ele se foi como a brisa de verão, que passa e refresca, mas que depois de minutos ou segundos já deixa gostinho de “quero mais”. Ele se foi como aquela borboleta linda que pousou na minha perna, me deixando angustiada por não ter tido a capacidade de pegá-la para mim. Não era para mim. Era de tudo, menos minha. Ele se foi como aquele inverno tão esperado. Cobertas grossas, chá e leite quente, achocolatado com bolachas, colo de mãe, filmes, pantufas, meias e um amor pra se enxergar da rua.


Ele se foi como o meu sonho de querer viajar pelo mundo e conhecer todas as pessoas possíveis. Ele se foi, e eu sequer quis ouvir o que ele tinha pra dizer. Deixando perfume, lembranças e uma puta de uma saudade. Saudade que não cabe aqui dentro. E mesmo socando, nem cortando em pedacinhos ela diminui. Ele se foi como tudo e todos, deixando uma puta saudade. Ele se foi como a brisa de verão, e eu fiquei parada, esperando que ele voltasse.

Meu coração acelerou ao ouvir a porta se abrindo e depois se fechando, a lágrima escorregou dos meus olhos e meu mundo todo desabou, vi a cabeleira avermelhada descer as escadas e correr de braços abertos em minha direção, eu afoguei meu rosto em seu pescoço e deixei ela me completar com aquele abraço de urso que somente ela tinha.

***

__ Você deveria ter ido com ele. Vai mesmo perde-lo depois de tudo que passaram?! Vai deixar com que sua mãe e Carrie saiam rindo dessa briga?! – Frida dizia enquanto eu escondia o rosto em seu travesseiro na cama – ela estava certa – suspirei e me levantei da cama.

__ O que quer que eu faça?! Eu já o mandei embora, é tarde demais! – respondi passando as mãos pelos cabelos, arrependida.

__ Esse cara te ama, Maggie. Então vá lá e pegue seu homem de volta! – ela disse se levantando e colocando uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

__ Você tem razão. Não entrei nessa briga pra perdê-lo no fim. – eu disse pegando minha bolsa e a depositando no ombro.

__ Melhor fazer isso amanhã, é duas da manhã! – disse ela impedindo-me de sair.

__ Não se deixe para amanhã oque pode fazer hoje. – respondi saindo de seu quarto e correndo para fora de sua casa enquanto procurava o numero do taxi e digitava-o no celular.

***

O taxi parou em frente ao prédio que não estava nada movimentado, os seguranças noturnos fizeram um pouco de burburinho para me deixar entrar, afinal eles não me conheciam, mas por sorte a recepcionista do prédio que já me conhecia os informou e eu entrei, agradeci a mesma e corri para o elevador, apertei o botão da cobertura e esperei ansiosa, as portas se abriram revelando a grande sala e escura, eu retirei os sapatos e subi as escadas em silencio, adentrei o quarto sem fazer barulho e a cama estava vazia – onde está Max? – rodei os olhos pelo espaço e notei a luz do banheiro, acesa e o som do chuveiro ligado, sorri com o pensamento e comecei a retirar minha roupa, enrolei meus cabelos em um coque frouxo e abri a porta do banheiro sem fazer barulho, fitei suas costas definidas e suas mãos sendo passada pelos cabelos enquanto a água descia por seu corpo nu.

Aproximei-me, abrindo o Box transparente e adentrei o chuveiro abraçando suas costas, ele pulou de susto e levou suas mãos para as minhas, encostei minha cabeça em suas costas e senti a água tocar meu corpo enquanto sua respiração parecia ofegar, ele retirou minhas mãos e se virou de frente para mim, seus olhos demonstraram o quão confuso estava e quando ele abriu a boca para dizer algo, simplesmente levei meus dedos para seus lábios, ele fechou a boca e segui com minhas mãos para seu rosto, ficando de ponta de pé e colando meus lábios aos seus.

Ele não fez questão de resistir, cedeu de primeira, levando suas mãos para minhas costas e me puxando mais para si, subindo com uma delas até meus cabelos e o agarrando com força, sua ereção nua roçou em minhas pernas e gemi entre o beijo, envolvi seu pescoço e senti suas mãos descendo para minhas pernas, as suspendendo de encontro a sua cintura, ele me segurara abaixo do meu traseiro e posicionara seu membro em minha entrada, me pressionando na parede fria e me penetrando com carinho e intensidade enquanto a água fazia o trabalho de nos limpar do peso morto do dia anterior e da nossa discussão horas atrás.

