O almoço com Brad foi como eu esperava, olhares e sussurros intermináveis. É parece que eu voltei ao topo, quer dizer, eu saí?
Por mais que eu tentasse esquecer, o que Emilly havia feito ainda me incomodava, seria orgulho de irmã? Ela é provavelmente uma ingrata! A coloquei no topo e é assim que ela me trata.
Decidida a por fim naquilo tudo, quando finalmente saí de sala, fui até onde tinha certeza de que encontraria Emilly.
– Oi! - Eu disse para Emilly que revirou os olhos.
– Oi. - Ela respondeu ríspida.
– O que está acontecendo? - Perguntei
– Eu é que te pergunto, o que está acontecendo? Primeiro você termina com o meu irmão, depois passa a noite com o Fred e agora beija o Brad na frente de todo mundo! - Emilly respondeu e eu pisquei perplexa.
– Olha aqui, primeiro seu irmão me traiu com a vadia da Sarah, segundo não rolou absolutamente NADA entre mim e o Fred e terceiro o Brad é um cara legal e merece uma chance. - Despejei isso tudo em Emilly que parecia mais revoltada.
– O Tom disse pra mim que aquilo tudo foi uma armação, ele jurou que era a verdade, e se eu não o conhecesse tão bem, eu poderia até acreditar nisso tudo, mas eu não conheço ninguém mais sincero e que odeie tanto a mentira como ele. - Emilly falou pausadamente e cada palavra sua me cortou por dentro.
– Vamos esquecer esse assunto do seu irmão ok? - Tentei apaziguar a situação.
– Como quiser. - Emilly falou segura e sua segurança estava realmente me assustando. "Onde está aquela menininha insegura?"
– Sobre esse assunto do Fred... Onde ouviu isso? - Perguntei curiosa.
– É difícil saber já que a escola toda esteve comentando. - Ela respondeu enquanto escrevia em uma agenda.
– Nossa! As pessoas falam muito... Acredito que faça parte de ser popular. - Eu disse rindo.
– Se ser popular é dar showzinhos em público, pisar nas pessoas e manipulá-las, eu prefiro não ser. - Emilly disse e se levantou da cadeira.
Eu fiquei parada piscando por alguns segundos até que vi um par de olhos tão verdes quanto os meus na minha frente.
– Ah você está ai. - Fred soltou e eu suspirei.
– É eu estou aqui e você também, infelizmente. - Respondi dando um meio sorriso.
– Então, quer uma carona pra casa? - Fred perguntou com cara de anjo.
– Eu quero é saber o que você andou falando por ai sobre aquela noite na minha casa! - Falei firme e Fred arregalou os olhos.
– Eu não sei do que você está falando. - Fred respondeu rapidamente.
– Escuta aqui, eu não sou sua namorada, não vou ser e me arrependo de ter sido, sabe eu pensei em te usar, e te machucar como você fez comigo, pensei até em fazer pior, mas quer saber? A quantidade de veneno em você é tão grande que acho que anestesearia qualquer dor! Você não merece nem o meu desprezo! Mas fique apenas sabendo que se algum comentário seu vir a me prejudicar, eu acabo com você, ouviu? ACABO! - Eu falei e me senti aliviada.
Em seguida me diriji ao estacionamento e logo avistei Lilly, que estava cabisbaixa.
– Jane, você demorou! - Lilly falou e naquele instante eu percebi que havia algo de errado com ela.
– Aconteceram algumas coisas, nada muito importante, mas e você? O que aconteceu? Nem vem dizendo que nada porque você não me engana! - Eu falei positiva e Lilly suspirou.
– O John terminou comigo. - Ela soltou e eu suspirei, eu sempre confundia o John da Lilly com o da Kitty.
– Nossa! Porquê? - Perguntei confusa.
– Ele gosta de meninos. - Ela respondeu e tá essa me pegou de surpresa.
Eu nunca tive preconceito, mas o John gay? Se ela me dissesse Fred, eu até acreditaria, mas John? Ela só pode estar brincando.
– Sério? - Eu falei confusa.
– Sério, muito sério. - Ela respirou fundo.
– Tô aqui para o que precisar! - Eu falei.
– Relaxa, eu to bem, gostava da presença dele e isso foi um choque, mas fico grata por ele ter sido sincero pelo menos. - Ela falou parecendo muito sincera.
– Então tá. - Foi a única coisa que pude dizer.
O resto do caminho para casa foi silencioso, quando finalmente cheguei em casa, agradeci a carona e sai do carro. Mas eu certamente não contava com um conhecido jipe estacionado em frente a minha casa.
– Você? - Eu falei sem conseguir tirar o sorriso do rosto.
"Perai, porque estou sorrindo?"
Pensou que eu fosse desistir? - Thomas falou me olhando e eu não contive o riso.
– Pensei. - Falei e cruzei os braços.
– Pensou errado! - Thomas falou e me beijou.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!