A Herdeira de Pã

Capítulo 15


Pvo da Maya

Eu fugi.

Provavelmente isso foi a coisa mais idiota que eu fiz na vida.

Correção, a segunda.

Mas se tem uma coisa que eu odeio é hospital, tudo por lá é tão sem vida e sem cor, nunca consigo ficar muito tempo lá.

Mas não é esse o motivo de eu ter fugido.

O verdadeiro motivo é que eu não tenho coragem suficiente para mostra a cara para ninguém depois de eu ter perdido o controle, principalmente para o Nico.

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Ele deve me odiar agora.

Eu posso estar vagando sem rumo pelos bosques do Olimpo nua, mas me sinto melhor do que dentro daquele quarto de hospital, não que eu esteja de fato nua, ate porque, eu estou usando uma daquelas camisolas de hospital, mas como eu só estou com aquilo por cima do corpo, me sinto nua.

Mas por que que eles tem que tirar até mesmo a nossa roupa intima?

Eu sem querer acabo chegando a clareira em que encontrei Nico na noite do ataque ao Olimpo.

Estremeço só de pensar naquela noite.

Começo a ouvir ao longe gritos, primeiro eu acho que estamos sendo atacados, mas então percebo que na verdade estão me procurando.

Corro para a mesma árvore que me escondi com Nico depois de derrotar aqueles Ciclopes.

Me encolho o máximo que consigo contra o tronco tentando me esconder nas sombras, o que não funciona, em parte por a camisola ser branca e em parte por eu não parar de me mexer.

Levanto a cabeça um pouco para ver se vem vindo alguém, infelizmente, sim.

Abaixo a cabeça devagar e tento ficar o mais parada possível.

– Pode parar de tentar se esconder. - diz uma das vozes que eu mais gosto.

Aos poucos levanto minha cabeça para olhar para ele.

Eu o vejo em pé na minha frente de braços cruzados, com um cobertor no ombro, um sorriso travesso e sobrancelhas arqueadas.

Ele senta ao meu lado, pega o cobertor e me enrola.

Não fala nada, não me força a nada, só me olha.

Eu simplesmente não consigo encara-lo, por isso foco meus olhos no horizonte, como eu amo o nascer do sol.

Sim, o nascer do sol, quando sai do hospital eram cerca de três da manhã.

– É lindo, não? - pergunto sem tirar os olhos do horizonte.

– Apolo faz um bom trabalho - responde também fitando o sol - Só não é tão lindo quanto você.

Coro.

– Por que você fugiu do hospital? - pergunta

– Não gosto de hospitais. - respondo com indiferença

– Disso eu sei, eu estou perguntando o motivo verdadeiro.

Por um bom tempo eu não respondo, com eu posso dizer algo se ele já viu o que acontece quando eu perco o controle.

– Nico, com eu poderia se quer mostrar a minha cara depois do que aconteceu com Érebo?

– Da mesma forma que o Percy depois que matou Luke. - responde - Maya, você acha que é a única que já fez alguma coisa que se arrepende? Se eu tivesse que fazer uma lista, meu pai, nem mesmo em toda a vida de um deus seria possível

Ele olha para mim e se tora impossível não olha-lo.

Tão lindo.

– É diferente. Vocês são os heróis, as boas ações apagam os erros.

– E com você é o mesmo, os sacrifícios que você fez não foram poucos: ficou longe da sua família por seis anos, aguentou ataques de vários deuses, governou a natureza com sabedoria e graça e tudo isso só com 21 anos! Garota, você é demais! E, além do mais, o que aconteceu com Érebo não foi metade de do que ele merecia. Eu mesmo teria feito muito, mais muito pior. Ele mereceu e ponto final.

Eu me joguei em seu braços, eu acho incrível que não importa o quão mau eu esteja, Nico sempre me coloca para cima.

– Ah, Nico! Eu te amo tanto, que você não faz nem ideia!

– Mas é claro que faço! Porque eu ainda consigo te amar mais! - disse - Agora vamos pra casa, estão todos loucos atrás de você.

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