***

__ Nunca mais ouse me deixar novamente... – disse enquanto eu descansava minha cabeça em seu peito e ele acariciava minha costa nua.

__ Eu percebi que não sou capaz disso. – respondi sorrindo meiga e inspirando seu cheiro pós-sexo.

__ Eu te amo! – declarou puxando meu rosto para perto do seu.

__ Eu te amo! – rebati sorrindo e colando seus lábios aos meus.

__ Agora durma, são quatro da manhã! – ele mandou, eu assenti e voltei a deitar minha cabeça sobre seu peito e fechar os olhos, tranquila.

10h52min:

Algo esquentava em minha pele, abri os olhos ainda sonolentos e vi o sol adentrando o quarto pela fresta da cortina que balançava com a brisa, a janela estava aberta e lá estava o meu homem, de calça moletom e sem camisa, fitando bem longe algo por ela, me levantei a alcancei uma camisa dele encima de uma cadeira, vesti a mesma e me aproximei, beijando sua costa e envolvendo-a, sua respiração acalmou mais ainda e pude o vê sorrindo bobo.

__ Que horas são? – perguntei.

__ Quase onze da manhã! – respondeu e eu tomei um susto.

__ Deixou-me perder a faculdade... – resmunguei.

__ Não resisti em te vê ali tão linda e tranquila e perto de mim! – respondeu se virando em minha direção e deixando nossos olhos se encontrarem.

__ Hm... Já que é assim, que tal o dia todo juntos?! – perguntei maliciosa, ele sorriu sapeca e alcançou minhas pernas, me levantando até sua cintura, onde envolvi as mesmas e ele passou a beijar meu pescoço.

__ Você está cheirando a você, a mim e a sexo! – disse entre meu pescoço.

__ Então estou cheirando bem para caramba... – informei enquanto envolvia seu pescoço e aproximava nossos lábios, colando-os em um beijo apaixonado.

“Eu quero você. Não importa como, nem o tempo que leve. Mas eu quero você. Quero crescer contigo. Quero aprender, te ensinar. Escrever a nossa história em forma de tatuagem, em um desenho lindo com sorrisos e suspiros. Que não sai, não muda não se apaga.”

Ele estava vestido em uma bermuda praia azul, uma regata branca e calçava suas havaianas, cabelos desgrenhados, um óculos escuro e um sorriso torto – nunca o vi tão despreocupado e simples – ele parecia um adolescente sem juízo e sem preocupações, eu vestira um biquíni estampado e tomara que caia – que por um acaso, Max jurou tira-lo se eu não vestisse logo uma roupa por cima – vesti um vestido branco e azul de tecido folgado e mangas caídas no ombro, calcei uma sandália branca, enrolei os cabelos em um coque bagunçado, passei protetor labial e peguei meu celular, uma bolsa, um óculos e agarrei a mão que Max estendia para mim.

__ Então vamos ao clube?! – perguntei irônica.

__ Sim. Mas, ai de quem ficar te secando! – disse fazendo uma carranca e apertando minha mão.

Saímos do elevador e atravessamos o hall do prédio, adentramos o carro dele e colocamos o cinto de segurança, ele deu partida no veiculo e nos colocou no transito.

__ Max, você não me disse se Carrie está realmente gravida. – falei enquanto observava a paisagem pelo vidro do carro, ouvi-o respirar fundo.

__ Infelizmente, teremos que lidar com isso. – respondeu apertando bem o volante nas mãos.

__ Ei, relaxa! Vamos nos sair bem... – acalmei-o levando minha mão até sua coxa e apertando-a.

Ele sorriu meigo e seguiu com sua atenção no transito.

Logo chegamos ao clube que nada mais, nada menos possuía o nome – Aeroclube Thompson – eu sorri ao pensar o quão rico ele era e o quanto de empresas e comércios ele não possuía, estacionou o carro numa vaga de prioridade para ele e desligou o motor, descemos do veiculo e ele travou o mesmo, vindo para frente do carro enquanto eu fazia o mesmo e pegando minha mão, eu achava fofa essa parte dele amar andar de mãos dadas.

__ Bem vindo, senhor Thompson e...? – disse um rapaz que usava uma farda do local, creio que ele queria saber meu nome.

__ Maggie, me chame de Maggie! – respondi sorrindo.

__ Bem vinda, senhora Maggie. – ele disse devolvendo o sorriso.

__ A mesa de sempre, por favor, Joseph! – disse Max de modo autoritário, o rapaz assentiu e nos guiou á uma mesa cheia de frutas acima, um belo café da manhã, eu digo.

__ Se precisarem... – o rapaz disse se retirando.

__ Ele estava flertando contigo! – resmungou Max.

__ Ele só estava sendo educado! – rebati.

__ Se é assim, prefiro-o mal educado... – tornou resmungar enquanto eu me deliciava de um morango e de um pedaço de kiwi.

__ Se continuar mordendo desse jeito, eu te pegarei dentro daquele banheiro! – disse malicioso enquanto lambia os lábios me observando morder o morango.

__ Teremos o clube somente para nós? – perguntei ignorando seu comentário.

__ Essa é a vantagem de ser o dono! – piscou se levantando, retirando o óculos, a camisa, o short e deixando á mostra sua sunga preta – delicia... E não digo isso do morango – ele sorriu convencido ao ver meu olhar e se jogou dentro da piscina.

Ai meu deus, maravilha de homem e todinho meu... Nem acredito!

__ Gostando do show, querida?! – perguntou debochado enquanto passava as mãos pelos cabelos assim que voltou a superfície e me observava da piscina.

__ Adorando. Pode repetir?! – brinquei.

__ Sempre. Mas, porque não se junta á mim?! Apesar de está me permitindo uma bela paisagem, eu prefiro ver de mais de perto! – maliciou olhando minhas pernas.

__ Seu pedido é uma ordem, baby! – respondi puxando meu vestido pela cabeça, tirando os óculos e o deixando babando por meu biquíni.

Nunca imaginei que namorar dentro da piscina pudesse ser tão gostoso, ele se comportava como um adolescente, nós brincávamos de jogar água um no outro, ele me perseguia e disputávamos corrida de nado de um lado para o outro da piscina, mergulhávamos e subíamos para superfície trocando beijos molhados e quentes, ele me suspendia no ar pela cintura e me jogava na água – maldito, forte e gostoso – o dia estava bom demais para ser verdade.

__ Como se senti passando o dia inteiro comigo? – perguntou me suspendendo e me colocando sentada na borda da piscina e ficando ao meio de minhas pernas.

__ Melhor impossível... – respondi inclinando-me e dando-lhe um selinho enquanto bagunçava seus cabelos.

__ Meus pais querem te conhecer! – informou-me, me pegando de surpresa e de certo modo me causando medo, caralho a família deve quer me conhecer, oque eles acham de mim?!

__ Relaxa. Eles sabem de tudo e não te julgam, nunca curtiram a Carrie mesmo! Minha mãe insiste em jantarmos com ela hoje. – completou, acalmando-me.

__ Será que ela vai gostar de mim? – perguntei.

__ Com certeza. Se você faz o filho dela feliz, ela vai amar. – respondeu me puxando para dentro da água e me afogando.

***

Descemos do carro e pegamos o elevador – enfim em casa – eu estava morta de cansaço, me recostei ao Max enquanto esperava as portas do elevador se abrirem, sua mão acariciou meus cabelos e desceram para minhas pernas, erguendo meu corpo e me colocando em seus braços, as portas se abriram revelando a enorme sala, ele caminhou em direção á escada...

__ Olá queridos! – a voz da Carrie me fez acordar e vê-la na sala nos encarando e nos impedindo de subir para o quarto.

__ O que faz aqui, Carrie? – Max perguntou me pondo no chão.

__ Vim vê o pai do meu filho e saber como ficará minha situação agora! – respondeu.

__ Como assim, sua situação?! – perguntei descendo os degraus e segurando a mão do Max.

__ Eu quero morar aqui, quero estabilidade para minha maternidade. – disse sorrindo debochada.

(...) As coisas sempre podem piorar!